No meu último " Grande Almoço", - que ao invés do que estão a pensar, é um almoço normal, só que maior - apalavrei um porco, ou melhor, a metade do dito, seguro que, após a limpeza dos vapores etílicos, do porco não restasse nem a memória. Quase que era uma historia com final feliz, para o porco ( e para mim), não fora a mimória de ólifante do meu amigo; o porco, coitado, que foi quem ficou pior, portou-se à altura; condigamente, reluziu em rojões, bifes, heinzbeins , pingo e costeletas. Para além de alguns outros artefactos que não sei bem para o que vão servir.
Abreviando, que o tempo urje, depois de alguns trabalhos de corta e congela, corta e mais corta, embala, congela, consegui que a Dª Maria me fizesse uns rojões à Ilhavo.Rojões à lavrador com sabor a mar. O meu querido amigo MFS está já a afirmar tratar-se dos rojões maritimos, tão em voga no sec. XIV. Enfim, passemos.
O tacho, gamela, ou lá o que chamam a este instrumento, encheu-se de carne, rosada, e de muita gordura.
Chama forte em baixo ( indispensável) e sobretudo muita coragem para estar de pé as próximas três horas a mexer a rojoada- também essencial.E claro, a mão para mexer, sem desfazer, muito à moda do martini do James Bond.
É medida a consistência do pingo, ( será daqui o nome??) ajustada a lenha, que o calor é medido a rigor,mexe aqui e ali,
e o milagre acontece.
Já estão mergulhados e bem, em banha, para se conservarem nos proximos 3 ou 4 dias. Depois se verá.
A haver remorsos pelo herói desta historia ( serie B) , já se foram; foram com a chegada dos rojões, que acabei de comer um. Sabores de infancia, se sabem o que é: uma viagem.