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sexta-feira, julho 24

RENATE SCHULTE E O MARTI PRINCESS

Nos finais de Junho, ali prós lados da Turquia e dos Dardanelos, 2 navios tiveram o que de pior há. Um encontro, sem consequencias gravosas para a tripulação ou para o ambiente. As imagens contam a historia. Apesar das melhorias introduzidas, o factor humano, sempre presente, acaba por ditar as leis. A fadiga acumulada, os quartos solitários, e até problemas de saúde, poderão estar na causa de muitos incidentes e acidentes. A composição das tripulações também não deverão ser estranhas a este caldinho. Mas enfim, mais um acidente que poderia ter consequências imprevisíveis, não foi evitado. Portugal, felizmente, está muito próximo da excelência, neste campo. Dentro de muito pouco tempo, não teremos navios nem marinheiros para nos darem este tipo de preocupações. Mas ainda em relação a este acidente, os navoios em questão são o RENATE SCHULTE, Imo Nº 9057147, 14. 619 Tons Gross, construído em em 1994, baandeira alemã. Estado ribeirinho, de tradição marítima. E o Marti Princess, Bandeira de Malta, construido em 2008 e 6,019 Gross Tons. Chocaram cerca das 22 00 horas a cerda de 12 milhas da costa. O Marti Princess, com uma carga de 8.000 tons de cimento, meteu alguma água ( depois do acidente), mas parece que além de devidamente cimentado, não houve nada mais a lamentar. 4 dias depois, 1 de Julho, os navios foram separados e levados a recato.

quinta-feira, maio 21

AS NOSSAS COSTAS

Foi definitivamente com o " crescer da navegação" e com o "crescer dos navios", devido ao aumento do comercio mundial, que levaria aliás a este sucesso de modelo económico que hoje conhecemos. Mas adiante, que hoje é de navios e de mares que falamos. Havemos de falar, um dia destes, do crescimento do território Nacional, embora seja um crescimento tapado por riba e muito molhado.Mas como eu dizia, o aumento das trocas comerciais e consequentemente, o aumento da navegação levaram a que os países ribeirinhos adoptassem , em conjunto, medidas para salvaguardar o seu património. Também terá ajudado os Amoco Cádiz ,Exxon Valdez, EriKa Prestige, e porventura outros mais pequenos mas maçadores, com toda a certeza. Eu pessoalmente ajudei, no canal de Kiel, e por mais que eu explicasse aos bundas potitzei que era óleo da cozinha, que tinha sido o cozinheiro que tinha
caído, ( pintei com mercúrio a perna do homem, para a encenação) e que era só um garrafão da cozinha....... Nada!
Moita carrasco .
Mas enfim.
Bom, nós por cá, também fizemos das nossas, e a Portaria 1366/2006 de Dezembro, é o culminar, penso eu, deste processo de primeiro criar e depois afastar os denominados esquemas de separação de tráfego. A titulo de exemplo, o E.S.T ( esquema de separação de tráfego) da Roca, que em 1968 estava a 5 milha da costa, em 79 passou para 9 milhas, e em 2005 distanciou-se para as 14 milhas, estando hoje próximo dos Açores. Talvez o caso mais bicudo tenha sido o cabo de S. Vicente que em 68 esteve somente a 1 milha da Costa.
Também houve um tira e põe, lá para os lados da Berlenga, colocando um EST em 92 e retirando-o em 2005. Ficou melhor assim, que se anda N/S desde Finisterra até S. Vicente. Ou ao contrario. E os gajos da Roca já não fazem tantas contas.... Entretanto, a repressão também foi objecto de trabalho especifico. O D. L 198/2006 explica timtim por timtim, como e o que é que se paga e para onde vai o guito. Isto para além de consolidar o atrás descrito. No fundo , acaba com o já acabado EST das Berlengas e cria a AAE - Área a Evitar da Berlenga, que é uma xatice para os cacilheiros irem a reparo para o norte ( ou virem de lá). A todos os COSTAS deste país.

sexta-feira, julho 11

OS VENTOS

Em Ilhavo, A GRANDE, OS BENTOS.
Havia o das farturas, onde jogavamos aos marrecos, com as moedas de escudo que conseguiamos caçar aos parentes, e o outro, que secava a roupa , a corar desde manhã.
Era uma imagem ENORME, ver a roupa dos bacalhoeiros a secar - corar , ao longo dos ribeiros da Vila. Numa ocasião dessas, caí a um poço, nas bessadas.
Hoje tratamos dos outros, que são os Levantes e Vendavais, se do estreito de gibraltar, Mistral Tramontana e Bora, Europeus de gema, ou Leveche, Chilli ou Ghiblis, se Africanos do norte.
Também temos os nossos TRADE WINDS, as Nortadas, xatas cumó caraças....
A rosa dos Ventos, cá em cima, que todos tão bem conhecemos, aqui já com quartas, e que nos dizem de onde vem o vento.
Os boletins meteo referem-se a este sistema, agora mais em graus ( 0 a 360) que a quartas, e que seria Norte, Norte quarta a Nordeste, Nor-Nordeste, Nordeste quarta a Norte, Nordeste etc, etc, até fazer o pião.
Também assim se governavam os navios. No tempo das magnéticas , claro.

quarta-feira, junho 4

LEME DE VENTO

Apesar dos avanços que vamos tendo, no capitulo dos pilotos automáticos, todos os sistemas têm a ver com energia, ou no caso dos veleiros, a falta dela. Os pilotos hidráulicos ou eléctricos, possantes , " comem" sempre uns 7 amp/hora, facilmente, tornando impraticável a um pequeno veleiro, os devaneios prolongados no mar. Pelo menos sem o homem do leme, sempre atento e molhado, e olhar resignado, àquela "chatice". Estes pilotos de vento ou lemes de vento, são aparelhos simples e ao mesmo tempo fascinantes. Até o seu principio não é fácil de apreender, até ao dia...Estes bonecos permitem fazer um piloto em casa, para experimentar no barco. Quem quer arriscar?? Na net há toda a informação necessária.