sexta-feira, agosto 24

O MAR, À FLOR DA PELE


Ainda não tinha acabado de ler o DN com um artigo em que o tema é o mar, com diversas personalidades a dar a sua opinião,  e já estava aos gritos! Resta-me a duvida de saber que não será a sua opinião, mas de outrem, talvez " comprada" num outro jornal ou revista. Mas enfim, coisas da santa ignorância. Mas alivia-me um pouco.

Depois de ler alguém que se diz comunicador fico  nem eu sei bem como. Não fico bem : Comigo, e não fico bem com o nosso Portugal de hoje.

Ora bem, este senhor refere às tantas que adoraria ser " embarcadiço", porque, sentado nas praias de Key West ( para quem não sabe e não tem os privilégios deste senhor, é na Florida, na parte mais ao Sul) imaginava-se a dar a volta ao mundo. Paquetes , note-se. E imaginava-se embarcadiço.

Comunicador, diz que é. Mas que é ser comunicador? Somos 10 milhões de comunicadores?? Comunicador não é nada, pois não, Mas embarcadiço, muito pelo contrario é. O termo, em tempos pejorativo, indicava as pessoas que normalmente eram " caçadas " e forçadas a embarcar nas caravelas, ou então , por disposição legal , forçadas a embarcar. Hoje está em desuso, felizmente.

Mas há o marinheiro, que é o embarcadiço que gosta do mar. Não o mar visto de terra, ( mesmo nas Keys), mas do mar salgado e rude, diário de contradições. E esses marinheiros, ao contrário dos Comunicadores, são mais que marinheiros: São Médicos, Enfermeiros, Capitães, Cozinheiros, Engenheiros, e uma infinidade de outras coisas. Mas estas profissões, quando embarcadas, dão lugar a uma outra mais abrangente, que é a de marinheiro.

Comunicador, além de não ser nada ( ou mais exactamente 1/ 10.000.000 ) ,também não é mais nada.

Prezo-lhe contudo a pachorra de esparramar estas coisas em papel. Valha-nos isso, para se poderem contar as espingardas.

No oposto, com uma sobriedade de espantar os tais 10.000.000, temos o Zé Cid, homem do norte, de famílias tradicionais, mas com o bom senso da região: O NOSSO FUTURO, É A TRADIÇÃO. E prontos, está tudo dito.

Nunca pensei chegar aqui, onde estou, com os meus 58 anos, e ter de ouvir esta gentinha, a falar do que não sabe. E ter de sustentar uma cáfila que lhes dá cobertura e visibilidade. Fónix.

É mais fácil de entender a forma como chegámos ao estado miserável onde nos encontramos, de ter transformado uma país gordo num quase cadáver alimentado a soro.

O MAR, senhores, é sério de mais para ser a vista, o conforto, enfim, um mês por ano.

O engraçado nisto tudo, é que se perguntarem aos mesmos indivíduos que respondem neste artigo, algumas profissões de mar, vão, com toda a certeza, ser unânimes: NADADOR SALVADOR, ou VENDEDOR DE BOLAS DE BERLIM.

quarta-feira, agosto 22

MAGREB


Por aqui os calores também são de acordo com o esperado. Dificil a net só com gprs.
Tudo mais dificil que chez nous.
Vou tentando dar noticias, não sei bem como.