Momentos após a quebra da tradicional garrafa de champã, os visitantes, agradavelmente satisfeitos, acompanharam a benção do navio. Contra mares e intemperies, há que ter fé.
Também nos faz falta....
Lembro que são , para já, três as construções de algum porte.
A Naval Ria, provou a sua aptidão para a construção naval: Um navio de passageiros, ( 135 ) em 8 mesitos.
Já anda carregado, lá pelas terras do DOURO.
Antes tinha entregado 2 navios de passageiros, de algum porte, e de um considerável apuro tecnológico
Também navegam!
Mas, como não há bela sem senão, não podemos escamotear o mais importante, apesar de ser anormalmente encoberto :A mão de obra, por mais incrível que pareça, não é toda NACIONAL. Antes pelo contrario.Tem muito de fora.
Escassez de técnicos e de trabalhadores.... Aveiro tem., por exemplo 50% da sua população (exacto, 50%) desempregada. Parece que bem desempregada.
Não nos surpreende pois que os materiais, equipamentos e montagens sejam EXCLUSIVAMENTE de extramuros, numa sucessão diabólica: Nós compramos aos Espanhóis, que vendem o que têm e o que não Têm. E no que não têm, transformam em aplicações financeiras.
Surpreende-nos também enviarem , por exemplo, espanhóis para trabalharem.
Nós, por cá, todo bem... E a vê-los passar…..
Lembro Joaquim Paço D’Arcos
Duzentos capitães! Não os das caravelas, Não os heróis das descobertas e conquistas, A Cruz de Cristo erguida sobre as velas Como um altar Que os nossos marinheiros levavam pelo mar À terra inteira! (Ó esfera armilar. Que fazes hoje tu nessa bandeira?) Ó marujos do sonho e da aventura, Ó soldados da nossa antiga glória, Por vós o Tejo chora, Por vós põe luto a nossa História! Duzentos capitães! Não os de outrora... Duzentos capitães destes de agora, (Pobres inconscientes) Levando hílares, ufanos e contentes A Pátria à sepultura, Sem sequer se mostrarem compungidos Como é dever dos soldados vencidos. Soldados que sem serem batidos Abandonaram terras, armas e bandeiras, Populações inteiras Pretos, brancos, mestiços (Milagre português da nossa raça) Ao extermínio feroz da populaça, | Ó capitães traidores dum grande ideal Que tendo herdado um Portugal Longínquo e ilimitado como o mar Cuja bandeira, a tremular, Assinalava o infinito português Sob a imensidade do céu, Legais a vossos filhos um Portugal pigmeu, Um Portugal em miniatura, Um Portugal de escravos Enterrado num caixão d’apodrecidos cravos! Ó tristes capitães ufanos da derrota, Ó herdeiros anões de Aljubarrota, Para vossa vergonha e maldição Vossos filhos mais tarde ocultarão Os vossos apelidos d'ignomínia... Ó bastardos duma raça de heróis, Para vossa punição Vossos filhos morrerão Espanhóis! |