quarta-feira, junho 3

A PEGA - PARTE 2

A aproximação é lenta por natureza. A capacidade de manobra destes rebocadores, vai alem do imaginavel....
Aqui, a mestria de Mestre Camilo, coloca o reboque junto ao navio, mau grado os balanços desencontrados, a contrariar os nossos esforços

Antes de se passar a retenida - mensageira do enorme cabo e correntes, que vão servir para o reboque.

terça-feira, junho 2

A PEGA - PARTE 1

Alguns momentos ( breves) antes da emoção da dita pega; O Chefe Luís perscruta o horizonte à procura dos piratas dos Iémens e Correlativos.
A Capitoa Dulce, O Sr. João Augusto, O Sr. Jaime, e as Costas do Chefe Luís.
A tensão dos últimos momentos, bem visível
A preparação do guincho da popa

Aqui fizemos notar ao Jaime que o capacete tinha caído, e não fosse algum avião(??) cair-lhe em cima, era melhor colocá-lo de novo.

A prova que o sexo fraco afinal não o é!!! Nesta imagem, a Capitoa Dulce a agarrar nas 2100 toneladas do EE Enterprise, e a puxá - lo mais para o lado!!!!

O MV EE ENTERPRISE

Guardadinho para nós, Neptuno lá conservou o naviozinho umas milhas largas fora do sitio, mas conservou. Primeiro para Norte, o que causou perplexidade, e depois para Sul, de forma a colmatar o anteriormente (??) navegado.
E de facto a 27 de Maio, pelas 19 30 UTC, lá nos aproximamos " deles".
O estado do mar aqui estava ligeiramente melhor do que a Norte, mas mesmo assim, o balanço prometia complicar as coisas. Mas nada que Mestre Camilo não esperasse. E não resolvesse
Estas imagens , que aqui partilho, vão ficar na minha retina para sempre; Pela beleza e pela circunstancia especial de impotência, que o navios nos transmitiu, nesta situação particular. Este navio, resguardo de tantas e tantas tempestades, estava completamente à mercê dos elementos, indefeso. O mais leve estremecer do mar repercutia-se no navio.

segunda-feira, junho 1

DE VIAGEM E DE ROTA BATIDA

Por um destes acasos do destino, o navio teve de ir rebocar ( assistencia em viagem) um navio aos 32n e 13 w. De forma que lá vou eu. E eles, do rebocador.
Sempre mar de popa para o Sul, mas atravessado.
Entretanto no navio avariado esperava-se e desesperava-se por nós, com balanço que deverá ser bonito de imaginar. Claro que antes ali, nos 32 que lá pelos Nortes, mais de mar e de vento. De facto, por ali, só os alíseos, que se fazem sentir até Cabo Verde.
Os 32 onde fomos, ficam a 175 milhas das desertas, um pouco ao SE.
Cruzámos alguma navegação, com velocidades muito próximas do ZERO, o que quer dizer que aguardam ordens.

Estes navios são visitas frequentes nos portos da Europa. Lisboa, apesar de não estar na Europa dos Portos, também o recebe.

Também a chamada navegação de Recreio, que por vezes disso não tem nada, esteve bem presente.

As duas imagens ilustram as condições " bem musculadas" em que o barquinho(??) navegava, Mas deva para ver que tinha menos balanço que nosotros, que andavamos constantemente na bailação.

SVITZER LEIXÕES

Fotografia surripiada a João Fernandes, do blog SHIPS PHOTOS MAGAZINE. Aqui, o rebocador a navegar embandeirado, no rio Tejo, com Alcantara e a Ponte sobre Tejo , ao fundo. Nome - SVITZER LEIXÕES Número IMO - 8000848 Número Oficial - LX-33-RC Bandeira - Portugal Porto de Registo - Lisboa Sinal de Chamada - CSXW6 Ano de Construção - 1981 Construtor - Tille Scheepsbouw BV - Kootsterltille Arqueação Bruta - 255 t Comprimento fora a fora - 28,81 m Comprimento entre perpendiculares - 27,01 m Boca - 9,63 m Pontal - 3,65 m Calado - 4,68 m Máquina Principal - 2 x Motores Bolnes 8DNL 150/600 de 8 cilindros Potência - 2400 BHP Velocidade máxima - XX Força de Tracção - 40 t.m História - NV Reederij v/h Gebroeders Goedkoop "GRONINGEN" [1980-1987], Willem Muller Nederland BV "GRONINGEN" [1987-1990], NV reederij v/h Gebroeders Goedkoop [1990-1999], Phildeco "GRONINGEN" [1999-2000], Svitzer Amsterdam "GRONINGEN" [2000-2005], "SVITZER LEIXÕES" [2005- à data ]
Visto da popa, não nos diz muito, mas é um " pequeno heroi" no mar. Não deixa muitas opções quanto ao dormir e comer.... Sentimos a falta de pelo menos, mais um par de mãos.....
Vista do enoooorme encanamento de abastecimento de água ao monitor de Combate a Incendios. - E que faz aqueles bonecos engraçados, quando em festa....
A ponte, com o " funcionario" de atenção ao leme.- "Manipanço" , bolo rei, roda, consoante a forma que se tem na mão e o expressionário dos rapazes.
Neste caso o Sr. João Augusto, Marinheiro do Rio de há 4 décadas.

O verdadeiro menino do Rio....

sexta-feira, maio 22

O MAR VISTO .... DO MAR

Foi um mail de um amigo que as trouxe
Ondas de areia e de mar.
Parece que é um fulano, que ao fazer KITE SURF, vai fotografando o que se passa po baixo.
Em boa hora......
Mais flor que água

DEVE SER ASSIM

Aqui há atrasado, um dos navios Cacilheiros de Lisboa teve de vir dos fabricos de Aveiro, essa bela bela localidade, ali pr'ós lados de Ilhavo - a Grande.
Ora bem, nos seus 10 nózes rameiros, que às vezes são 11, ou talvez 9 porventura por intervenção de Neptuno, lá descemos nós essa vertiginosa ladeira, que da Barra do Porto de Aveiro que é de Ilhavo, nos traz a Lisboa, onde parece que que tudo e de tudo neste pais aparece.
Pois se bem me lembro, o Roca Control queria saber se o Navio fazia tenções de passar por fora da AAE da Berlenga ( em Português area a evitar da ....). Claro que o navio dizia que sim, mas aproava ao Carvoeiro. E continuava nos seus ronceiros 10 nós; O Roca Control insistia, e insistia, e perguntava se as cartas estavam actualizadas, e se enfim, o navio estava bem entregue....
Estava, claro. Não digo a quem, mas estava.
E o desaforo foi tal, que às tantas lá o navio guinou para fora, por forma a evitar a tal AAE da Berlenga. Mas a saga não acaba aqui. Claro! Depois de dobrado este cabo tormentoso, onde já se ouve a onda média dos states, há que aproar à Roca, e devagar, devagarinho, lá os homens foram, na vã esperança do desalinho do Roca Control. Mas vã era e foi a esperança. O troar do VHF acordou mesmo os mais cépticos, e houve que rumar novamente para fora, para as famigeradas "lanes" do EST da Roca. Onde, a partir do momento que se quer rumar a Lisboa, de acordo com a regra 10 do RIEAM, tem de se cruzar básicamente nas perpendiculares à direcção das lanes. Ou o mais próximo possivel.
Quer isto dizer, que se tem, como se pode ver na imagem, de cruzar as lanes dos navios que sobem e dos que descem, sempre nos vertiginosos 10 nózes ( ou 11, ou 9) da praxe.
Agora, como se disse há atrasado, o navio em questão é um(1) cacilheiro, dos que fazem aquelas aguarelas fabulosas do Rui Neves.
ESQUEMAS DE SEPARAÇÃO DE TRÁFEGO (EST).
" Onde eles existam, é obrigatório seguir sempre pela via apropriada, evitando navegar sobre a zona de separação. . Um navio com comprimento inferior a 20 metros ou um navio à vela não devem dificultar a passagem dos navios de propulsão mecânica que naveguem num corredor de tráfego.. Quando for imperioso o cruzamento de um corredor de tráfego, tal deve ser feito perpendicularmente a este.. Deve-se evitar fundear no interior de um EST ou próximo dos seus extremos.. A entrada ou saída de um corredor de tráfego deve ser feita pelos extremos ou com um ângulo tão pequeno quanto possível em relação à direcção geral do tráfego."

quinta-feira, maio 21

AS NOSSAS COSTAS

Foi definitivamente com o " crescer da navegação" e com o "crescer dos navios", devido ao aumento do comercio mundial, que levaria aliás a este sucesso de modelo económico que hoje conhecemos. Mas adiante, que hoje é de navios e de mares que falamos. Havemos de falar, um dia destes, do crescimento do território Nacional, embora seja um crescimento tapado por riba e muito molhado.Mas como eu dizia, o aumento das trocas comerciais e consequentemente, o aumento da navegação levaram a que os países ribeirinhos adoptassem , em conjunto, medidas para salvaguardar o seu património. Também terá ajudado os Amoco Cádiz ,Exxon Valdez, EriKa Prestige, e porventura outros mais pequenos mas maçadores, com toda a certeza. Eu pessoalmente ajudei, no canal de Kiel, e por mais que eu explicasse aos bundas potitzei que era óleo da cozinha, que tinha sido o cozinheiro que tinha
caído, ( pintei com mercúrio a perna do homem, para a encenação) e que era só um garrafão da cozinha....... Nada!
Moita carrasco .
Mas enfim.
Bom, nós por cá, também fizemos das nossas, e a Portaria 1366/2006 de Dezembro, é o culminar, penso eu, deste processo de primeiro criar e depois afastar os denominados esquemas de separação de tráfego. A titulo de exemplo, o E.S.T ( esquema de separação de tráfego) da Roca, que em 1968 estava a 5 milha da costa, em 79 passou para 9 milhas, e em 2005 distanciou-se para as 14 milhas, estando hoje próximo dos Açores. Talvez o caso mais bicudo tenha sido o cabo de S. Vicente que em 68 esteve somente a 1 milha da Costa.
Também houve um tira e põe, lá para os lados da Berlenga, colocando um EST em 92 e retirando-o em 2005. Ficou melhor assim, que se anda N/S desde Finisterra até S. Vicente. Ou ao contrario. E os gajos da Roca já não fazem tantas contas.... Entretanto, a repressão também foi objecto de trabalho especifico. O D. L 198/2006 explica timtim por timtim, como e o que é que se paga e para onde vai o guito. Isto para além de consolidar o atrás descrito. No fundo , acaba com o já acabado EST das Berlengas e cria a AAE - Área a Evitar da Berlenga, que é uma xatice para os cacilheiros irem a reparo para o norte ( ou virem de lá). A todos os COSTAS deste país.

terça-feira, maio 12

FORÇA 12

O veleiro FLEUR, um bonito ISLAND PACKET- suponho - de 40 pés ,atreveu-se com os seus 3 tripulantes a tentar intrometer-se no Oceano Artico, através da Gronelândia e do Estreito de Davis, bem nosso conhecido ( pelos antigos marinheiros da pesca do bacalhau ) .
Tratava-se de uma iniciativa inglesa, que pretendia demonstrar que se conseguia navegar aos locais mais remotos, com um minimo de impacto ambiental.
Foram salvos em pleno Norte Atlantico, depois de uma tempestade de força 12, com 3 cambalhotas à mistura, vagas monstruosas, e muitos sustos. Ironico, o facto de o Centro Coordenador de FALMOUTH, ter enviado como ajuda, um navio tanque carregdo com 113.000 tons, de petroleo, a quem mandou alterar o seu rumo por forma a prestar o tão desejado auxilio.

O BARBEIRO

Chegadinha pelo WEB MAIL hoje mesmo, esta preciosidade.
Eu, estou por aqui. E se não estiver, estou ali ao lado.
Globalização???!!!

segunda-feira, maio 11

DA PESCA - O QUE SE SABE

É o dia do " ILHAVENSE". Chegou hoje mais um jornal " lá da terra". Só os expatriados sabem a que me refiro. Não são as saudades a carregar, que essas matam-se bem. É mais! Bom, mas o meu proposito hoje não é falar " lá da terra", mas antes comentar um facto que me deixou - ainda estou - de boca à banda! Então não é que, portugueses de gema, naturais da terra que porventura mais pescadores deu ao mundo ( bela tirada!!!!), para ilustrarem a pesca têm de recorrer a fotografias estrangeiras??!! No caso pescadores noruegueses, creio.... É este parte do resultado das politicas dos varios (des)governos que nos têm calhado.... Hoje recorre-se aos noruegueses para falar de pesca; Amanhã, recorreremos com certeza aos espanhóis para falar da agricultura, aos gregos para falar industrialização, e sei lá, recorreremos ao foro interno para ilustrar o desemprego e a subsidiziação.... ( é assim que se diz??).

sábado, maio 9

ALCANTARA

Talvez a locomotiva passe a museu. Talvez; E ficava bem na fotografia
.
E o que se pretende........
:-)
O que era ontem um facto, é hoje um desmentido. Ainda não totalmente assumido, claro. Que nós por cá somos os reis das zonas cinzentas..... Pais de inconclusões. Em Alcantara, no principio era o Rio, e parece que vai ser no final. Afinal as grandes obras, de acordo com a teoria da conspiração, eram tão sómente os milhões largos da APL, a que se queria deitar a mão sem concursos.... Brilhante.
Ainda bem; Parece que o que era para demolir, são hoje edificios classificados. Parece que o tão importante projecto, passa para terminal de paquetes. AINDA BEM, que Lisboa agradece
E provavelmente Sines vai cumprir o seu destino.

THE ICE PRINCE

O mau tempo, terá feito das suas.

Ainda é visivel o que restou da carga do convés.

Os ingleses apanharam muitos caixotes. E naõ só

Em tempos mostrei aqui parte da carga do navio, que se perdeu próximo da costa na U.K. ( costa SW).

Hoje passei pela BBC ( site, não o que lhe veio à cabeça, até pelo atrasado da hora) e dei de caras com estas fotografias que relatam parte do final do navio grego.

sexta-feira, maio 1

Lembram-se do vídeo do youtube, onde havia um choque de um navio com uma ponte??

Pois aqui está mais uma “achega” para a historia: o relato viva voz, se é que se pode dizer….

Não traduzi,  para não se perder o cheiro…..

“……

When the vessel was approximately halfway under the bridge, the third officer observed that the bridge signal lights were solid red and the lift span was descending. At 2053, the master sounded a few blasts on the ship’s whistle. The master, without identifying himself or the bridge in question, called the TCC on VHF channel 14 about the lowering of the bridge. The master quickly stopped the engines and ordered an evacuation of the wheelhouse. The master and third officer left the wheelhouse by the starboard navigation bridge wing. As they proceeded down the external bridge access ladder, the span of the bridge struck the vessel in way of the wheelhouse front windows, subsequently destroying the vessel’s wheelhouse and funnel.

The wheelsman remained at his station in the wheelhouse and lay down on the deck as the bridge span passed overhead. He freed himself from the debris and descended by the deckhouse stairwell .ALIVEali

……”ve

 

PIRATAS DE HOJE

 

Momento em que uma mala “ carregadinha de dinheiro” é atirada, de pára-quedas, de um pequeno avião , no convés do navio  “ Sirius Star” apresado cerca de 7 semanas, pelos piratas na Somália.

Calcula-se em 3 milhões de US$ , o valor pago.

Esta é uma das razões da existência de piratas.

As outras são o dinheiro, depois o dinheiro e em terceiro lugar o dinheiro.