sexta-feira, dezembro 8

AFUNDAMENTO

Sequencia do afundamento do navio HOLMBANK, que, após embater numa rocha, partiu-se em 2 e afundou-se , sem perda de vidas . Era
um navio pequeno, com 515 GRT. e apesar disso partiu-se em dois! Pouco usual.

quinta-feira, dezembro 7

AINDA MAIS, AINDA MAIOR

Alguns numeros:
Comprimento : 397 metros ( creio)
Boca : 62 (!) m
Calado max : 16 (!!!) metros - APL a dragar a toda a força, para o meter em Alcantara.
Teus : 15.000 - quer dizer 15 mil contentores!!!!!!!
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Este Navio faz parte de um contingente restrito que deveria demandar o porto de Sines, imaginado e construído pela PSA ( porto de Singapura), em parceria com o estado português, que cronstruiria as acessibilidades ; O resultado está à vista. As acessibilidades é que não. E o tal navio não põe cá os pés, com os resultados desastrosos que imaginamos; O que ainda safa, é o facto de se ser um PAÍS de serviços, e portanto está tudo bem; Nunca fomos tão pobres; Nunca fomos tão imbecis!

ONDE PARAM OS OUTROS ?

É sempre a chover no molhado, mas que os acidentes acontecem com uma frequancia assustadora...
O registo da LLoyd's sopbre os contentores desaparecidos ou perdidos no mar devido a acidente , mau tempo incluído, é pornografico; Não digo mais!

segunda-feira, dezembro 4

CONGRESSO DA ENGUIA - AVEIRO 2006

Para o ano há mais
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SALVAMENTO NO MAR

Muito mau tempo, muito vento; A barcoleta só com o panito de tempo ( não é a genoa enrolada) faz o seu rumo com muita dificuldade. Se é que de todo o faz..... Mas acabou bem; Foram salvos os 3 tripulantes.
Força 10 , não ??

sexta-feira, novembro 24

A V E I R O

Decorreu com muito luxo a recepção aos Amigos de Lisboa aqui em Aveiro. Por força da meteorologia fomos obrigados a cancelar o passeio de moliceiro até ao Bico da Murtosa e cancelamos também a visita ao Museu Marítimo de Ílhavo, na verdade todos nós já lá tínhamos estado. Não nos desobrigamos, no entanto, da feijoada de Samos, preparada com esmero e carinho pelo Ricardo Madeirense, que estava de estalo. A Associação Náutica da Torreira trouxe até nós o Porto de Honra que tinha preparado para a recepção da Torreira, tendo todos nós degustado um tawny ruby com um tudo cheio de anos que estava simplesmente delicioso. A Confraria de São Gonçalo abrilhantou o jantar com um numero de variedades em que reproduziu o seu vasto e portentoso reportório, nomeadamente a canção com que concorreu ao Festival de Cuernavaca na América Latrina, a famosíssima "Qué vá qué vá, qué vá", tendo também actuado, directamente vindo do Circo Chen Monteiro o vidente, mágico e ilusionista emérito Luís Christo, que encantou a assistência com as suas ilusões, truques e dixotes, tendo mesmo declamado Luís Regala. Aliás, após o espectáculo, o vidente recebeu de imediato um convite da TV Globo para animar o próximo Carnaval do Rio de Janeiro, sendo coadjuvado pelo Comandante Licas, deslocando-se este ao Rio para liderar a organização do Carnaval, facto que muito nos enche de orgulho e impância. Decorreu deste modo este jantar, tendo ainda sido distribuídas t shirts alusivas à visita dos nossos amigos, que a organização entendeu por bem mandar imprimir. No fim do jantar o nosso presidente agradeceu a presença dos convidados, dirigindo-se em particular aos representantes da Associação Náutica da Torreira e à Drª Ana Maria Lopes, que nos honraram com as suas presenças. Ahhh, um piqueno pormenor, os nossos Amigos de Lisboa não vieram.

MAU TEMPO NA COSTA DE CASCAIS

S. João às oito e meia; Com a maré , logo, vai dar que falar. Atenção Reparem nas proas do barco fundeado. Com o W e SW ficar aqui parado é obra; Máquina de atenção e a manter temperaturas. Vou para baixo!

terça-feira, novembro 21

terça-feira, novembro 14

COMO NOS VÊEM

Creio que é assim que os Santos que protegem os navegadores nos vêem; Parecidos com modelos telecomandados, de um tamanho ridiculo. Devem ter alguma dificuldade em identificar ( quem é quem) , mas com os milhares de anos de treino, deve ser canja.

CONSTRUÇÃO NAVAL

Esta bonita escuna, construida em Portugal, também trabalhou na pesca do bacalhau; Era a industria emergente, na altura. Agora o desafio: - Quem identifica o local onde está montado o estaleiro???

sexta-feira, novembro 10

A PESCA NA GRONELANDIA 5

E a campanha prolonga-se até ao dia seis de Setembro, sempre com os mesmos perigos, os mesmos trabalhos, as mesmas saudades. Todavia, no dia seguinte, quando todas as panas estão atulhadas e no porão não cabe mais nada, quando já não há outro sitio onde salgar bacalhau, quando o convés está debaixo de água e o navio não tem posse para mais carga, o Capitão, depois de tudo bem acautelado – as escotilhas devidamente cobertas e pregadas e os botes piados com segurança – manda içar, bem a tope, no mastro da mezena, a bandeira nacional e escreve no «Diário de Bordo»: «Aos sete dias do mês de Setembro de mil novecentos e trinta e um, estando o lugre português «Santa Joana» ancorada no banco Lille Hellefisk, por ter completado o seu carregamento de bacalhau, foi dada por finda a campanha de pesca». Pelas seis horas o Capitão mandou virar a amarra, para seguir viagem para Portugal, com destino a Aveiro. Pelas sete horas fizemo-nos de vela, com todo o pano largo, ao rumo SE41/2S. «Deus nos leve a salvamento». Quando, nos princípios de Outubro, os quatro lugres, que pescaram nos bancos da Gronelândia, chegaram a Portugal e demandaram os seus portos de armamento, ouve grande alvoroço e muito regozijo entre as classes ligadas ás actividades piscatórias. É que, de todos os veleiros que, nesse ano de 1931, foram à pesca do bacalhau, apenas aqueles quatro conseguiram carregamentos completos
Em face destes resultados tão auspiciosos, imediatamente os restantes armadores resolveram mandar preparar os seus navios, para que a próxima campanha fosse exercida nos mares da Gronelândia. Daí em diante, os carregamentos foram sempre mais ou menos compensadores, o que fez com que esta industria – agora também orientada e grandemente auxiliada pelo Grémio dos Armadores – se tornasse maior, mais rica e mas progressiva. É bom pois, que não sejam esquecidos aqueles quatro arrojados Capitães e suas destemidas tripulações, bem como os armadores dos referidos navios, particularmente o gerente da empresa de pesca de Aveiro, senhor Egas da Silva Salgueiro que, com a sua grande visão e iniciativa, muito contribuiu para o incremento e prosperidade da Industria Bacalhoeira.

quinta-feira, novembro 9

A PESCA NA GRONELANDIA 4

Durante este período, a tripulação admirou-se bastante, não apenas com o facto de ser sempre de dia, chegando mesmo a ver-se Sol à meia noite, nos fins de Julho, mas também com os lindíssimos e variados aspectos que lhe oferecia a enorme quantidade de gelo, que, em grandes blocos, se estendia junto à costa e ainda com a extraordinária porção de aves marinhas – cagarras, painhos e pombaletes – cujos enormes bandos, ora pareciam nuvens no céu, ora cobriam o mar, onde se deixavam apanhar com facilidade. Também lhe causou certo espanto o extraordinário número de barcos a motor – palhabotes de dois e três mastros – pertencentes a países nórdicos e ainda os muitos e grandes veleiros franceses – lugres e patachos – pescando ao troley, que sulcavam aqueles mares, tão calmos, frios e brilhantes. O Capitão dum desses «Trolers» deu a informação de que não havia ventos contra a praia, pois que os rumos predominantes eram o sudoeste e o nordeste. Nestas circunstâncias, pôde o «Santa Joana» aproximar-se da costa, que era muito feia, alta e escarpada, e pescar aí grandes quantidades de bacalhau. Foi nesta altura que muitos esquimós, ainda jovens, e vestidos com os seus trajes muito característicos, visitaram o navio, trocando peles de foca, de arminho, de urso e de raposa branca por café, chá e aguardente. Estes jovens – rapazes e raparigas – que, com muita arte e ligeireza, se dedicavam também à faina da pesca, eram tripulantes dumas pequenas lanchas que, todos os dias, saiam dos estreitos e perigosos portos da Gronelândia. Apesar de tudo, no dia 5 de Agosto, como o peixe começasse a escassear, resolveu o Capitão procurar outro pesqueiro, mais ao norte, onde, em menos tempo, pudesse completar o carregamento. «Aos seis dias do mês de Agosto de mil novecentos e trinta e um, pelas seis horas, começamos a suspender a amarra e, pelas sete horas, fizemo-nos à vela, com todo o pano largo, ao rumo NNE com vento SW e tempo de chuva e nevoeiro. No dia sete pelas três horas, ancorou o navio no banco «Lille Hellefisk» na seguinte posição: lat. 65.00 N e long. 53.30 W». Arriados os dóris, em pouco tempo estes regressaram ao lugre, completamente carregados e, num abrir e fechar de olhos, todo o convés ficou inundado de peixe. Sob o vigilante e atento olhar do capitão, começa, imediatamente, o árduo e exaustivo trabalho da escada e da salga, que se prolonga por muitas horas. O esforço que os homens despendem não tem limites, mas a disposição é boa, porque compreendem que uma nova era de prosperidade se vai abrir para a arrojada e, até ali, tão desprotegida classe dos pescadores bacalhoeiros.