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sexta-feira, agosto 19

SERVIÇO

No meio do Atlantico, literalmente, a muitos dias das costas de Africa e do Brasil ( porque não??), O Fernando teve de me passar água. 70 Toneladas, disse ele ( o dador) ; 30 toneladas, digo eu ( recebedor). Isto só pode ter a ver com as medidas de VENDER e as medidas de COMPRAR, claro.


Não foi esta a operação mais dificil, talvez porque já rotinados com poutras duas ou três que tivemos necessidade de fazer para mantimentos e sobressalentes. Tudo isto sem riscar a pintura.....
Na Pesca do Bacalhau, era uma actividade diária.           
   
                                          




quinta-feira, agosto 18

A BOA E A MÁ PESCA



Algures, já na parte sul do nosso mar, quase a metade do caminho para o Brasil, apanhámos este parente do peixe espada; de serrote bem afiado, apresentou-se-nos desta forma. Tínhamos cerca de 200 metro de linha para baixo. Comeu-se (?) frito e ninguém gostou.

FLYING DUTCHMAN

Apareceu-me em sonhos e durante a noite, in the flesh......., e eu às escuras todinho,  que as lâmpadas de navegação foram todas atrás umas das outras.......

SATELITE, E AS NOVAS OPORTUNIDADES


Para a madeira, claro....
          O zingarelho que se vê acamado, aqui em cima, é um telefone satélite, que no dizer do vendedor, só se ouve bem " para lá das Canárias"; Está tudo dito.
          Dentro da ponte , mesmo à janela, era escusado. Tinha de vir cá para fora, para ter sinal. Mesmo fraco. Tinha comprado uma licenças para ter EMAIL, da XGATE, que só funcionou 2 vezes, dado o telefone ter uma estabilidade de sinal muito fraca, deixando-me pendurado constantemente. Não tive Email, tão pouco os boletins meteo que me fariam tanto e tanto jeito; Valeu-me no caso, o meu Amigo Cmdt. Ferreira, que em casa e a desoras, me fornecia via telefone, o estado do mar sempre para 3 dias.
Sem ele,  teria sido uma xatice das grandes.

A CAMINHO DOS MARES DO SUL

         
 Sem se tratar de verdadeiramente mau tempo, também raramente foi bom, como aqui se mostra. Dadas as caracteristicas dos navios, o chocalhar era uma constante.

         

          Os movimentos eram tão rápidos, que  muitas vezes não tinhamos tempo de os desfazer, isto é, estavámos constantemente aos sobressaltos; E saltos.


E lá se foi,

Nas fotografias , a vaga é sempre achanadinha. Encore bien....

quarta-feira, agosto 17

NA ROTA DO ALMIRANTE GAMA


Ainda foi o mês de Junho ,  verão tíbio, que viu sair de Peniche  as primeiras barcaças construídas para operar em águas moçambicanas. Construção portuguesa, enfim, comunitária. Pelo menos o projecto,  direcção e controle foram nossos. O material é , digamos, comunitário da Galiza.



Os Trade Winds, famosos pela sardinha e carapau, ainda não eram de lei, ao que se antevia. Não houve grande rigor, na escolha do dia para se sair: CALHOU!!E levámos com eles, todinhos!!!!!
O que nos obrigou, 2 horas após a largada, a pôr de capa, para poder pear e  arranjar, enfim, tratar das coisas. Demorou o oficio 3 ou 4 horas, aceleradas. Depois seguimos.

 Como muito bem ilustra a "image", -  a demonstração cabal que o NORTE é para cima, e enfim, que o SUL é para baixo - o navio da MOL puxa pesadamente pelos seus contentores, rumo sabe-se lá para onde... Para cima, diremos nós.
Claro que nós íamos, lampeiros e impados para baixo, que é como quem diz, para os sules.
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           A nossa barcaça, e o termo favorece-a, pode-se designar por uma  LANDING CRAFT , que é a modos que uma barcaça que aterra de queixada. E leva tudo à frente. Figurativo, que eu ia atrás.....
Acho, aliás, óptimo que se ganhe algum nâuáu nesta matéria, pois creio que mais cedo do que mais tarde, vamos ter de operar estas coisas nas nossas praias. Imagine-se um navio destes  a carregar na Costa Nova para o Moledo.....

          Mas nós, nesta fase, já só queríamos ir para o Sul, e experimentar a ROTA DA MANTEIGA, que como se sabe, determina-se da seguinte forma:
- À saída da um porto europeu, coloca-se um pacote de manteiga numa mesa, no interior da barcaça. Espera-se que comece a derreter; Assim que pelo menos metade da bendita da manteiga desapareça, põe-se tudo a estibordo, e depois faz-se como o Cabral:- ESPERA_SE!!
Nesta altura do campeonato, o Sol ponha-se atrás da janela , meio amaricado.

O mar era de rigor: Bem vestido mas com um feitio do caraças.
O que me faz pensar que, a sair à vela por aí abaixo, há que ter em atenção as datas, e JUNHO NÃO DEVE SER OPÇÃO. Não se esqueçam.
Segue mais tarde.....