Muitas vezes, por avarias, má preparação ou mau planeamento, houve situações que nos levaram a ter de improvisar. Nos tempos da pesca do bacalhau, era tarefa quase diária, este tipo de trabalho, que consistia em "passar" ferramenta, viveres, correio ou outros bens de um navio para outro, sem alterar de forma evidente a vida a bordo; Sem perder tempo, diríamos agora.
Preparou-se a artimanha com cuidado, que o material a transportar era muito pesado e precioso. Só havia 1 peça; e era a que ia viajar...
A curiosidade chamou este cachalotes, que não perdem uma.
Deixamos o parceiro aproximar-se à distancia de 1 tiro de besta, ( o tiro é nosso e a besta é ele), e lá vamos dando cabo à improvisada bóia, que é nem mais nem menos que um jerrican vazio, em plástico.
Cabos, não havia a bordo(?????), pelo menos com bitola manuseável. Usaram-se-se então as retinidas de 2 bóias, que deram um jeitão...
Do outro lado, ( da besta), havia que preparar cirurgicamente a recepção, captura e aladela para bordo. Tudo foi feito com a atenção e reparo possíveis. Aqui vê-se o artefacto.
Depois foi só largá-lo pela popa e esperar que a coisa corresse de feição. Que correu, felizmente.
Momento da " captura" do barril plástico.
E depois foi o adeus e obrigado. Claro que após termos recebido o dito
jerrican de volta, que poderia fazer falta para outros voos. Que fez, pois passados alguns dias, tivemos de fazer novo " serviço", desta vez de noite. Neste caso, juntou-se a bóia à retinida, de forma a que fosse sempre visível o
jerrican. Fantástico e
funceminou!