Outro serviço que o GIL EANES prestava à frota - eram muitos, de facto - aqui a abastecer de combustivel, o navio, ancorado no pesqueiro.A olhar para a proa ( já bem metida), direi que não faltava muito para vir para Portugal.
Este navio incendiou-se na em Ilhavo ( Gafanha), acabando aí a sua longa vida de pescador.
1 comentário:
Este navio foi mandado construir em 1945 pela Empresa João Norberto Gonçalves Guerra a Manuel Maria Bolais Mónica, em 1945, na Gafanha da Nazaré. Faz a primeira viagem em 1946. É pertença da SNAB - Sociedade Nacional dos Armadores do Bacalhau na campanha de 1955 e vendido à Empresa de Pesca Manuel das Neves, da Gafanha da Encarnação, em 1969.
No dia 17 de Abril de 1970, quando estava em doca seca (na doca flutuante que ainda hoje existe e que veio de Inglaterra em 1951),sofreu um violento incêndio, quando se estavam a fazer soldaduras de umas chapas do salão dos oficiais, que ficavam encostadas ao "rufo" da casa da máquina.
Foram chamados os bombeiros de Ílhavo e de Aveiro que não conseguiram debelar o incêndio.
O navio tinha o leme, o hélice e o veio "fora". O sr. António José Reis chefe da oficina de reparações e o mestre Jorge, encarregado da doca flutuante vendo a dimensão do sinistro, decidiram alagar a doca e assim enquanto a doca ia ao "fundo", a água entrava pelo bucim do veio do hélice, apagando o fogo de baixo para cima, ao mesmo tempo que os bombeiros o tentavam apagar de cima para baixo. Foi deste modo que o incêndio foi extinto, mas como é evidente o navio foi considerado "perda total".
Depois de todos estes trabalhos, esgotaram a água de dentro do navio para que a doca tivesse novamente poder de flutuação e o navio pudesse ser retirado.
O seu "esqueleto" ficou vários anos encalhado no lado sul nos estaleiros da família Mónica, até que quando estes foram destruidos os seus poucos "restos mortais" do acabaram por ser desmantelados nos estaleiros Ria-Marine.
Quiemei muita lenha deste navio na minha lareira e tenho algumas cavilhas dele.
O Arrais
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