Mostrar mensagens com a etiqueta Ilhavo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Ilhavo. Mostrar todas as mensagens

sábado, agosto 20

NOSSA SENHORA DO PRANTO


Cresci à espera dos dias da festa. Havia o antes e depois. As brincadeiras prolongavam-se noite fora, fosse com foguetes e canas, fosse a fazer as diabruras do costume, desde  que fizesse  as rapariguinhas de sempre  reparar em nós.
Antes, claro, havia a estafação de colocar as armações - arcos enfeitados e iluminados que demarcavam o " trottoir" - e  os grandes arcos do Ti Barreto e do Ti Casimiro, sempre à procura do melhor elogio. Verdadeiras festas da ingenuidade dos seus autores.


Havia dois dias distintos, naqueles tempos: o primeiro, dia da festança e do carneiro ( obrigatório nesses dias, a chanfana de cabra velha ) onde se mostrava alguma roupita nova, as mulheres da rua iam ao cabeleireiro ( ida única anual ) e se esperava pela procissão. Novamente aqui tentávamos mostrar a nossa fibra, e carregávamos alguns dos " andores" pela rua fora, sempre intervalados com muitos pit stops, para dar alento e coragem para levar até final o pesadelo. Que fazíamos com gosto, alguma devoção e muita brejeirice.
O segundo dia, alem de ser o dia (ainda) do carneiro, tinha as corridas das argolinhas, que eram umas habilidades que se faziam nas pasteleiras de então, além da subida ao mastro ( em vila maruja, só podia ter este nome) que era uma vara enorme, para os nossos verdes anos, onde eram colocados um bacalhau, uma garrafa ou garrafão de vinho e umas notas de dólares dados pelos nossos beneméritos emigrantes nos USA, que faziam questão de vir à festa da sua Rua.
Rematava-se este dia com   o " atirar cavacas" da Capela, que era tradição antiga,e uma corridas de sacos, sempre muito enfarinhadas e divertidas.
ARTIGOS DE OFFICIO (Reino)
Portaria em 17 de Agosto ao Governador Civil de Aveiro, em resposta ao seu oficio de 21 do corrente, em que da parte da prisão de 4 indivíduos, que com mais alguns dos outros pescadores da companhia dos capotes haviam dado vivas a D. Miguel na romagem, e festa de Nossa Senhora do Pranto, em Ílhavo, no dia 15 deste mês, e percorrendo de noite as ruas daquela Vila tinham provocado com insultos, e desafios a gente constitucional; a fim de que o mesmo Governador auxilie a acção da justiça acerca da existência, e circunstancias destes factos, e seus actores, para serem punidos.

Deslavaditas, hoje. Falta de devoção e falta de empenho

sábado, março 12

PO CÁ TODOS BEM


Parlamento Galinácio

Passos Perdidos

E achados

E foram-se

NA DOCA E À BICA

Vida de estaleiro.
Navio da Douro Azul  lava-se e arruma-se por baixo. O Alto Douro, a abonitar-se para a saison que aí vem.

OS DO DOURO ESTÃO NO VOUGA.


Ou no Bouga, como por cá se diz.


Há mais de vinte anos, este navio foi levado para a sucata, em Alhos Vedros.
Da Sucata para a fama, foi um instante.
Lindissimo  e altivo.
Chamava-se  CASTELO, e atravessava o TEJO. Fez parte de uma fornada cinco navios de passageiros comprados em 1977 pela Transtejo em Hamburgo à companhia HADAG. Hoje é o VISTADOURO, da frota da Douro Azul.
Perfeitamente visivel, o buraco da ventoinha, nesta bela traseira

sábado, novembro 20

PORTO E BARRA DE AVEIRO

Já se demonstrou cabalmente que este porto e barra são parte da vila de Ílhavo A Grande, que agora dizem ser cidade. Não sei porquê, para quê, ou que caraças ganhamos com isso. Mas passemos.
Quis um acaso filho da mãe do destino, que os fornecedores de navios não tivessem em armazém nenhuma carta, como a que acima se reproduz. Recorri, face a este facto, ao meu amigo JFMV, que fez o favor de me emprestar a sua, e ainda por cima de me pagar 2 imperiais, que em  Ílhavo, A Grande, tomam o nome de finos, bem como 1 chamuça que estava de estalo. Vim pois, todo lampeiro com a novel carta, que em swaílli se escreve carta, para o sul, Lisboa, deixando o João ao dependurão. Terei agora de recorrer a alguém para me desagrilhoar deste problema.
A ber bamos, como dizia o cego.

quarta-feira, outubro 20

LISBONENSE

Engraçadito, ou não; esta é das muito poucas fotografias deste navio que guardei. Aqui a entrar em Aveiro, depois de umas bem sucedidas provas de mar.

sábado, outubro 16

HISTORIAS DO MAR

Saiu ontem de Aveiro, para Lisboa, passando claro, a barra do Porto de Ilhavo,o navio que irá fazer parte da frota da Transtejo, LISBONENSE. A imagem acima mostra o navio , já aproado ao Sul, rumo à Berlenga.


Imagem esclarecedora, do concelho, para os menos crédulos,

     Durante a viagem para Lisboa, pude uma vez mais  comprovar algumas ideias que trago  a tiracolo , sendo que a quasi esfericidade da terra planeta, é uma delas.
     Na imagem proposta,obtida através de um telescópio concebido em tijolo refractário, podemos admirar a fabulosa CALOTE esférica de Ilhavo, e o redondinho que ela é.

quinta-feira, outubro 7

DA REPUBLICA À BEIRA RIO


Aqui bandeiras , felizmente não faltam. Podia aplicar, Sr. Presidente, a Bandeira de Lata.




Da REPUBLICA gosto muito do “RE” , que sabe a popas e a mares passados. Já da Beira Rio, aprecio o rio e a sua beira, qualquer que seja a ordem das coisas.


          4 vezes ao dia, repete-se a sina da ria. Enche e vaza, e vaza e enche sempre em cenários diferentes. Muitas das vezes quase dramáticos, de cores e desenhos.


                                 


          Ilhavo , A Grande, mesmo com o problemas dos fusos horários e do içar e arrear das bandeiras, consegue iludir-me e faz-me pensar, ou sonhar;

Ao final do dia, hora da maré cheia na Ponte do Rio Boco

terça-feira, outubro 5

TALABRICENSES, CEBOLEIROS E (OU) GAGARÉUS

   Gosto de pensar que Aveiro é a herdeira natural da Talábriga.
A estrada Talábriga-Cale , no que hoje seria Aveiro Gafanha ( CALE da Vila) está lá a prová-lo, pontes e tudo.....


Que o Rei de Leão ( os espanhóis da altura) mandava fazer coisas e coisinhas em Alavário, vizinha de Ilhabário , (já) a Grande, por devoção à Nossa Senhora do Pranto, de Cimo de Vila, como aliás se pode ver “..Talabriga … oppidum haud longe a Vouga fluvio circa hodierna Ilhabário alicubi steterit. Accuratius locum definire non licet….”.


          Dá-me um profundo gozo, imaginar os povos daqui a fornicar a cabeça aos romanos, com as questiúnculas da posse do farol, da ponte da barra, e por aí adiante.

Consta que o Brutus Dez, já cansado de leitão , chanfanas e sarrabulhadas,ao abandonar o Castelo de Marnel, ( corruptela de Manel, quinteiro de Cimo de Vila, e pessoa muito achada nestas lides) terá dito: Vá, vá, fiquem com essa porra de terra, mas não me mexam no Illiabum, lá mais p´ro mar…. Isto claro, numa artificiosa atiradela de olho aos naturais da piquena burgue assulada de Talábriga. Ia-se ganhando a guerra, não fora uma série de extraórdinarios acontecimentos ( terem acontecido).

É ainda destas bandas a condessa Mumadona, que era uma senhora com um monumental par de mumas, e que ficará para a história por isso mesmo.

E talvez por ter doado umas gaitas lá para o clero, à conta da salvação…. Das mumas…..
Mas foram-se os romanos e vieram os portugueses, que ao que parece não eram melhores. Obrigaram os talabricenses ao pagamento de varias taxas e suzeranices, criando mesmo os infames IMI, ex sizas, e outras torturas dizimicas,  deixando  a burguesia reinante de barriguinha  cheia e o povo acantonado na fome e  na falta de trigo e outros cereais que deixaram de ser cultivados. Também a pesca foi largamente adulterada, tendo os peixes aparecido lá mais para a Loures de Baixo, já em roaming, com sotaque. Mesmo nas sardinhadas, era necessário um dicionário, para as entender....

                       

terça-feira, setembro 28

SANTA MARIA MANUELA


Chegou senhor de si. Pudera!!!! Foi o Mark Hadden a fotografar.

Qualquer destes navios, são navios de sonho.
Recordo com saudades os lanches , quando a pescar nos Rocos ( Virgins Rocks)
The Grand Banks fishing grounds off Nova Scotia.




e a Pachorra do Capit. John Williams a aturar tudo e todos.




São os navios mais bonitos do mundo. E este, particularmente, ainda o é mais....

domingo, setembro 26

CAPITÃO DO PORTO DE ILHAVO

E porque não a CAPITANIA DE ILHAVO?

Não houve já a Capitania da Ilha dos Burros??
Não há a Capitania do Porto de Aveiro??



Não houve a Capitania dos Portos e Mares da Terra Nova e Gronelândia ??
Não há tantas Capitanias por aí fora??
Ora Porra e tres quinze..

Pois, eu , com ENORME sacrificio pessoal e familial, declaro-me desde já disponivel para ser o próximo Capitão  do Porto de Ilhavo. Ou até podia ser Capitão do Porto de Ilhavo, Gafanha, Vagueira e Vagos.
Com ENORME sacrificio, com desmesurado sentido do Serviço Publico , com transbordante vontade de fazer qualquer coisa, que aqui me coloco.

E, se a coisa, não der, podia ser Capitão do ,Porto da Barquinha.
 Que acham, carago???

AO DOMINGO, DOMINGAS


Gosto do Ilhavo, A Grande, atraves do palafitame da imagem.


 Em 2008, o Investimento Directo (estranjeiro) em Portugal cai abruptamente mais de 50%. Eram sinais , recusados peloa sobas.
É engraçado ver, ou ler, o passado recente, que ainda não dá para historia.
Não é de todo aconselhável a consultas aos numeros. "Abestanham-se", abafem-se e abifem-se, que a coisa está por aí.




Também tenho o meu emplastro, aqui em baixo. Fónix, que o gaijho não sai.

ROJOADA

No meu último " Grande Almoço", - que ao invés do que estão a pensar, é um almoço normal, só que maior - apalavrei um porco, ou melhor, a metade do dito, seguro que, após a limpeza dos vapores etílicos, do porco não restasse nem a memória. Quase que era uma historia com final feliz, para o porco ( e para mim), não fora a mimória de ólifante do meu amigo; o porco, coitado, que foi quem ficou pior, portou-se à altura; condigamente, reluziu em rojões, bifes, heinzbeins , pingo e costeletas. Para além de alguns outros artefactos que não sei bem para o que vão servir.
Abreviando, que o tempo urje,  depois de alguns trabalhos de corta e congela, corta e mais corta, embala, congela, consegui que a Dª Maria me fizesse uns rojões à Ilhavo.Rojões à lavrador com sabor a mar. O meu querido amigo MFS está já a afirmar tratar-se dos rojões maritimos, tão em voga no sec. XIV. Enfim, passemos.


O tacho, gamela, ou lá o que chamam a este instrumento, encheu-se de carne, rosada, e de muita gordura.
Chama forte em baixo ( indispensável) e sobretudo muita coragem para estar de pé as próximas três horas a mexer a rojoada- também essencial.E claro, a mão para mexer, sem desfazer, muito à moda do martini do James Bond.

 

É medida a consistência do pingo, ( será daqui o nome??) ajustada a lenha, que o calor é medido a rigor,mexe aqui e ali,

e o milagre acontece.
Já estão mergulhados e bem, em banha, para se conservarem nos proximos 3 ou 4 dias. Depois se verá.
A haver remorsos pelo herói desta historia ( serie B) , já se foram; foram com a chegada dos rojões, que acabei de comer um. Sabores de infancia, se sabem o que é: uma viagem.

segunda-feira, setembro 20

(S) CEM MILES

Com toda esta azáfama da minha piquena passagem por ilhavo, dos saltinhos para a mesa e dos pulinhos para a cama, ( berdadeiro atleta), deixei que a marca centenário/milenar, passasse ao lado desta narração tragico-maritima. E em boa hora o fiz, para vossa salvaguarda, penso eu.


Um dia vai ser o yellow submarine. De alguém


Berdadeiro arraiolos de ripas, estes pescadoiros/atracadoiros, foram deixados em herança por aí abaixo, até à Ilha Canela, Portuguesissima, com a sua própria Gafanha e tudo... Não fora o mau feitio doa Espanhóis, e habiam de ber......


Mais um exemplo palafitar



O mesmo mais ó pé.

Ó pé do mesmo , e

Aqui se vê o intrincado da coisa, que desmotiva os mais inventivos. De facto, tanta ripa e tanto prego...
Sabem com quantas minhares de paletes, de marteladas, de unhas negras se faz uma lacustrice destas?
Eu também NÃO.

Acabamos os cem mil  com esta Costa Nova, da Bruxa da empalhada e da Imperial, cá travestido de fino.... Ou será ao contrario????

NOSSA SENHORA DOS NAVEGANTES



Do Castelo da Gafanha ,ou do Forte da Barra.
Até tem um farol que nunca o foi. Mas é enfiamento, de enfiar.....
E como o dia era de festa, tiraram-se os fatos das traças e airaram-se os oiros e os artefactos da familia.


E não foi pelo tamanho que se deixou a coisa por mãos alheias.Não senhor....


Foi a rigor de Mareato que vimos estas gentes  - que bem hajam -  perpetuar as nossas tradições.
Sem ter de se mexer na lei, não esqueçam.