Os nosso termos de comparação vão descolando, enquanto por cá, ao discutir o sexo dos anjos, vamos brincando às vidas e aos reinos: reino das reformas e fantasias , reino das convenções, fórums e fantasias, reino dos governos , correlativos e fantasias , e reino da treta. Que é de facto o que isto é.
Mas o mar, que me (nos) preocupa, traz-me à lembrança alguns dos desafios da Federação Empresarial da Economia do Mar, que é uma especie de mais do mesmo. Com a vantagem de ter o estudo do Sr. Prof. Hernani Lopes; vamos então aos desafios:
- conceber os portos marítimos nacionais como autênticas plataformas logísticas integradas em cadeias logísticas internacionais, maximizando o interface entre auto-estradas do mar, rodovia, ferrovia e aeroportos, fazendo com que os transportadores passem a utilizar Portugal como hub (ponto de entrada e saída para as mais diversas localizações internacionais);
Andamos há 40 anos a dizer o mesmo. Sines é o exemplo acabado da nossa incompetencia. E o porto retratado em cima, prova-o.
Mesmo com TODAS as infraestruturas montadas, não depende exclusivamente da vontade portuguesa a colocação das varias entidades por cá. Há um longo caminho a percorrer e não será NUNCA com estes actores.
• melhorar as condições técnicas dos portos nacionais: profundidade, condições de operação nos portos, serviço ao cliente e comunicação;
Idem para este item; Tem-se gasto centenas de milhões, ou até biliões, em obras para esquecer. Só para comissões e para tapar o olho vesgo.
Racionalizar os portos, embaratecer as operações , e torná-los competitivos a TODOS os níveis. Ninguém, mas ninguém compreende porque é que os portos lusos são dos mais caros da Europa. Senão os mais caros.....
- Refundação de uma marinha mercante adequada ao potencial marítimo português.
Muita coragem para escrever isto. Deve ter sido dificil, pois esta gente não entende que os navios devam ser de bandeira nacional, a competir com as outras bandeiras.
Quando havia dolares, ainda se falava na balança de pagamentos. Agora a musica é toca a encher a bolsa, tragédia em 3 actos, onde já vamos no segundo.
• Reduzir a fiscalidade e a burocracia associada às transacções portuárias;.
Pois, simples não é???
Já agora, dados sobre o porto de Marrocos:
"....The port will have an initial capacity of 3.5 million containers, and is expected to reach its full capacity of 8.5 million containers by 2015....."
Sines:
"...The aforementioned expansion plan is in progress, leading to the extension of the quay to 730 meters as early as 2010, and the installation of further super post-panamax gantry cranes, endowing it with a total capacity of 800,000 TEU per year...."