quarta-feira, agosto 31

TANGER- MED


Os nosso termos de comparação vão descolando, enquanto por cá, ao discutir o sexo dos anjos, vamos brincando às vidas e aos reinos: reino das reformas e fantasias  , reino das convenções, fórums e fantasias, reino dos governos , correlativos e fantasias , e reino da treta. Que é de facto o que isto é.
Mas o mar, que me (nos) preocupa, traz-me à lembrança alguns dos desafios da Federação Empresarial da Economia do Mar, que é uma especie de mais do mesmo. Com a vantagem de ter o estudo do Sr. Prof. Hernani Lopes; vamos então aos desafios:
  • conceber os portos marítimos nacionais como autênticas plataformas logísticas integradas em cadeias logísticas internacionais, maximizando o interface entre auto-estradas do mar, rodovia, ferrovia e aeroportos, fazendo com que os transportadores passem a utilizar Portugal como hub (ponto de entrada e saída para as mais diversas localizações internacionais);
Andamos há 40 anos a dizer o mesmo. Sines é o exemplo acabado da nossa incompetencia. E o porto retratado em cima, prova-o.
Mesmo com TODAS as infraestruturas montadas, não depende exclusivamente da vontade portuguesa a colocação das varias entidades por cá. Há um longo caminho a percorrer e não será NUNCA com estes actores.

 melhorar as condições técnicas dos portos nacionais: profundidade, condições de operação nos portos, serviço ao cliente e comunicação;

Idem para este item; Tem-se gasto centenas de milhões, ou até biliões, em obras para esquecer. Só para comissões e para tapar o olho vesgo.
Racionalizar os portos, embaratecer as operações , e torná-los competitivos a TODOS os níveis. Ninguém, mas ninguém compreende porque é que os portos lusos são dos mais caros da Europa. Senão os mais caros.....
  • Refundação de uma marinha mercante adequada ao potencial marítimo português.
Muita coragem para escrever isto. Deve ter sido dificil, pois esta gente não entende que os navios devam ser de bandeira nacional, a competir com as outras bandeiras.
Quando havia dolares, ainda se falava na balança de pagamentos. Agora a musica é toca a encher a bolsa, tragédia em 3 actos, onde já vamos no segundo.


• Reduzir a fiscalidade e a burocracia associada às transacções portuárias;.

Pois, simples não é???

Já agora, dados sobre o porto de Marrocos:

"....The port will have an initial capacity of 3.5 million containers, and is expected to reach its full capacity of 8.5 million containers by 2015....."
Sines:
"...The aforementioned expansion plan is in progress, leading to the extension of the quay to 730 meters as early as 2010, and the installation of further super post-panamax gantry cranes, endowing it with a total capacity of 800,000 TEU per year...."


terça-feira, agosto 30

KATIA


Então, o nascido de ontem, é já um nome. KATIA. Pergunto-me o que aconteceu ao "J"; Nado morto???


THE FOLLOWING INFORMATION IS BASED ON SATELLITE IMAGERY...WEATHER OBSERVATIONS...RADAR...AND METEOROLOGICAL ANALYSIS.

BASED ON 0600 UTC SURFACE ANALYSIS AND SATELLITE IMAGERY THROUGH
1045 UTC.
...SPECIAL FEATURE...

TROPICAL STORM KATIA IS CENTERED NEAR 11.8N 31.7W AS OF 30/0900 UTC...OR ABOUT 35 MI...855 KM WSW OF THE SOUTHERNMOST CAPE VERDE  ISLANDS MOVING WNW AT 15 KT. ESTIMATED MINIMUM CENTRAL PRESSURE IS 1006 MB. MAXIMUM SUSTAINED WIND SPEED IS 35 KT WITH GUSTS TO 45 KT. PLEASE SEE THE LATEST INTERMEDIATE PUBLIC ADVISORY UNDER AWIPS/WMO HEADER MIATCPAT2/WTNT32 KNHC AND THE FULL FORECAST/ADVISORY UNDER AWIPS/WMO HEADER MIATCMAT2/WTNT22 KNHC FOR MORE DETAILS. SCATTERED MODERATE TO ISOLATED STRONG CONVECTION IS MOSTLY W OF THE CENTER FROM 7N-14N BETWEEN 32W-39W. ENVIRONMENTAL CONDITIONS ARE CONDUCIVE FOR GRADUAL
INTENSIFICATION OF THIS SYSTEM OVER THE NEXT COUPLE OF DAYS.

ILHAVO, COSTA, GAFANHA


Quanto não vale este remanso de maré.....

domingo, agosto 28

A STAR IS BORN

Nasce mais um ciclonezito, conhecido como uma perturbação tropical, que desenvolve para depressão tropical, até ser chamado de tudo o que há de mau.

Nasce cerca dos 10 graus norte,  Entre Cabo Verde e as Guinés, zona de fortissimos aguaceiros de chuva e vento, e já agora com trovoadas de meter medo!!!! Aqui já é visivel a perturbação;.Esta imagem reporta 29 Agosto.


A 30 ou 31, já está mais definida, e começa a navegar, também ela a rota da manteiga, sempre no paralelo de nascença.Ou muito próximo.


E daí a ganhar aquele aspecto ventoso e chuviscoso é um instante. Depois passa normalmente perto dos Fidéis, e vira-se para cima, chegando algumas vezes a encostar aos Açores.
Ainda há poucos anos, os fidéis Fidéis, convenciam alguns (?) que os ciclones eram marosca dos
" amaricanos".

sexta-feira, agosto 26

UMA QUESTÃO DE ACTIVOS


PORTUGAL tem 2 activos muito fortes. SÓ DOIS; São eles a nossa língua, e também o MAR, tal como o conhecemos, veículo do futuro, e que já o foi do passado. Não necessariamente por esta ordem.

A língua, o tal activo que menciono em primeiro lugar, só o é hoje, porque o segundo activo  – o  MAR – foi tratado como deve ser pelos nossos antepassados. E foi através dele que a nossa língua foi por aí, a Aportuguesar o mundo.

O que me custa, é que tenha de contabilizar estes LERDOS que nos têm governado, como descendentes  dos meus antepassados.

FÓNIX, PÁ……

sábado, agosto 20

NOSSA SENHORA DO PRANTO


Cresci à espera dos dias da festa. Havia o antes e depois. As brincadeiras prolongavam-se noite fora, fosse com foguetes e canas, fosse a fazer as diabruras do costume, desde  que fizesse  as rapariguinhas de sempre  reparar em nós.
Antes, claro, havia a estafação de colocar as armações - arcos enfeitados e iluminados que demarcavam o " trottoir" - e  os grandes arcos do Ti Barreto e do Ti Casimiro, sempre à procura do melhor elogio. Verdadeiras festas da ingenuidade dos seus autores.


Havia dois dias distintos, naqueles tempos: o primeiro, dia da festança e do carneiro ( obrigatório nesses dias, a chanfana de cabra velha ) onde se mostrava alguma roupita nova, as mulheres da rua iam ao cabeleireiro ( ida única anual ) e se esperava pela procissão. Novamente aqui tentávamos mostrar a nossa fibra, e carregávamos alguns dos " andores" pela rua fora, sempre intervalados com muitos pit stops, para dar alento e coragem para levar até final o pesadelo. Que fazíamos com gosto, alguma devoção e muita brejeirice.
O segundo dia, alem de ser o dia (ainda) do carneiro, tinha as corridas das argolinhas, que eram umas habilidades que se faziam nas pasteleiras de então, além da subida ao mastro ( em vila maruja, só podia ter este nome) que era uma vara enorme, para os nossos verdes anos, onde eram colocados um bacalhau, uma garrafa ou garrafão de vinho e umas notas de dólares dados pelos nossos beneméritos emigrantes nos USA, que faziam questão de vir à festa da sua Rua.
Rematava-se este dia com   o " atirar cavacas" da Capela, que era tradição antiga,e uma corridas de sacos, sempre muito enfarinhadas e divertidas.
ARTIGOS DE OFFICIO (Reino)
Portaria em 17 de Agosto ao Governador Civil de Aveiro, em resposta ao seu oficio de 21 do corrente, em que da parte da prisão de 4 indivíduos, que com mais alguns dos outros pescadores da companhia dos capotes haviam dado vivas a D. Miguel na romagem, e festa de Nossa Senhora do Pranto, em Ílhavo, no dia 15 deste mês, e percorrendo de noite as ruas daquela Vila tinham provocado com insultos, e desafios a gente constitucional; a fim de que o mesmo Governador auxilie a acção da justiça acerca da existência, e circunstancias destes factos, e seus actores, para serem punidos.

Deslavaditas, hoje. Falta de devoção e falta de empenho

sexta-feira, agosto 19

SERVIÇO

No meio do Atlantico, literalmente, a muitos dias das costas de Africa e do Brasil ( porque não??), O Fernando teve de me passar água. 70 Toneladas, disse ele ( o dador) ; 30 toneladas, digo eu ( recebedor). Isto só pode ter a ver com as medidas de VENDER e as medidas de COMPRAR, claro.


Não foi esta a operação mais dificil, talvez porque já rotinados com poutras duas ou três que tivemos necessidade de fazer para mantimentos e sobressalentes. Tudo isto sem riscar a pintura.....
Na Pesca do Bacalhau, era uma actividade diária.           
   
                                          




quinta-feira, agosto 18

A BOA E A MÁ PESCA



Algures, já na parte sul do nosso mar, quase a metade do caminho para o Brasil, apanhámos este parente do peixe espada; de serrote bem afiado, apresentou-se-nos desta forma. Tínhamos cerca de 200 metro de linha para baixo. Comeu-se (?) frito e ninguém gostou.

FLYING DUTCHMAN

Apareceu-me em sonhos e durante a noite, in the flesh......., e eu às escuras todinho,  que as lâmpadas de navegação foram todas atrás umas das outras.......

SATELITE, E AS NOVAS OPORTUNIDADES


Para a madeira, claro....
          O zingarelho que se vê acamado, aqui em cima, é um telefone satélite, que no dizer do vendedor, só se ouve bem " para lá das Canárias"; Está tudo dito.
          Dentro da ponte , mesmo à janela, era escusado. Tinha de vir cá para fora, para ter sinal. Mesmo fraco. Tinha comprado uma licenças para ter EMAIL, da XGATE, que só funcionou 2 vezes, dado o telefone ter uma estabilidade de sinal muito fraca, deixando-me pendurado constantemente. Não tive Email, tão pouco os boletins meteo que me fariam tanto e tanto jeito; Valeu-me no caso, o meu Amigo Cmdt. Ferreira, que em casa e a desoras, me fornecia via telefone, o estado do mar sempre para 3 dias.
Sem ele,  teria sido uma xatice das grandes.

A CAMINHO DOS MARES DO SUL

         
 Sem se tratar de verdadeiramente mau tempo, também raramente foi bom, como aqui se mostra. Dadas as caracteristicas dos navios, o chocalhar era uma constante.

         

          Os movimentos eram tão rápidos, que  muitas vezes não tinhamos tempo de os desfazer, isto é, estavámos constantemente aos sobressaltos; E saltos.


E lá se foi,

Nas fotografias , a vaga é sempre achanadinha. Encore bien....

quarta-feira, agosto 17

NA ROTA DO ALMIRANTE GAMA


Ainda foi o mês de Junho ,  verão tíbio, que viu sair de Peniche  as primeiras barcaças construídas para operar em águas moçambicanas. Construção portuguesa, enfim, comunitária. Pelo menos o projecto,  direcção e controle foram nossos. O material é , digamos, comunitário da Galiza.



Os Trade Winds, famosos pela sardinha e carapau, ainda não eram de lei, ao que se antevia. Não houve grande rigor, na escolha do dia para se sair: CALHOU!!E levámos com eles, todinhos!!!!!
O que nos obrigou, 2 horas após a largada, a pôr de capa, para poder pear e  arranjar, enfim, tratar das coisas. Demorou o oficio 3 ou 4 horas, aceleradas. Depois seguimos.

 Como muito bem ilustra a "image", -  a demonstração cabal que o NORTE é para cima, e enfim, que o SUL é para baixo - o navio da MOL puxa pesadamente pelos seus contentores, rumo sabe-se lá para onde... Para cima, diremos nós.
Claro que nós íamos, lampeiros e impados para baixo, que é como quem diz, para os sules.
-

           A nossa barcaça, e o termo favorece-a, pode-se designar por uma  LANDING CRAFT , que é a modos que uma barcaça que aterra de queixada. E leva tudo à frente. Figurativo, que eu ia atrás.....
Acho, aliás, óptimo que se ganhe algum nâuáu nesta matéria, pois creio que mais cedo do que mais tarde, vamos ter de operar estas coisas nas nossas praias. Imagine-se um navio destes  a carregar na Costa Nova para o Moledo.....

          Mas nós, nesta fase, já só queríamos ir para o Sul, e experimentar a ROTA DA MANTEIGA, que como se sabe, determina-se da seguinte forma:
- À saída da um porto europeu, coloca-se um pacote de manteiga numa mesa, no interior da barcaça. Espera-se que comece a derreter; Assim que pelo menos metade da bendita da manteiga desapareça, põe-se tudo a estibordo, e depois faz-se como o Cabral:- ESPERA_SE!!
Nesta altura do campeonato, o Sol ponha-se atrás da janela , meio amaricado.

O mar era de rigor: Bem vestido mas com um feitio do caraças.
O que me faz pensar que, a sair à vela por aí abaixo, há que ter em atenção as datas, e JUNHO NÃO DEVE SER OPÇÃO. Não se esqueçam.
Segue mais tarde.....

domingo, junho 12

O PETROLEO EM PRE SAL, OU BANHO DE MARIA

Que vai dar ao mesmo.
Quero com isto dizer que estamos mais ou mesmo lixados.
O CÔNSUL Generalíssimo GUTERRES I, sem dinheiro para as suas benemerissimas obras - Corruptelas de obras - vai de vender as posições que a GALP tinha em ANGOLA, nas famosíssimas plataformas com números, que queriam dizer numero$ enormes do vil papel. Vendeu, como quem vende uma maçãs do quintal, que sobram e para o ano há mais.
Depois, claro,  encaixados os prémio$ da venda, há que pensar em novos negócios, que no comprar e vender é que está o ganho.
Então cumpre-se o destino e compram-se promessas de petróleo no BRASIL,  a quem ,e ao contrario das vendas de ANGOLA, se dá um enormíssimo  protagonismo. Vá-se lá saber porquê.
E pela conversa da nossa numenklatura, estamos podres de sal, ou de dinheiro, ou de petróleo, ou de nada, talvez.
Agora, devagar, como quem não quer a coisa, vão falando das dificuldades. E dos tristes gastos, deste triste povo que, imbecilizado por 35 anos de fantochadas, acredita em tudo o que lhe põem à frente. Até SAL, ou pré, no caso.
Daqui ressalta, que já o consulissimo G. I, teria dificuldades em aproximar-se do pantano fatal.
Houve muito pouco a escapar a sanha despesista e descontrolada destes rapazes, que agora se vão.
A estrada lhes seja longa, e NUNCA encontrem o caminho de volta.
Amém

terça-feira, junho 7

O MAR EM PORTUGUÊS - FIM DA ONDA CURTA

Sei que é coisa pouca, que os nossos marinheiros dos dias de hoje são mais  piscineiros, de aguas mornas e paradas.
Acabaram-nos com a marinha mercante. Não conseguiram acabar com a estupidez, a falta de vista e o servilismo politico .O que foi pena.
A obrigatoriedade do aborto terapeutico ( nestes casos, e só nestes) também tinha ajudado.

Leiam e esmoreçam, que não merecemos mais.
Ainda me dói.

Rádio: Suspensão da emissão em onda curta "não é grave" para navios portugueses - SINCOMAR

Lusa - Esta notícia foi escrita nos termos do Acordo Ortográfico
17:40 Segunda feira, 23 de Mai de 2011
Lisboa, 23 mai (Lusa) - O Sindicato dos Capitães e Oficiais da Marinha Mercante considera que o fim das emissões da RDP-Internacional em Onda Curta "não é grave" no que toca aos navios nacionais, já que estão "praticamente reduzidos" às distâncias até aos Açores e Madeira.
"Nos navios nacionais o problema não é grave, infelizmente porque não temos navios. O nosso espectro de navios de bandeira portuguesa não abrange essas áreas [em que a única cobertura de rádio é a onda curta]. Os navios nacionais estão praticamente reduzidos à cabotagem, em que as máximas distâncias a que vão é aos Açores e à Madeira", disse à Lusa o secretário permanente do SINCOMAR, José Teixeira.
O mesmo responsável admitiu que "a nível da pesca há emissões mais longínquas", mas desvalorizou o impacto da medida para as tripulações, falando em racionalização "custo-benefício".

segunda-feira, maio 30

Ó MAR DUM CARAÇAS, PÕE-ME ESTA GENTE A PENSAR

Precisamos de muito  IMODIUM  neste país.
Ou algo mais forte, de contenção.
"..
Exmo(a) Senhor(a)

A petição onlin
Exmo(a) Senhor(a)
A petição online para a criação de uma Comissão Parlamentar para as Políticas do Mar (CPPM) já ultrapassou as 2400 assinaturas, mas são necessárias muitas mais.
Agradecemos já a ter assinado e divulgado junto dos seus contactos. 

Será bastante importante termos um aumento significativo do número de subscritores durante esta última semana de campanha eleitoral.
 Por isso, apela-se a um renovado esforço junto dos vossos contactose para a criação de uma Comissão Parlamentar para as Políticas do Mar (CPPM) já ultrapassou as 2400 assinaturas, mas são necessárias muitas mais.
Agradecemos já a ter assinado e divulgado junto dos seus contactos.  

Será bastante importante termos um aumento significativo do número de subscritores durante esta última semana de campanha eleitoral.  
Por isso, apela-se a um renovado esforço junto dos vossos contactos....."
Agora de seguida vai a listagem, que está no FEM@PT, e vejam lá o trabalho que tera dado juntar 2 400 assinaturas.

Eu creio que tenho o RECORD ABSOLUTO de angariações (3). Ninguém me bate

Aqui vai, como a vi

1 - Portos, logística e transportes marítimos
  • APL - Administração do Porto de Lisboa, S.A.
  • Banco Espírito Santo, SA
  • Bensaúde Marítima, S.G.P.S. S.A.
  • Celulose Beira Industrial (CELBI) S. A.
  • CONSULMAR – Projectistas e Consultores, Lda
  • CP Carga, Logística e Transportes Ferroviários de Mercadorias, SA.
  • DouroAzul – Sociedade Maritimo Turistica, S.A.
  • EDISOFT - Empresa de Serviços e Desenvolvimento de Software, S. A.
  • Escola Superior Náutica Infante D. Henrique
  • ESRI Portugal - Sistemas e Informação Geográfica, S.A.
  • Galp Energia, S. A.
  • José de Mello - Sociedade Gestora de Participações Sociais S. A.
  • Maersk Portugal - Agentes de Transportes Internacionais Lda
  • Mediterranean Shipping Company (Portugal) - Agentes de Navegação S.A.
  • Naveiro - Transportes Maritimos S A
  • Orey Capital Partners, GP, S.à.r.l
  • Pinto Basto SGPS, SA
  • Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel S.A.
  • PSA Sines - Terminais de Contentores S. A.
  • Tekever Asds, Lda
  • Tertir - Concessões Portuárias SGPS, S. A.
  • Transinsular - Transportes Marítimos Insulares, S.A.
  • Transtejo - Transportes Tejo, SA
  • Visabeira Estudos e Investimentos SA
  • WW - Consultores de Hidráulica e Obras Marítimas S.A.

02 - Náutica de recreio e turismo náutico

  • Agência Cascais Atlântico
  • APL - Administração do Porto de Lisboa, S.A.
  • Associação Turismo de Lisboa, Visitors and Convention Bureau
  • Banco Espírito Santo, SA
  • Bensaúde Marítima, S.G.P.S. S.A.
  • CONSULMAR – Projectistas e Consultores, Lda
  • DouroAzul – Sociedade Maritimo Turistica, S.A.
  • EDISOFT - Empresa de Serviços e Desenvolvimento de Software, S. A.
  • EPUL - Empresa Pública de Urbanização de Lisboa
  • Escola Superior Náutica Infante D. Henrique
  • ESRI Portugal - Sistemas e Informação Geográfica, S.A.
  • GIATUL – Empresa Municipal para a Gestão de Infraestruturas em Actividades Turísticas, Culturais, Desportivas e Educativa
  • Lusitânia - Companhia de Seguros S. A.
  • Mediterranean Shipping Company (Portugal) - Agentes de Navegação S.A.
  • Oceanário de Lisboa S. A.
  • Oeiras Viva, EMM
  • Orey Capital Partners, GP, S.à.r.l
  • RINAVE - Registro Internacional Naval, S.A.
  • Sociedade de Empreitadas e Trabalhos Hidráulicos S. A.
  • Tekever Asds, Lda
  • Transtejo - Transportes Tejo, SA
  • WW - Consultores de Hidráulica e Obras Marítimas S.A.

03 - Pesca, aquicultura e indústria de pescado

  • Banco Espírito Santo, SA
  • Escola Superior Náutica Infante D. Henrique
  • ESRI Portugal - Sistemas e Informação Geográfica, S.A.
  • Lusitânia - Companhia de Seguros S. A.
  • Pescaviva - Comércio e Indústria de Pescado, S. A.
  • Ramirez & Cª (Filhos) S. A.

04 - Visibilidade, comunicação, imagem e cultura marítimas

  • Agência Cascais Atlântico
  • Caixa Geral de Depósitos, SA.
  • CPA - Actividades Educativas, S. A.
  • Escola Superior Náutica Infante D. Henrique
  • ESRI Portugal - Sistemas e Informação Geográfica, S.A.
  • GIATUL – Empresa Municipal para a Gestão de Infraestruturas em Actividades Turísticas, Culturais, Desportivas e Educativa
  • Lusitânia - Companhia de Seguros S. A.
  • Maersk Portugal - Agentes de Transportes Internacionais Lda
  • Oceanário de Lisboa S. A.
  • PSA Sines - Terminais de Contentores S. A.
  • Shift Thinkers, Lda
  • Sociedade Central de Cervejas e Bebidas, S.A.

05 - Produção de pensamento estratégico

  • Banco Espírito Santo, SA
  • Caixa Geral de Depósitos, SA.
  • EDISOFT - Empresa de Serviços e Desenvolvimento de Software, S. A.
  • Escola Superior Náutica Infante D. Henrique
  • ESRI Portugal - Sistemas e Informação Geográfica, S.A.
  • Estaleiros Navais de Viana do Castelo, S.A.
  • Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa
  • Maersk Portugal - Agentes de Transportes Internacionais Lda
  • PwC Portugal.
  • SaeR - Sociedade de Avaliação Estratégica e Risco Lda.

06 - Energia, minerais e biotecnologia

  • Banco Espírito Santo, SA
  • Carlos de Sousa e Brito, Isabel Marinho, Mafalda Rodrigues Fonseca & Associados, Sociedade de Advogados RL
  • CONSULMAR – Projectistas e Consultores, Lda
  • EDISOFT - Empresa de Serviços e Desenvolvimento de Software, S. A.
  • EDP Inovação, SA
  • Escola Superior Náutica Infante D. Henrique
  • ESRI Portugal - Sistemas e Informação Geográfica, S.A.
  • Estaleiros Navais de Viana do Castelo, S.A.
  • Galp Energia, S. A.
  • Iberol - Sociedade Ibérica de Biocombustíveis e Oleaginosas, S. A.
  • Navalria – Docas, Construções e Reparações Navais, SA
  • Projecto Detalhe, Engenharia e Gestão de Projectos, Lda.
  • Sociedade de Empreitadas e Trabalhos Hidráulicos S. A.

07 - Serviços marítimos

  • EDISOFT - Empresa de Serviços e Desenvolvimento de Software, S. A.
  • Escola Superior Náutica Infante D. Henrique
  • ESRI Portugal - Sistemas e Informação Geográfica, S.A.
  • Maersk Portugal - Agentes de Transportes Internacionais Lda
  • Orey Capital Partners, GP, S.à.r.l
  • Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel S.A.
  • PSA Sines - Terminais de Contentores S. A.
  • RINAVE - Registro Internacional Naval, S.A.

08 - Construção e reparação naval

  • Arsenal do Alfeite, SA
  • Banco Espírito Santo, SA
  • Bensaúde Marítima, S.G.P.S. S.A.
  • EDISOFT - Empresa de Serviços e Desenvolvimento de Software, S. A.
  • Efacec Capital SGPS, SA
  • Escola Superior Náutica Infante D. Henrique
  • Estaleiros Navais de Peniche, SA
  • Estaleiros Navais de Viana do Castelo, S.A.
  • Irontec - Indústria Naval, Lda
  • Lisnave Estaleiros Navais S.A.
  • Maersk Portugal - Agentes de Transportes Internacionais Lda
  • Nautiber - Estaleiros Navais do Guadiana Lda
  • Navalria – Docas, Construções e Reparações Navais, SA
  • Navalrocha - Sociedade de Construção e Reparação Navais, S. A.
  • Projecto Detalhe, Engenharia e Gestão de Projectos, Lda.
  • RINAVE - Registro Internacional Naval, S.A.
  • Siemens S.A.

09 - Obras marítimas

  • Banco Espírito Santo, SA
  • Bensaúde Marítima, S.G.P.S. S.A.
  • CONSULMAR – Projectistas e Consultores, Lda
  • EPUL - Empresa Pública de Urbanização de Lisboa
  • Escola Superior Náutica Infante D. Henrique
  • ESRI Portugal - Sistemas e Informação Geográfica, S.A.
  • ETERMAR - Engenharia e Construção, S. A.
  • Irmãos Cavaco, S.A.
  • O.F.M.- Obras Públicas, Ferroviárias e Marítimas, S.A.
  • Projecto Detalhe, Engenharia e Gestão de Projectos, Lda.
  • Sociedade de Empreitadas e Trabalhos Hidráulicos S. A.
  • WW - Consultores de Hidráulica e Obras Marítimas S.A.

10 - Investigação científica, desenvolvimento e inovação; ensino e formação

  • Agência DNA CASCAIS
  • Banco Espírito Santo, SA
  • Bensaúde Marítima, S.G.P.S. S.A.
  • Caixa Geral de Depósitos, SA.
  • CONSULMAR – Projectistas e Consultores, Lda
  • EDISOFT - Empresa de Serviços e Desenvolvimento de Software, S. A.
  • Escola Superior Náutica Infante D. Henrique
  • ESRI Portugal - Sistemas e Informação Geográfica, S.A.
  • Estaleiros Navais de Viana do Castelo, S.A.
  • Lusitânia - Companhia de Seguros S. A.
  • Oceanário de Lisboa S. A.
  • RINAVE - Registro Internacional Naval, S.A.
  • Tekever Asds, Lda
  • WW - Consultores de Hidráulica e Obras Marítimas S.A.

11 - Defesa e segurança no mar

  • Arsenal do Alfeite, SA
  • CONSULMAR – Projectistas e Consultores, Lda
  • EDISOFT - Empresa de Serviços e Desenvolvimento de Software, S. A.
  • ESRI Portugal - Sistemas e Informação Geográfica, S.A.
  • Estaleiros Navais de Viana do Castelo, S.A.
  • Lusitânia - Companhia de Seguros S. A.
  • Maersk Portugal - Agentes de Transportes Internacionais Lda
  • Orey Capital Partners, GP, S.à.r.l
  • Tekever Asds, Lda

12 - Ambiente e conservação da natureza

  • Agência Cascais Atlântico
  • Banco Espírito Santo, SA
  • CONSULMAR – Projectistas e Consultores, Lda
  • EDISOFT - Empresa de Serviços e Desenvolvimento de Software, S. A.
  • EPUL - Empresa Pública de Urbanização de Lisboa
  • Escola Superior Náutica Infante D. Henrique
  • ESRI Portugal - Sistemas e Informação Geográfica, S.A.
  • Galp Energia, S. A.
  • GIATUL – Empresa Municipal para a Gestão de Infraestruturas em Actividades Turísticas, Culturais, Desportivas e Educativa
  • Oceanário de Lisboa S. A.
  • Projecto Detalhe, Engenharia e Gestão de Projectos, Lda.

quarta-feira, maio 25

LISBOA VIA ROCA


 Hoje vim a Lisboa, via Roca.


         
O mar de 2 metros de NW encolhia, com a diminuição da distancia à bóia de aterragem. Até ficar assim, palido com a nossa passagem. 22 Nózes.



          Já no Rio, deparo com esta imagem deste belo Trecolambeco de 2 maquinas, a acabar de dar uma palhetada a ré.



         

Sujou tudo à sua volta.
Baixo teor de enxofre, para quê????

A HORA MÁGICA



As manhãs são magicas; Têm a hora do xixi e da maravilha do REI SOL.


 Sempre diferente

domingo, maio 22

File:The Vasa from the Bow.jpg

Três belíssimas imagens do VASA, navio Sueco de Guerra ( ou para a guerra), que deveria ser a menina dos olhos dos Reis suecos da altura. Gustavo, com toda a certeza.

Mas escrevo a respeito deste navio, para poder escrever a respeito do Senhor Carlos Fiolhais. que por sua vez é o autor do semanal heliosfera. É mesmo assim, como digo.

Este navio foi noticia para o Senhor que refiro, pelo motivo que todos os navios são noticia: Afundou-se. Seja por imperícia, por negligência, seja por mau desenho.

Não fazendo grandes incursões nestas matérias, o Senhor, refere às tantas , que o capitão do navio terá sido preso, pelo Rei Sueco que estaria na ocasião em viagem pela Prússia. Fora e impaciente para ter o navio operacional.

Refere igualmente , num triunfal parentes , que o tal Capitão não estaria bêbado na ocasião. Também creio que, igualmente não poderia escrever que o senhor ( o tal capitão) estava sóbrio, o que vendo bem, e para quem sabe  como o senhor Fiolhais, o que é um sueco, ainda por cima marinheiro, está tudo dito. Sóbrio não estaria, com toda a certeza.



Pelo que se diz, o tal capitão, naufragou para ser preso. Pelos erros dos outros.

E de facto, o navio afundou-se por deficiência do design, como diz o escriba Fiolhais. Isto diz quem sabe.

E de facto, apesar de NUNCA se ter construído na base da tentativa e erro - usava-se sempre algo anterior  que desse confiança aos homens da sala do risco - houve desgraças, como esta, mais do que seria necessário recordar. Até bem há pouco, entre nós, em que tivemos um VASA, ou um Royal George, chamado TOLAN, para nos recordar que os sucessos são pelo menos tão efémeros como os desastres.

A falta de estabilidade será o termo genérico para classificar estes grandes desastres.

É o alagamento progressivo, e a falta de compartimentos estanques, que levará à tal falta de estabilidade.

E não senhor, os Suecos não são BÊBADOS.Pelo menos como pretenderá insinuar.

Likewise para os marinheiros.

E o senhor Fiolhais?



 I magens do modelo do WASA.

NOVAS CONSTRUÇÕES

Nesta imagem, sub-repticia,  a comitiva de convidados moçambicanos, apresentavam-se no cais dos ENP.

Momentos após a quebra da tradicional garrafa de champã, os visitantes, agradavelmente satisfeitos, acompanharam a benção do navio. Contra mares e intemperies, há que ter fé.

Também nos faz falta....


Lembro que são , para já, três as construções de algum porte.

A Naval Ria, provou  a sua aptidão para a construção naval: Um navio de passageiros, ( 135 ) em 8 mesitos.

Já anda carregado, lá pelas terras do DOURO.
Antes tinha entregado 2 navios de passageiros, de algum porte, e de um considerável apuro tecnológico
Também navegam!

Mas, como não há bela sem senão, não podemos escamotear o  mais importante, apesar de ser anormalmente encoberto :A  mão de obra, por mais incrível que pareça, não é toda NACIONAL. Antes pelo contrario.Tem muito de fora.
Escassez de técnicos e de trabalhadores.... Aveiro tem., por exemplo 50% da sua população (exacto, 50%) desempregada. Parece que bem desempregada.

Não nos surpreende pois  que os materiais, equipamentos e  montagens sejam EXCLUSIVAMENTE de extramuros, numa sucessão diabólica: Nós compramos aos Espanhóis, que vendem o que têm e o que não Têm. E no que não têm, transformam em aplicações financeiras.
Surpreende-nos também enviarem , por exemplo, espanhóis para trabalharem.
Nós, por cá, todo bem... E  a vê-los passar…..

Lembro Joaquim Paço D’Arcos


Duzentos capitães! Não os das caravelas,
Não os heróis das descobertas e conquistas,
A Cruz de Cristo erguida sobre as velas
Como um altar
Que os nossos marinheiros levavam pelo mar
À terra inteira!
(Ó esfera armilar.
Que fazes hoje tu nessa bandeira?)
Ó marujos do sonho e da aventura,
Ó soldados da nossa antiga glória,
Por vós o Tejo chora,
Por vós põe luto a nossa História!
Duzentos capitães! Não os de outrora...
Duzentos capitães destes de agora,
(Pobres inconscientes)
Levando hílares, ufanos e contentes
A Pátria à sepultura,
Sem sequer se mostrarem compungidos
Como é dever dos soldados vencidos.
Soldados que sem serem batidos
Abandonaram terras, armas e bandeiras,
Populações inteiras
Pretos, brancos, mestiços
(Milagre português da nossa raça)
Ao extermínio feroz da populaça
,

Ó capitães traidores dum grande ideal
Que tendo herdado um Portugal
Longínquo e ilimitado como o mar
Cuja bandeira, a tremular,
Assinalava o infinito português
Sob a imensidade do céu,
Legais a vossos filhos um Portugal pigmeu,
Um Portugal em miniatura,
Um Portugal de escravos
Enterrado num caixão d’apodrecidos cravos!
Ó tristes capitães ufanos da derrota,
Ó herdeiros anões de Aljubarrota,
Para vossa vergonha e maldição
Vossos filhos mais tarde ocultarão
Os vossos apelidos d'ignomínia...
Ó bastardos duma raça de heróis,
Para vossa punição
Vossos filhos morrerão
Espanhóis!

terça-feira, maio 10

JÁ VI ISTO MELHOR



Este texto que lamentavelmente não é meu, foi retirado deste blog



por Paulo Carvalho


Sou um pacato, anónimo e honesto cidadão português e aquilo que me distinguirá da maioria dos meus compatriotas é o facto de escrever e partilhar a raiva que vai em mim, apesar de não ser fazedor de opinião, cronista, jornalista, famoso ou ter qualquer outro desses atributos que fazem com que apenas pessoas que não sentem a crise, sejam socialmente autorizados a falar dela. No dia em que os media derem tempo de antena a cidadãos honestos e trabalhadores que ganham 500 euros por mês, e deixe que estes condicionem opiniões, então aí sim a palavra Justiça começa a fazer sentido.

     Não passo de alguém que quer apenas fazer chegar uma mensagem ao maior número de pessoas e, com isso, contribuir para que algumas mentes despertem da letargia. Se todos os portugueses (os que não se identificam com este Portugal, leia-se) fizerem um simples acto que demonstre a sua revolta, o país mudará, acreditem!

     Este texto é a súmula de muitos textos que, de há uns anos a esta parte, me apeteceu escrever.
Quis a ironia do destino, ou melhor, quis o povo que Portugal tivesse ao leme dos seus destinos, há mais de cinco anos, um homem que, estou em crer, a História se encarregará de caracterizar melhor do que eu! José Sócrates Pinto de Sousa, que fez questão de adoptar o mais estranho dos seus nomes para sua chancela, quiçá procurando algum paralelo com o mais brilhante de todos os filósofos, mas esquecendo que o seu percurso tem tornado pecaminosa tal analogia, pois não haverá melhor exemplo de contradição.

     Este homem foi eleito, como aliás acontece sempre em Portugal, não por qualquer mérito, mas por demérito de quem o antecedeu. Em Portugal ninguém ganha eleições; em Portugal apenas se perdem eleições. Os parcos horizontes mentais do meio país que vota desde o 25 de Abril, e a competência revelada pelos políticos, impedem que alguém ganhe eleições e fazem com que apenas o PS e o PSD percam eleições. Em 2005, o sábio povo, mais uma vez para castigar quem não lhes agradou, podia ter feito mil coisas, entre elas colocar no poder gente nova, partidos novos, de esquerda, direita, do centro, votarem todos em branco, votarem todos nulo… enfim; mas não! Como é apanágio na «democratura» tuga, castiga-se o peixe, votando na carne e castiga-se a carne, votando no peixe. Pior que isso, e constatando que o peixe é podre e a carne é putrefacta há décadas, perpetuam esse enjoativo jogo, num frenético exercício masoquista.
     Claro que as estas coisas são lentas no tempo, mas o tempo acaba por chegar e damos por nós, hoje em dia, de caras com a inquietante factura desse mórbido ritual de troca bipolar de poder, assente na legitimidade do voto da populaça!
Trinta anos de política palaciana, em qua autênticos tsunamis financeiros inundavam atabalhoadamente o país, tornando a geração de pais e filhos dos últimos 30 anos numa generalizada máquina de consumo, cuja cegueira do aparente novo-riquismo, impediu que se implantassem as mais básicas regras de justiça social e, pior que tudo, que uma cultura desprovida de valores, de educação, de razão e, em última instância, de humanidade, alastrasse em Portugal. A mais aberrante consequência disso, são fortunas colossais amealhadas no exercícios de cargos públicos, onde os, já de si, absurdos e ofensivos vencimentos são complementados pela corrupção generalizada.

     Este estado de abastança geral, levou a que as pessoas entrassem numa espécie de anestesia social, sem que as evidências de um país pobre cheio de gente rica, as incomodasse, vivendo o «hoje» e deixando o «amanhã» aos políticos.
Esse «amanhã» chegou e os políticos são os mesmos. O que variou, para muito melhor, foi o seu património pessoal. O país continua pobre; cada vez mais pobre. As pessoas, para além de continuarem pobres intelectualmente, são-no, agora e cada vez mais, financeiramente. Conclusão: se considerarmos ricos, aqueles que auferem rendimentos mensais acima de 3000 euros, merecidos ou não, há entre estes, dois grupos que condicionam a nação de forma brutal: os agentes ligados aos media (jornalistas, comentadores, apresentadores, etc) e os políticos. Os primeiros enquanto fazedores e moldadores de opinião e que, num país em que as mentes são franzinas, facilmente conseguem levar o rebanho ao prado que desejam; os segundos, porque governam e legislam e, por conseguinte, também levam o mesmo rebanho a seu prado, nem que seja pela simples força da Lei.
Deste pantanal, surge um país em que, no ano 2011, o ordenado mínimo está abaixo dos 500 euros, mas uma apresentadora de televisão, que pouco mais faz do que guinchar desalmadamente, ganha 50 000 euros mensais; um doente espera 5 anos por uma cirurgia, mas um gestor público ganha mais de um milhão de euros num ano; uma empresa pública tem 700 milhões de passivo, mas muda a frota de automóveis topo de gama dos administradores de 3 em 3 anos; um cidadão é preso por consumir droga, mas os mega-processos envolvendo figuras públicas arrastam-se por anos a fio e acabem em nada; o leite escolar paga 23% de IVA, mas os campos de golfe pagam 6%; o país está no limiar da bancarrota mas continua a falar-se no TGV e no aeroporto. Enfim, um rol de contradições que não existe termo no léxico português que caracterize o grau da sua aberração.
     Isto é fruto de uma política em que o povo vota. Isto é fruto de políticos que, sabiamente, vivem à sombra da ignorância popular.
O epíteto dessa desgraça chama-se José Sócrates. Um autocrata obstinado! Um sujeito que lidera um partido desnorteado com mão de ferro com um bando de lacaios submissos, cujo mais ocupado assessor é o de imagem; aplaudem-no, dizem ámen a tudo, mas no fundo gostariam de ter coragem para enfrentar o mentecapto. Mas não têm… Um homem nascido e vindo do interior esquecido e que chegou ao sucesso por uma das únicas duas vias que permitem tal ascensão: o talento ou a política. Obviamente que, neste caso, apenas a segunda hipótese prevaleceu. Aliás, a política é para mim o mais obtuso, absurdo e contraditório conceito, pois se, por um lado, é aquilo que legal e constitucionalmente mais condiciona a vida das pessoas, por outro lado, é a maior imundice das pseudodemocracias; é um antro fétido de jogos de interesses instalados de clientelismos, regados por uma corrupção sórdida completamente impune.

     Em 5 anos, Sócrates cometeu a proeza de decapitar por completo um país cuja cabeça acaba de ser entregue numa bandeja aos senhores da troika. A liderança política de José Sócrates esventrou toda a estrutura portuguesa, já de si débil, e atirou-nos para o limiar da bancarrota! O Homem que muitos pensam inteligente e detentor de dom de palavra, mas que pouco mais faz do que servir de manequim de fatos caríssimos, ler telepontos e olhar-se ao espelho, dando asas ao seu narcisismo agudo!
Luis Campo e Cunha (antigo ministro de Sócrates) diz, sobre esta crise, que vivemos um filme de terror em que o Drácula culpa a sua vítima, aludindo numa brilhante metáfora, a que Sócrates consegue hoje encarnar um papel absolutamente surreal de conseguir culpar os outros por uma tragédia imputável a si próprio. Mas eu pergunto sempre: o que é que consegue ser mais inacreditável? É um homem que, ciente que despojou um país de quase tudo, protagonizando um política suicida e liderando um Governo assassino e que se reapresenta de cara lavada a eleições como se nada lhe fosse imputável, ou será constatar que ainda é considerado um herói pelos seus acólitos, um brilhante estadista pelos «bate-palmas» que o rodeiam e, pior que tudo, segundo se consta, um bom primeiro-ministro para mais de 30 % do zé povinho?

     Acreditem que quando penso nisso, dá-me vontade de, qual Zeca Afonso, pegar na trouxa e zarpar deste torpe país, onde abundam mentes desta natureza. Acho impressionante como há pessoas que preferem a certeza do mal, à incerteza. O velho chavão de que «eles são ruins, mas os outros se calhar são piores» atesta que este país está cheio de gente cuja cabeça facilmente se trocavam pela de um asno, em claro prejuízo deste!

     Eu não posso acreditar que vivo num país, em vias de extinção, onde a um mês das eleições já se sabe o seu resultado, como se fosse utópico o PQANML (Partido Que Agora Não Me Lembro) ganhar com 100 % dos votos se toda a gente votasse nele! Não! Nem pensar nisso! O país está podre. As Instituições democráticas estão podres. A justiça podre. A educação apodrecida… tudo é podridão, mas, de sorriso no rosto, o zé portuga, vota PS ou PSD, únicos partidos de poder desde o 25 de Abril. É aqui que os media se movimentam no seu jogo sujo de moldar as pobres mentes. É como os jornais desportivos que ocupam metade da edição a falar no Benfica para vender! Os media dão horas a fio de tempo de antena aos ditos grandes partidos para que a populaça os assimile bem, nem que seja por exaustão. Os media gostam de Sócrates por dois motivos; porque adoram tragédias e porque não são alvos da sua política criminosa!

     Também não aceito a treta do voto útil. Isso é um preconceito que os do costume agradecem, pois diz a matemática que ganha quem tem mais votos e se o PQANML tiver 50% mais um, é governo. Todos os votos são úteis, portanto, e são-no ainda mais se forem contra os cadáveres políticos vivos que estão agarrados à teta do poder como uma ostra à rocha e sabem que podem contar com a pobreza do povo, até daqueles que tratam mal a mãe dos políticos, mas atulham-se aos empurrões para tocar nos «Deuses» quando estes vêm à feira!
     O país não é o que Sócrates diz. O país é o que Sócrates quis! Esta crise política mais não é do que a consequência da forma ardilosa (aliás ele de engenheiro tem apenas o engenho de ludibriar os papalvos) com que geriu os PECs. Sabendo desde logo do chumbo do PEC4 (agora imposto pelo FMI), apressou-se a demitir-se iludindo o povinho que a partir dali a culpa era da oposição, mas mais se apressou a chamar o FMI, esventrado a pouca soberania que nos resta. É como dizer: «Venham cá limpar a porcaria que eu fiz mas por culpa da oposição». Só um dos maiores mentecaptos da História de Portugal, um criminoso como lhe chama Medina Carreira, como Sócrates de tal seria capaz, e apresenta-se, porém, a votos, com aquele ar de quem nada deve mas a quem tudo de bom se deve! E as pessoas votam nele!
     Hoje mesmo as sondagens dão o PS na frente. Se este PS ganhar estas eleições, Portugal ficará de luto e meio país desejará emigrar, nunca percebendo como é que um país se deixa prostrar aos pés de um déspota desta envergadura. Eu, por certo não emigrarei, mas acreditem que o nojo que, de há 20 anos para cá, vai aumentando por ostentar a triste chancela de ser português, talvez se transforme numa mudança de vida, para me sentir bem neste pobre país: deixarei de trabalhar e pagar impostos para que o Estado me sustente com o rendimento mínimo, alistar-me-ei numa claque de futebol, arrumarei, quem sabe, uns carritos, arrancarei metade dos dentes e colarei uns cartazes do PS, dizendo que José Sócrates é o meu pai! Aí sim, sentir-me-ei um orgulhoso português!
Conclusão: apetece-me vomitar quando penso em políticos neste país, mas o maior nojo que sinto é pertencer a uma sociedade que, eivada de uma pimbalhice generalizada, os perpetua e legitima no poder. Em suma, cada povo tem o que merece e nós merecemos estes políticos!
Apelo, pois, valendo isto o que vale, que no dia 5 de Junho nada seja justificação para não votar; que seja a maior afluência de sempre e que apenas uma coisa esteja nas vossas cabeças quando votarem seja em que partido for: será que eu quero que estes políticos continuem a comandar o meu país e o dos meus filhos?
No fim de pensarem nisso durante uma hora, então coloquem a cruz.

Paulo Carvalho