domingo, maio 22

NOVAS CONSTRUÇÕES

Nesta imagem, sub-repticia,  a comitiva de convidados moçambicanos, apresentavam-se no cais dos ENP.

Momentos após a quebra da tradicional garrafa de champã, os visitantes, agradavelmente satisfeitos, acompanharam a benção do navio. Contra mares e intemperies, há que ter fé.

Também nos faz falta....


Lembro que são , para já, três as construções de algum porte.

A Naval Ria, provou  a sua aptidão para a construção naval: Um navio de passageiros, ( 135 ) em 8 mesitos.

Já anda carregado, lá pelas terras do DOURO.
Antes tinha entregado 2 navios de passageiros, de algum porte, e de um considerável apuro tecnológico
Também navegam!

Mas, como não há bela sem senão, não podemos escamotear o  mais importante, apesar de ser anormalmente encoberto :A  mão de obra, por mais incrível que pareça, não é toda NACIONAL. Antes pelo contrario.Tem muito de fora.
Escassez de técnicos e de trabalhadores.... Aveiro tem., por exemplo 50% da sua população (exacto, 50%) desempregada. Parece que bem desempregada.

Não nos surpreende pois  que os materiais, equipamentos e  montagens sejam EXCLUSIVAMENTE de extramuros, numa sucessão diabólica: Nós compramos aos Espanhóis, que vendem o que têm e o que não Têm. E no que não têm, transformam em aplicações financeiras.
Surpreende-nos também enviarem , por exemplo, espanhóis para trabalharem.
Nós, por cá, todo bem... E  a vê-los passar…..

Lembro Joaquim Paço D’Arcos


Duzentos capitães! Não os das caravelas,
Não os heróis das descobertas e conquistas,
A Cruz de Cristo erguida sobre as velas
Como um altar
Que os nossos marinheiros levavam pelo mar
À terra inteira!
(Ó esfera armilar.
Que fazes hoje tu nessa bandeira?)
Ó marujos do sonho e da aventura,
Ó soldados da nossa antiga glória,
Por vós o Tejo chora,
Por vós põe luto a nossa História!
Duzentos capitães! Não os de outrora...
Duzentos capitães destes de agora,
(Pobres inconscientes)
Levando hílares, ufanos e contentes
A Pátria à sepultura,
Sem sequer se mostrarem compungidos
Como é dever dos soldados vencidos.
Soldados que sem serem batidos
Abandonaram terras, armas e bandeiras,
Populações inteiras
Pretos, brancos, mestiços
(Milagre português da nossa raça)
Ao extermínio feroz da populaça
,

Ó capitães traidores dum grande ideal
Que tendo herdado um Portugal
Longínquo e ilimitado como o mar
Cuja bandeira, a tremular,
Assinalava o infinito português
Sob a imensidade do céu,
Legais a vossos filhos um Portugal pigmeu,
Um Portugal em miniatura,
Um Portugal de escravos
Enterrado num caixão d’apodrecidos cravos!
Ó tristes capitães ufanos da derrota,
Ó herdeiros anões de Aljubarrota,
Para vossa vergonha e maldição
Vossos filhos mais tarde ocultarão
Os vossos apelidos d'ignomínia...
Ó bastardos duma raça de heróis,
Para vossa punição
Vossos filhos morrerão
Espanhóis!

1 comentário:

Cabo Carvoeiro disse...

Bom dia tenho algumas fotos no meu blog sobre a bençao do navio.
Um abraço