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quinta-feira, janeiro 14

BARRA DE LISBOA - 1673

A barra tal como hoje se apresenta.
Carta de Luis Pimentel, datada de 1673.
Observa-se perfeitamente a extensão do areal.

sexta-feira, abril 10

DAS BOAS MEDIDAS DA NAVEGAÇÃO.

No Séc. XVI, andávamos por esse mundo fora, muitas das vezes sem saber bem para onde íamos, e igualmente sem saber o que encontraríamos. E a Madre Igreja, de Roma, comandava os medos de todos. Era o fim do mundo, logo ali ao dobrar da linha do horizonte, dizia-se. Vão cair no inferno eterno, e sofrer os horrores dos grelhados bem passados. Eram os monstros marinhos ( bem temperados pelas mentiras que ajudavam às fugas e retiradas estratégicas), eram as tempestades enormes, que aliadas aos barquitos da época, davam uma mistura mais que impropria para para o consumo. Hoje vamos tratar da previsibilidade ( ou não) do tempo, e de como os nossos antepassados lidavam com a segurança da navegação, ao enunciarem um rol de conhecimentos acumulados ao longo dos tempos, estabelecendo conjuntos de regras para estudar e antever as mudanças de tempo, fazendo o papel da nossa moderna meteorologia.

Baseavam-se basicamente em demoradas e continuas observações do Sol, da Lua, das estrelas, dos animais e das nuvens, por forma a estabelecer as tais regras, que, muitas das vezes, cheiraria a heresia esturrada, com as consequências que imaginamos.

Bom, em relação ao Sol, os nossos marinheiros de então afirmavam que o dia :

Iria ser sereno, quando:

O Sol nasce limpo. No Ocaso anterior o dito está claro e bem corado, ou o tal ocaso ocorre entre nuvens rosadas e bem coradas. Antes de o Sol nascer , aparecem nuvens que se deslocam para o poente. O sol nasce entre nevoeiro sem abertas.

Iria ser dia de chuva, quando:

O Sol nasce côncavo e vão.

Se nasce por detrás de nuvens ruivas e negras.

Se, quando o Sol nasce,, há réstias de luz através das nuvens.

O dia será de granizo, quando:

O Sol nasce amarelo.

Quanto ao vento, motor das nossas andanças, ele iria aparecer se :

O Sol nasce por detrás de nuvens vermelhas, ou por detrás de nuvens mas estas espalham-se.

Se o dia nascer com nevoeiro e o Sol, ao aparecer provocar abertas no nevoeiro.

No Ocaso anterior, o Sol apresentar uma cercadura negra. O vento soprará do lado em que a cercadura se rompe.

Também havia os avisos de tempestade, não eram afixados nas capitanias, mas antes apareciam sob a forma de nuvens negras e húmidas, com chuviscos.

É claro que nunca saberemos o que é que aquela gente andava a fumar, para ver tanto em tão pouco.

Hei-de voltar ao tema, desta vez com a LUA, que também terá muito que contar.

quinta-feira, março 27

OS FO-LANG-KI

Nem sempre Portugal teve gente como a que temos agora, nas ultimas décadas, a governar; Se calhar sabia-se escolher melhor, e, de facto, há períodos na nossa historia, que nos deslumbram, pela capacidade e engenho dos nossos. Veja –se, exemplo, o que aconteceu à nossa armada comandada por Fernão Peres em 1517, aquando da chegada à China, e o espanto dos nossos ao reparar que a sua fama os tinha precedido. De facto, , os chineses comentavam que os FO-LANG-KI, nome dado a todos os Ocidentais a oeste da Roménia actual, e que se poderá traduzir segundo alguns autores por “ FRANCOS”, eram cruéis e astutos. As suas armas são superiores às dos outros estrangeiros. O estrondo dos seus canhões fez estremecer a terra ( Cantão); São extremamente perigosos devido à sua artilharia e à sua capacidade. Nenhuma arma suplanta as dos Portugueses. Pensa-se que é a partir desta data que as armas de artilharia , ganham o nome dado aos povos que as trouxeram, ou seja Fo-Lang-Ki. Na Imagem, um navio ocidental, com parte do armamento descarregado e armazenado em terra, tal o terror que os Chineses tinham dos povos ocidentais ( Portugueses primeiro) e da sua artilharia. Talvez seja ainda de referir que Portugal e os Portugueses de então , cerca de 1450 a 1500, foram os primeiros povos a adoptar a montagem das peças de artilharia em navios pequenos e de fácil manobra ( caravelas claro) , muito baixas, próximo do lume de água, facto que fazia com que ao disparar, os prejuízos e danos nas outras embarcações fossem enormes e normalmente factor de perda do navio.

quarta-feira, dezembro 26

BRASIL

O Brasil, Ilha do Brasil, de São Brandão, era uma das muitas ilhas que desde o sec. IX. povoavam a imaginação dos cartógrafos da idade média, Era igualmente conhecida por Hy Brasil, e dizia-se que quando os marinheiros a descortinavam no horizonte, se afastava à medida que tentavam aproximar-se dela. Isto explicará a disparidades de localizações conhecidas, e que, de carta para carta, variavam centenas senão milhares de milhas. Segundo a lenda terá sido descoberta por São Brandão, monge Irlandês,, cerca do ano de 565. Brasil provém do Celta BRESS, que deu origem ao termo Inglês Bless, abençoar; Hy Brasil, é pois a TERRA ABENÇOADA.

CARAVELAS

Conhecidas há muito pelos árabes da orla mediterranica , as caravelas ajudaram a moldar o mundo como hoje se conhece. De facto, os Portugueses de então, com o génio e a arte que a necessidade aguçara, desenvolveram um pequeno mas esbelto navio, que permitia navegar contra o vento, o único meio de impulsionar os navios da época. As barcas ( barchas) de pano redondo e remadores, não permitiam viagens longas, pois a tripulação e remadores, já enchiam o navio, ao contrario das esbeltas caravelas, que disponibilizavam espaço para os “ arrumos”. Também o seu pequeno calado as tornavam únicas, para navegações de exploração. Como disse Cadamosto, as caravelas são os melhores barcos do mundo.A vela, a sua colocação e o seu tamanho, são também obra do engenho português. E talvez dos mais significativos.
Na imagem, as caravelas de Pedro Alvares Cabral, a quererem dizer que já se sabia algo sobre o Brasil. e sobre o regime dos ventos referentes a essa viagem.; Muitos panos redondos.