quarta-feira, agosto 17

NA ROTA DO ALMIRANTE GAMA


Ainda foi o mês de Junho ,  verão tíbio, que viu sair de Peniche  as primeiras barcaças construídas para operar em águas moçambicanas. Construção portuguesa, enfim, comunitária. Pelo menos o projecto,  direcção e controle foram nossos. O material é , digamos, comunitário da Galiza.



Os Trade Winds, famosos pela sardinha e carapau, ainda não eram de lei, ao que se antevia. Não houve grande rigor, na escolha do dia para se sair: CALHOU!!E levámos com eles, todinhos!!!!!
O que nos obrigou, 2 horas após a largada, a pôr de capa, para poder pear e  arranjar, enfim, tratar das coisas. Demorou o oficio 3 ou 4 horas, aceleradas. Depois seguimos.

 Como muito bem ilustra a "image", -  a demonstração cabal que o NORTE é para cima, e enfim, que o SUL é para baixo - o navio da MOL puxa pesadamente pelos seus contentores, rumo sabe-se lá para onde... Para cima, diremos nós.
Claro que nós íamos, lampeiros e impados para baixo, que é como quem diz, para os sules.
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           A nossa barcaça, e o termo favorece-a, pode-se designar por uma  LANDING CRAFT , que é a modos que uma barcaça que aterra de queixada. E leva tudo à frente. Figurativo, que eu ia atrás.....
Acho, aliás, óptimo que se ganhe algum nâuáu nesta matéria, pois creio que mais cedo do que mais tarde, vamos ter de operar estas coisas nas nossas praias. Imagine-se um navio destes  a carregar na Costa Nova para o Moledo.....

          Mas nós, nesta fase, já só queríamos ir para o Sul, e experimentar a ROTA DA MANTEIGA, que como se sabe, determina-se da seguinte forma:
- À saída da um porto europeu, coloca-se um pacote de manteiga numa mesa, no interior da barcaça. Espera-se que comece a derreter; Assim que pelo menos metade da bendita da manteiga desapareça, põe-se tudo a estibordo, e depois faz-se como o Cabral:- ESPERA_SE!!
Nesta altura do campeonato, o Sol ponha-se atrás da janela , meio amaricado.

O mar era de rigor: Bem vestido mas com um feitio do caraças.
O que me faz pensar que, a sair à vela por aí abaixo, há que ter em atenção as datas, e JUNHO NÃO DEVE SER OPÇÃO. Não se esqueçam.
Segue mais tarde.....

2 comentários:

joao madail veiga disse...

Fazes-me lembrar uma travessia que fiz do (tenebroso) mar da palha, a modes que também com ventos de força 0,112 e ondas de 7 cm, ás vezes 8.

barconauta_ disse...

Ah ah já tinha saudades de posts neste blogue! Muito bem. Parabéns pelas construções. Daqui a dias mostre o Sacor II como anda.

Abraço

Ricardo