domingo, janeiro 31

LISBOA - SEIXAL

Defunto com rebocador à cabeceira..... A caminho do estaleiro " VENAMAR" no SEIXAL.

A PESCA DE CANEIRO

Já é desporto nacional, este tipo de pesca... Funciona assim. O pescador tem de estar com muita atenção, e só lançar a linha quando pressentir uma descarga de autoclismo. Quanto maior for a descarga, mais hipótese terá de haver peixe nas redondezas..... Sorte de m**da.....

quinta-feira, janeiro 28

PORTO BRANDÃO

O rio deve estar muito cheio. Provavelmente fruto do "Global Warming". Agora lembraram-se de andar a esburacar o leito do rio, carago. Ainda vai o rio Tejo por aí. Vamos a ver.... ficamos com uma estrada até Madrid....
Lá se vai a minha ideia de ter uma casa na praia.....

MV BARILOCHE

Logo pela manhã, mas muito de manhã foi o bom e o bonito, acordar esta malta.
É tudo em grande. Pareciamos uma baleeira deles; Para chegar ao convés deles, só a nossa ponte. De aflitos. DADOS DO NAVIO.

terça-feira, janeiro 26

“…..Por esse tempo os moradores de Lisboa e do arrabalde não passavam de cincoenta mil, o que está de sobejo em relação com o milhão e cem de todo o reino .

Fora mister para a total evocação do velho burgo reviver com esses antigos moradores os passados costumes ; repopular-lhe as abas das colinas, da Alcáçova à Ribeira, de cavaleiros, mesteirais, frades e matalotes; restituir aos primitivos íncolas a Mouraria e as Judarias; e variegar depois a multidão nativa com a mescla desultória de italianos, flamengos, franceses e alemães. Os hábitos e condições de vida davam à cidade uma fisionomia muito própria e totalmente diversa, não só da Lisboa de hoje, mas também àquela data das demais cidades da Europa

Era a Lisboa ardente e sequiosa, de escassos chafarizes, à beira dos quais o povo e os escravos brigavam pela vez; dos açacais com seu asno e os quatro cântaros engradados, apregoando a água pelas calçadas íngremes; e das mocinhas negras, quási nuas, que a transportavam e serviam com as airosas quartas. Era a Lisboa honrada e mesteirosa dos esteres esquecidos, — atafoneiros, regatões, gibeteiros,espareveleiros e desses escrivães do Pelourinho Velho, que, abancados às mesas, redigiam, ao sabor dos freguezes, cartas de amor, requerimentos, versos, discursos, epitáfios, — (ccoisa que em parte alguma das cidades da Europa eu vi jamais» — , diria o viajado Damião de Gois . Era a Lisboa pohcroma dos faustosos mercadores de toda a Europa, entre os quais predominavam os elegantes florentinos, reluzente das armas cavaleiras e negrejante de hábitos monásticos; e ainda a Lisboa dos moiros,.

— alvaneis, azulejadores e ceramistas, que nas tardes de festa bailava e ondulava aljubas alvas, ao som dos alaúdes e pandeiros. O marítimo burgo falazava desvairadas línguas. A veniaga cosmopolita disputava os produtos dos descobrimentos, dentre os quais àquela época avultavam o oiro da Mina e o assucar da ilha…”. ….”

A expedição de Pedro Alvares Cabral e a descoberta do Brasil , de Jaime Cortesão

segunda-feira, janeiro 25

A PESCA

Entretanto, teimosamente a nossa marinha de pesca lá vai singrando, a justificar pelo menos, a Secretaria de Estado.

SALDANHA

Foi-se embora. foram 225 metros a passar. Quando carregado são 14 metros de calado. Impressiona.
Não sei o que trouxe. Sei que não levou nada. A não ser a água do rio.
Este navio tem a particularidade de ter estado aprisionado pelos piratas somalis. Pagou 1,9 milhões de US dollares para se safar.

LISBOA

Lisboa a acordar. Note-se o céu ainda abixanado. Está mau, isto!!!!

ALMADA RIBEIRINHA

No final da pequena marginal de Cacilhas, Ginjal, que começa com a cervejaria " Farol" e acaba neste elevador, residem uns amontoados que se transformam rapidamente em lixo. São casas e armazens, provavelmente com pouco ou nenhum interesse historico. Pelo que sei, o plano de pormenor para a area, não contempla esta área, apesar de lhe ser limitrofe.
O céu, esta madrugada estava assim a modos que abixanado. Será da época???

domingo, janeiro 24

PORT ARTHUR, TEXAS

Do Sr. Comandante Armando Saturnino Monteiro, transcrevo:
" É frequente ouvir-se dizer que Portugal é " um país de marinheiros". Quer-nos parecer que para que um país possa merecer tal epíteto serão necessárias, pelo menos, duas coisas:A primeira, é que uma parte apreciável da sua população se dedique às actividades marítimas: pescas, comercio marítimo,construção naval,etc...; a segunda , é que a sua população, em geral, manifeste um marcado interesse pelas coisas do Mar.É o que se passa por exemplo com a Inglaterra,a Holanda, a Noruega, a Grécia e o Japão."
Acrescento eu: Após o Estado Novo, nenhuma das condições prevaleceu, e nas palavras do mesmo Oficial da Armada: -"....somente durante o período que abrange os reinados de D.Dinis, D. Afonso IV e D. Pedro I, aliás um dos mais conseguidos de toda a nossa História. Daí para diante, embora Portugal tenha sido alfobre de uma plêiade de marinheiros hábeis e destemidos, que deram novos mundos ao mundo, parece-nos que os Portugueses, colectivamente, poderão ser melhor caracterizados como um " país de emigrantes" do que como um " país de marinheiros".
Serve este extenso intróito, para dizer que NADA me move contra outras nações além da tristeza de ver tanto capital perdido. Humano, entenda-se.
Este navio tanque, pelo que não sei, terá oficiais Russos e equipagem algures da Malásia ou da Indonésia. Tudo gente barata. Mal formada. Pouco vocacionada para os mares. Tudo gente boa, seguramente, mas pouco dados a estes ares.
Vejo-os diariamente a não saber fazer, a fazer mal ou a fazer pouco ; algumas das vezes, com arrogância.
Mas a economia é assim. Acabam-se com as tradições marítimas nos países que as têm. E fazem-se novas em novos países. Creio que ainda a procissão vai no adro, e muito teremos pela frente.

sábado, janeiro 23

23 DE JANEIRO E A TRAFARIA

Quase se pode dizer que 23 de Janeiros há muitos. Mal contados, práí uns 2010,dizemos nós. Há quem tenha outras contas, mas para o que interessa, este numero satisfaz.

Pina Manique, personagem incontornável na nossa História a meias com o Marquês de Pombal, e com toda a certeza danadinhos com alguma caganeira ( vulgo gastroenterite) que apanharam fruto dos mexilhões e amêijoas da Trafaria, mandam botar fogo e queimar a toda a aldeia então lá existente bem como a todos os mancebos que lá se refugiavam. Acredita-se que fugiam à tropa e à guerra, que naquele longínquo 1777 se adivinhava. Mas o que conta para hoje, é carta que o Sr. Corregedor da Justiça de Santarém ( o tal Pina) escreve ao seu Mor, o do Reino, e que transcrevo aqui, como a li:

Ilustríssimo e Reverendíssimo Senhor Duque de Cadaval:

“Se o meu nascimento, embora humilde, mas tão dígno e

honrado como o da mais alta nobreza, me coloca em

circunstância de V. Excia. me tratar por TU,

- Caguei para mim que nada valho “.

“Se o alto cargo que exerço, de Corregedor da Justiça

em Santarém, permite a V. Excia., Corregedor Mor da

Justiça do Reino, tratar-me acintosamente por TU,

- Caguei para o cargo”.

“Mas se nem uma nem outra cousa consente semelhante

linguagem, peço a V.Excia. que me informe com brevidade

acerca dessas particularidades, pois quero saber ao certo se

- devo ou não Cagar para V.Excia.

Pina Manique

Corregedor da Justiça de Santarém

Santarém, 22 de Outubro de 1795

Agora digam-me lá, salvaguardando as distâncias, se não haverá por cá uns paspalhões e não são “ MOR” a precisar de uma cartinha??? Além da mala aviada, diga-se.

Bom Sábado

sexta-feira, janeiro 22

EBORENSE

Estes ferrys transformaram-se em carregadores de humanos. Pachorrentos mas muitissimo bonitos. A paisagem do rio deve muito a estes navios. Dados do EBORENSE

PITRÓLIO

A pesquisa do pitrólio continua, agora com recurso a nóveis tecnologias, que se podem ver na imagem: Tractores maritimos , que substituem as juntas de bois, também maritimas.
Já marinizado é o EOLO que bravamente singra nas águas do pavoroso MAR DA PALHA, o imfame Straw Sea, da mitologia anglo saxónica.

BARREIRO

Fui acordar o Barreiro. Eram 8 da manhã, o que, de acordo com as nossas luminárias é mais que dia claro. De facto, graças à estupefedência de quem nos (??) dirige, hoje podemos afirmar que estar 3 quartos de hora adiantados, É MUITO MELHOR que 15 minutos de atraso, em relação ao horario solar, cá no burgo. O sol faz o seu meio dia às 12 45 horas UTC.

quinta-feira, janeiro 21

RIO EM JANEIRO

Não sei o que andam a fazer. Mas são cabos, meus senhores, são cabos....Fibra óptica, ao que parece. Construído em 1997, e com 19 354 GRT. Transporta contentores 1 130
TEUS. Dados Parecia grande
E era MUIIIITO grande,
A areia, provavelmente para Inglaterra, que a deixaram esgotar..... Já levei muita para . Mas de Espanha. Questões de língua, penso.
Areia à pazada
Há zonas a ficar muito sujas, com " restos " de navios e de plataformas, meio a boiar meio a desboiar. A ocupar espaço certamente.
E as descargas cá no burgo repetem-se, Vêm atafulhadinhos de todas as porras que se possam imaginar. Este parece um pouco abicado, mas deve ser da vista.
Não sei de onde é esta água, mas não será nossa. Por cá temos com toda a certeza, água do Mississipi, do Amazonas, etc.... E vice versa, que os navios vão daqui todos em astro, com água do Alviela / Tejo O rio talqualzinho se apresentou .

quarta-feira, janeiro 20

LISBOA 20 DE JANEIRO DE 2010 PRIMEIRAS HORAS

A cidade acorda sempre primeiro. Agora nota-se muito a falta de luz. Até o Cristo Rei padece da falta da dita. E Lisboa está definitivamente mais triste.
O rio vai ganhando vida, com as gentes que o vão povoando. E de manhã é um fluxo constante do Sul para cima. Muitos milhares.

A ARTE NOVA DE PESCAR - XÁVEGA

Importada , ao que parece do Mediterrâneo, como afinal foi praticamente todo o nosso marear, este tipo de pesca, chegou a conhecer toda a costa de Portugal, até aos Algarves; Que já não sendo Portugal, anda lá perto.
Terão sido , ao que parece, os nossos vizinhos do Norte, -os GALEGOS - que nas suas viagens de veraneio até à Costa Nova, trouxeram esta técnica formidável de pesca: Meio da terra e meio no mar, permitindo a todos os gostos participar na aventura. As embarcações, foram desenvolvidas de acordo com as condições, e as proas altaneiras atestam da qualidade da vaga e da força da rebentação. As COMPANHAS, que eram de facto o conjunto do pessoal de mar e do pessoal de terra, como administrativos, seguranças, etc, etc., eram compostas por cerca de 15 ou 16 pessoas, dos quais 8 eram de mar. Embarcações de 4 remos, ficavam muitas vezes como que " em pé" , tão forte era o impacto da vaga aquando da saída da rebentação, criando sérias dificuldades ao pessoal .
É de crer pois, que terá sido em Ilhavo, e talvez Aveiro, que esta técnica de pesca ganhou forma lusa. Se foi o fecho da barra de Ilhavo que deu o impulso, ainda não sei, mas talvez não tenha sido totalmente estranho.
Estas imagens foram retiradas de PP que andou por aí, e que me foi enviado pelo Amadeu, antigo pescador do bacalhau, que tem este record, que seria trágico, não fosse ele estar ainda no meio de nós: 3 naufragios nas primeiras 4 campanhas. Abraços amadeu

domingo, janeiro 17

DOMINGO DE PESCA

Ao domingo catam-se as redes e coçam-se os tomates. Os que têm horta. Os outros, limpam as redes .

RIBEIRADILHAS

Do mar vem lixo, com a ondulação forte. De terra vem lixo, com a aguagem dos rios. Resultado : - Estamos LIXADOS, que a boa vontade dos populares não chega.

BARQUENTINE

Navio que enverga pano redondo no mastro de Traquete, e latinos nos restantes mastros. Neste caso, lugre patacho de tres mastros, latinos no Grande e no de Mezena.
Não sei o nome, mas reparei no arvoredo quando atracamos ao EE ENTERPRISE, mais um novel navio carregado de tovarixes, e que eu já conhecia do mar alto, sul de Marrocos, e também de o trazer à corda.