segunda-feira, junho 14

NAVEGAR

Normalmente, a precaução aconselhava-nos a usar um pouco mais de distancia, entre nós; Mas como se tratava de uma viagem de certa forma atípica, deu para tudo; A entreajuda esteve sempre presente, mesmo tratando-se dos nossos congéneres "gallegos"


A vaga larga, sempre presente, deu pano para mangas durante todos os 19 dias. Se dias houve em que, pelo nosso rumo, o incómodo era minorado, outros houve em que as coisas mais simples deste mundo., tais como comer e comer, eram muito dificultadas. Pobre cozinheiro, que com 2 mãos fazia autênticos milagres.


Depois de alcançado, é vê-lo pela popa


E a vida lá continuava, no ramerame do costume; Quartos, baixo e mais quartos. De inicio de 6 horas, até se ter um terceiro homem para o leme.



Sim, que não havia piloto automático. Raramente existe, nos rebocadores.
Mas isso fica para outra núpcias.

sábado, junho 12

LISBOA LUANDA, SEM TIRAR FORA



Saiu-se entre duas águas. Navio(zinho) pronto, logo pela  manhã procedeu-se, informalmente  ao mudar da bandeira.
Não houve comes e bebes, o que deu algum jeito, dados o atrasado da hora e o apetite de alguns tripulantes, como verifiquei mais tarde; e tardiamente.



Entre percalços, insultos e quejandos, lá se içou a bandeira correctamente, com o facalhão para cima e a estrela para baixo.

De Lisboa saíram o Montevil, que era a minha montada, e o Caramujo  a do Fernando Cagaréu. Poucas milhas afora, já se tinha esta vaga " roliça", que na primeira noite deu para dormir embalado, com os anjos.Um pouco mais à frente, esperava-nos outro rebocador, novinho ( zero kms, no dizer dos responsáveis) que  vá-se lá saber porquê,  foi feito em Espanha. Só a nossa especialização em " serviços " para explicar.
Os velhos são de cá, de 1981.

Este fim de dia, sem direito a raio verde que só foi visível lá para o o Atlântico Sul ( julgo eu que se viu;  que a minha credibilidade estava em jogo  entre os tripulantes, todos benfiquistas) esperou-nos lá por fora.
Não é seguramente "a viagem da vida" , mas é das mais marcantes. Pelas dificuldades, pelo que se improvisou, pelo que se fez, e ainda mais pelo que não se fez.Nunca se esquecem estes momentos, sempre junto à água. 55 nós de vento vindos do nada, no meio de perto de 40 graus de temperatura e 110 % de humidade.´Chuva horizontal em 20 segundos. Mas depois conta-se.

quinta-feira, junho 10

PEIXES VOADORES


Temos de ter paciência, para ver este ex-libris do mar. Tratamos aqui de um passaroco a voltar às origens, ou " bien au contraire" , trata-se de um peixaroco nos primeiros estagios da evolução no sentido que darwiniano??Por outras palavras, os vindouros vão ver este bicho a nadar ou a voar??? Tem  de aumentar as imagens, para uma melhor visualisação.
Aqui estava na fase do arranque, a sair da água. Não consta que pegue de empurrão....

De facto  de facto, o bicharoco deveria chamar-se peixe planador, pois é o que faz. Não bate as asinhas, não tem trejeitos de " buador". Antes dá " ao rabo"....

Mas nem por isso deixa de fazer uns plananços que surpreendem. Pelo folego da manobra....

LUANDA


Como é do nosso conhecimento, a velocidade de rotação da Terra, no Equador ou proximo dele, é maior, fazendo com que tudo se mova mais rapidamente que nas zonas temperadas , acima dos trópicos. Pela primeira vez, tal facto é captado em fotografia, que " ajunto" cópia acima; verifica-se pois, facilmente tal facto...... Amplie, para melhor compreensão(??).

Claro, que após alguns minutos, e apanhando a tal marginal a descansar das canseiras de andar mais depressa que o resto do mundo, lá consegui esta imagem mais paradita.

Estava no 26ª piso do hotel Presidente, na baixa de Luanda  paredes meias com o portão do Porto . Construído de 1971 a 74 creio eu, era uma bela obra de engenharia, à época; hoje, lá vai fazendo o seu caminho.
A janela não abria, e por dentro deu isto.

terça-feira, junho 8

ALCANTARA E OS CONTENTORES

De férias, daquelas de não fazer nada, não estou. Também o ritmo de trabalho não me permite afirmar que estou nisso, no trabalhinho. Estou em LUANDA, essa bela localidade, fundada por colonos vindos de ILHAVO,  a GRANDE. Como sabéis, na sua rota para o Sul, os Ilhavos, depois de fundarem a  Nazaré, a Trafaria, e por aí  adiante, fundaram LUANDA, onde até o "L" é igualzinho ao "L" de ILHAVO. Gandas Homens, Grandes terras....
Aqui recomendo o SPA, para o jantarinho. E um bom amigo para pagar a conta!
Os rebocadores MONTEVIL e CARAMUJO já cá moram, com o mesmo nome, só que com registo de LUANDA


Não será muito dificil de qualificar de , na melhor das hipoteses, profundamente desonestos e  mal intencionados  todos os intervenientes na assinatura deste contrato. Estranhamente para um país de direito, a coisa repetiu-se na integra, como um bis, na assinatura do contrato para o TGV..
O direito não  é aplicavel, neste país??? Ou a bancarrota é antes do mais  ética? Porque moral..... Os portugueses estão como em 1640??
Foda-se

terça-feira, maio 18

BIGAMIST 7


A largada da primeira regata do dia 5. O Bigamist não se descortina, ainda. Depois será uma cavalgada solitária.

Que deu origem à " nossa festa". Ganhámos esta regata, mas que não foi suficiente para nos livrar do "carro vassoura"

AUDI MED CUP - TROFEU DE PORTUGAL

O Sec de Estado da Defesa e das Coisas do Mar, mostra-se.




Vejam se o descobrem.

quinta-feira, maio 13

NOVAS DO RIO E DO MAR

Do rio, trago muito que contar.
Tanto, que o tempo me é escasso para tal. Mas lá irei, com vagar, que o vagar faz sábios.
Acho eu!
Bom , mas nestes dias, e fruto do ocaso, tenho umas fotografias simplesmente fantasticincrivimerosielporrajánão sei mais.


Isto é o preambulo




MEDCUP ITSELF, gents.


Onde temos um armador ( PEDRO MENDONÇA) que com o seu BIGAMIST 7, vai fazendo a vida dificil aos outros concorrenres. E ao Bigamist também. Mas a coisa bvai melhorar, garanto-vos



Ganhadores, estes rapazes do QUANTUM



Assistencia aos sapatos de um senhor que não digo......

Aqui vão, só a jeito de ante estreia

domingo, maio 2

SMOKE ON THE WATER

A gente lembra-se, diziam os miudos em relação à musica.
A gente esquece-se que os navios, quando atracados também são poluidores, muito especialmente nestas bandas, onde os teores de enxofre nos combustiveis são a granel.....
Ainda não se ouviu falar em navios electricos; Imagina-se porquê. Também, a solução mais simples, que seria a de dar energia a partir de terra a TODOS OS NAVIOS ATRACADOS, nunca passou pelas brilhantes mentes lusas. Isto porque , eventualmente, polue-se mais para " fabricar a corrente" que é necessária para tal, do que neste deixar andar, doce ramerame.....
O não fazer barragens atempadamente, por questões MERAMENTE politicas, pesa, claro.
A gente lembra-se, senhores, a gente lembra-se!

UM DIA DESTES


SVITZER SINES


Galp Marine

                                        
                                                          Lisboa Princesa de Belem

sábado, maio 1

COMO OS PAQUETES SE VÊEM EM LISBOA


Ou de outra forma, como é que o passageiro de um navio de cruzeiros, vê  outro ( se for caso disso )


Este local, que é o Avançado de Alcantara, TPA, TPR, e Liscont, tudo mexido em poucas centenas de metros, é presentemente o local da discórdia, entre os lisboetas ( e não só).


Retirando o lado estético da coisa - trata-se, juntamente com o parque das nações, de uma zona de lazer perfeitamente consolidada, de bom arranjo, e diria mesmo única.


Este estado de coisas pode ser perfeitamente mudado, nada a opor. Retiram-se os jardins, paquetes e companhia e fica o Terminal de contentores. Mas para sempre. Assume-se.

                                     
Ora o que se está a preparar, é o dar cabo de uns tantos biliões à custa de trabalhos temporários, que desfeiam Lisboa, e que são afinal para REFAZER daqui a alguns anos; Se bem que o temporário em Portugal  se assuma como definitivamente provisório.


E o porto de águas mais profundas, a resolução do problema da Costa da Caparica, poderá estar afinal ao virar da esquina, na tão pouco falada GOLADA DO TEJO.

O direito à indignação, tão propalado em tempos (a maior parte das vezes sem razão, veja-se agora o estado da Nação) parece que é afinal num só sentido. E a  atirar para a desgraça.

.

O MEIN SCHIFF DE NOITE


Digam lá se não parece que as estrelas do céu desceram cá para baixo, para nos acompanhar???


A fotografia à noite fascina-me, mesmo com os tremidos. As cores de noite ganham uma vida nova, só possivel com a escuridão.

O MEIN SCHIFF E O POSEIDON


Mais uma aparição deste já classico.Alegra sempre.



A cruzar-se com o RV Poseidon. RV stands for Research Vessel.
Os Açores mais as suas fumarolas e a extensão submarina recentemente reivindicada, não serão alheios à estadia do POSEIDON



A fazer-se ao cais dos contentores de passageiros de Alcantara.






Atracado Junto à doca da Naval Rocha



CELEBRITY EQUINOX



Não há navios feios. Um pouco como o vinho. Também não há vinhos maus. Simplesmente há-os melhores.Ou mais bonitos.
Esteve por cá, vaidoso, a mostrar-se.
Detalhes

sexta-feira, abril 30

A MARINHA COMO TRADIÇÃO


          Forma inteligente de marcar o ESTIBORDO e o BOMBORDO em alguns  navios mercantes que nos visitam. Assim, fica defenitivamente posto de parte a solução da pedra na mão direita.

          O Luis Miguel Correia conta no seu Blog, que um secretario de estado, não importando quem, lhe terá referido que Portugal não precisava de Marinha Mercante.
Como aliás não precisa de agricultura. Tão pouco a industria lhe fará falta. A pesca também ja sabemos que é de todo dispensável.
Não sei o que nos resta; Mas com toda a certeza,  gente como este secretario não pode.....
Mas agora, - rude golpe - soube que importamos esperma, para " cobrir" as necessidades; Nesta ansia de tudo importar, não faltará importar também alguém para a cobrição, garantindo-se assim a frescura do esperma.

domingo, abril 25

BAIXA MAR PARVO AO CARAÇAS

A segurança é um pressuposto assumido de qualquer tarefa.
É em nome da segurança, que o jovem oficial de convés do "Athena "usa o capacete. Conhecendo nós as gaivotas , julgamos ajuizado. Já a falta de colete, será de somenos. Até o facto de ter de se saber nadar, hoje é questionável.
Quanto ao "condutor" do contentor , estamos em crer tratar-se de um novel modo de estar , criado quiçá no ambito das novas oportunidades; Não é obra fácil, mais comparado a forcado rabojador que outra coisa.

No espirito de rabojador, o outro amigo da foto de baixo faz o que pode, para dar jeito.
O dia a dia das actividasdes  ligadas ao mar e a navios, são assim: Em cima de água.
Ou muito próximo dela, constantemente a desafiar o diabo. Caminhar num dia de mau tempo, é, por sí só, um exercicio sem comparação em Terra. E então a realização de uma qualquer tarefa, requer esforços sobre-humanos, ao alcance de muito poucos. e que raramente traz distinção a quem a pratica. Ao contrario do que se passa no sequeiro, onde não fazer nada é regra.....