segunda-feira, outubro 15

CASCAIS DE AMARELO

Olá AVERNAVIOS!!!
Qual é a armação do Yellow?? PArece o PIU-PIU!!!!!

ALCANTARA - FRENTE DE RIO

Vou tentar começar com a discussão do TERMINAL DE CONTENTORES em Alcantara, versus SANTA APOLÓNIA.
Frontalmente contra a instalação/manutenção deste terminal. É o local histório dos antigos terminais de passageiros, de que todos nos recordamos. Vamos mantê-lo assim!
Peço desculpa da fotografia, mas para caber todo este pedaço de Lisboa, tive de encolher.

quarta-feira, outubro 10

O ENCALHADO

Momento feliz da " captura" (em imagem, entenda-se) da chegada dos meios para desencalhe da embarcação que deu À PRAIA GRANDE, SINTRA.
1.257.986.369.123 - è o numero de pázadas necessarias para abrir um canal de navegação, oportunamente a inaugurar por Sua Excelência o Secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar.

terça-feira, outubro 9

NOVA GURITA PRAIA GRANDE

A meio da manhã, a chamada do meu amigo Cunha Lima, alertava-me para este acidente; Sabendo ele que os "assuntos do mar" interessam-me particularmente, não perdeu tempo em enviar a informação, com imagens e tudo! O que não impediu a viagem até lá, para ver, como o outro....
Quote:
A embarcação de pesca Nova Gurita, encontrava-se em dificuldades frente à Praia Grande, tendo a Marinha, após um pedido de socorro às 07h45, empenhado de imediato os meios necessários ao salvamento, disse à Lusa fonte da Marinha. Segundo a fonte, «os seis tripulantes acabaram por sair da embarcação pelos seus próprios meios», tendo sido encaminhados para o quartel dos bombeiros locais.
Cerca das 13h30, estavam envolvidos nas operações para tentar desencalhar a embarcação o navio Centauro, uma embarcação salva-vidas de Cascais e um dispositivo da Polícia Marítima. Estiveram ainda no local um helicóptero da Força Aérea Portuguesa e bombeiros locais. Durante a tarde haverá uma reunião com todas as partes interessadas com o objectivo de aprovar o plano de remoção do barco.
Ora isto é a versão 2 do caso, porque a versão 1, é muito mais simples ( não complicada) e fácil de entender:
- O barquinho, acabadinho de pescar, vai de arrumar as coisas e de se preparar para ir vender o pescado À DOCAPESCA; Tudo normal. O mestre pega no GPS, introduz a morada e numero da porta e zás, lá vai ele, direitinho para..... LOURES, morada da DOCAPESCA; Loures, essa bela localidade com seu castelo altaneiro e a sua longa costa, esperava pelo barquinho, que apesar de todos os esforços, não conseguiu passar da Praia Grande. Esta é a grande verdade; Enquanto o grande canal de Loures não for inaugurado, vai ser assim.
Depois digam que não avisei....

segunda-feira, outubro 8

REAL REGATA FINAL FELIZ 2007

Ficamos a aguardar a próxima prova. O Blue Moon lamenta ter chegado ao local com algum atraso ( O tempo de arrumar a cozinha e " por a mesa no convés" ) e de não ter mantimentos em abundância; Muito em especial o BOLO DE CHOCOLATE, que NUNCA MAIS vai faltar nestes eventos. Todos os que gostam do mar ( rio) deviam agradecer a esta organização pela festança. Todos os que gostam do mar e rio, de certeza que vão estar para o ano, com mais gente a proporcionar uma maior e porventura melhor animação .

REAL REGATA DE CANOAS 2007

Um regalo para os olhos marinheiros desta terra.

Afinal a tradição ainda é o que era!
Pena é que o impacto da regata, na minha modesta opinião, não seja mais forte, neste lado Norte do rio. Claro que a festa não era nossa.
E os actores , esses ,com toda a certeza que se divertiram.
BOM ANO, como diria o JFMV, que não quis vir, o TóTó!

EL CORTE INGLÉS

Atirou com o vento para trás das costas, e foi-se .....
Eu já só de piloto é que me aventuro nestas mareações.... Retranca oblige, que neste caso não há.....

O RIO EM FESTA 1

Muitas mareações à procura do melhor caminho

GAVIÃO DOS MARES

Falam por si, imagens destas.

REAL REGATA - A CAMINHO DA VITÓRIA

Sempre sózinho, caminhos bem escolhidos.
De MESTRE!!!!!!!!
O rio é assim: Ou se conhece, ou não se ganha!
PARABÉNS à tripulação da NINA. Determinação não faltou. Parecia que tinha encomendado o ventito ...

sábado, outubro 6

O QUE NÂO DEVE SER FEITO

Não se pretende obviamente " caricaturar" as pessoas, ou quem intervém, como peão; Reinamos com os modelos e reguladores! Estas imagens estiveram para ser " OS NOVOS ARRASTÕES DO ALTO" . Só que de facto, já não são novos, e de alto ..... Arrastam ao marisco encascado, e desenrascam-se.....E é proibido, dizem.

quinta-feira, outubro 4

GOOWINS

Nem sempre, mas isso é outra conversa; Os goodwins, deve ser o sitio do UK com mais navios afundados, mais navios fantasmas, mais piratas, mais de tudo daquelas costas. Consta que os Romanos vieram por aqui. A Grande Armada, que deu cabo dos nossos bacalhoeiros, também arribou por aqui. Os Forelands norte e sul limitam-nos.Passava-se muito por aqui no tempo dos Ecos .

A ULTIMA QUERENA

Já foi, com toda a certeza, um belo navio, cheio de velas brancas; Uma escuna talvez. O que nos resta

quarta-feira, outubro 3

KEN MAC INWIS

Um dos passarões sou eu. No camarote do gamelas, onde durante esta " pernada" de 43 dias ( média) vivia este senhor, que dá pelo nome lá de cima, mas para quem KEN era " enough" . Antigo pescador, apesar de novo, naufragou e esteve durante muitos dias à deriva debaixo de temperaturas extremas; De tal forma, que os dedos tiveram de ser amputados. Este senhor era (é ??) observador para o Ministério das Pescarias do Canada, pelo que embarcava nos nossos navios afim de nos controlar ( em off) e verificar o bacalhau , observando sexos e idades do peixe pescado ( oficialmente). Apesar de não ter dedos, como se vê, este senhor fazia ABSOLUTAMENTE TUDO o que há para se fazer, e com descontracção. Além de tudo o mais, acordava todos os dias com uma boa disposição contagiante, pelo que, apesar das distancias necessárias ( tínhamos de aldrabar, né??) era uma benção para todos. Comia que nem um leão. Fumava que nem um cavalo; Mais não sei. Era um dos que gostaria de rever.

terça-feira, outubro 2

O GRONELANDIA

O Gronelandia, lugre de 4 mastros , construído em madeira em Vila do Conde 1922 como "Viana", faz a campanha de 1941 levando a bordo um jornalista do "Diário da Manhã", o Sr. Jorge Simões e que depois escreveu o relato, em livro " Os Grandes trabalhadores do Mar", no que se diz ser um aproveitamento politico por parte do Estado Novo.
A estória que conto a seguir, é de memoria, e vem magistralmente contada no livro, pelo Jorge Simões. Não creio roubar o senhor contando-a como a sei. Pela sua singeleza, apeteceu-me recordá-la; Apreciem
"No lugre Gronelândia “ Groenlândia” no dizer das nossas gentes, havia um moço de convés, o Gomes, de Ilhavo; Era um rapaz sisudo, a quem a vida tinha sido particularmente madrasta: Órfão de pai durante a gravidez da mãe, e órfão novamente pela morte desta durante o parto. Eram tempos particularmente difíceis, os tempos da guerra mundial, apesar da nossa neutralidade. E Ilhavo não escapava ao panorama geral. Conta-se que o Gomes foi depois acolhido pela avó materna e por esta criado, mas sem amor e sem os carinhos que as crianças tanto necessitam; Era mais a porrada que o fazia andar. Assim que pode , o Gomes, tratou de embarcar para o bacalhau, que ao tempo, dava os primeiros passos, em Portugal. E assim, lá embarcou no “ Groenlândia” como moço de convés. A sua vivência a bordo, mau grado a sua educação esmerada e respeito pelos colegas de sacrifício, era passada entre as tarefas e o beliche, para o descanso e as muitas leituras, de que tanto gostava. Afinal fizera a quarta classe com distinção, e apesar das insistências do Professor Vergas, o rapaz ficara por ali. E quando os maus tempos apertavam, o Gomes era sempre o mais disponível, o primeiro a desembaraçar-se, e o primeiro a saltar na ajuda aos camaradas , muitas das vezes a raiar a imprudencia e o risco próprio; Se questionado,do porquê de tanto afã ,respondia invariavelmente: Ora, não tenho ninguém que me espere.... Tanto se me dá morrer hoje como amanhã.... Apesar de tudo a vida continuava, e o Gomes, já na sua terceira viagem, vai “ arriar” como pescador verde, para satisfação do Capitão do navio, que o via como uma promessa de pescador e de Homem. Num dos dias de faina nos baixios dos Virgin Rocks, os Rócos , como nós lhes chamamos,e apesar do tempo estar bom pela manhã, o que pressagiava um dia de pesca calma, lá pelo meio dia levantou-se um vento de SW, depressa a refrescar, que rápidamente obrigou o Capitão a içar a Bandeira negra e a dar sinais para os botes regressarem , afim de recolherem ao navio. Assim se foi passando o resto do dia, com os botes a virem à borda, “garfar ” peixe para bordo, para depois serem içados pelas mãos possantes do todo o pessoal , que nestas ocasiões costumava ajudar . O Contra Mestre, lá ia gritando ora com um, ora com todos, no seu afã de ver tudo e todos a salvo. É então que alguém nota a falta do Gomes, já o ultimo bote estava a ser peado. Do Gomes, nem sinal, e o tempo a vir a mais, com o navio a largar mais amarra, à medida que o mar lambia o convés e os quetes, querendo novamente levar os bacalhaus, que julgava seus. A aflição e ansiedade cresciam a bordo, pois apesar de tudo, o Gomes era rapaz estimado por todos: Todos se tinham habituado a gostar dele, apesar do deu feitio. A espera aumentava a ansiedade do Capitão e da tripulação, que recordavam, particularmente nestas horas feitas dias, os que não mais voltaram; Uns, que tinham presenciado, e outros, ouvido nas historias que se contavam em terra, lá em Ilhavo ou nas Gafanhas, que falar disso a bordo era proibido. Já pouco se esperava do horizonte empoalhado e marejado de carneirinhos, quando se vislumbra uma sombra, assim para vante do través, a barlavento,uma especie de fantasma , a avançar graciosamente para o navio. Com um pouco de pano a servir de vela e o remo bem mergulhado na água a governar o seu dóri, o Gomes trazia o seu barquinho bem carregado, até demais, no dizer de quantos o esperavam; - Estive a ajeitar a minha “teca”, que foi?? Afirmou à laia de pergunta sem resposta. Os outros também o fazem sempre, acrescentou, a ver se evitava o ralhete do Capitão que o olhava furibundo, mas aliviado. Ó Homem, podias ter lá ficado, com o bote nesse estado.... És doido ou quê? Ora ,tanto se me dá morrer hoje como amanhã.... não tenho ninguém .... foi a resposta pronta, ainda com as botas atulhadas de bacalhaus, e a começar a garfar para o navio, apesar dos violentos balanços a que o mar o abrigava. Não demorou muito que uma voz forte se ouvisse de dentro do lugre: - Prega-se o bote ao convés, o Gomes não arria mais de pescador! Era o Capitão quem assim falava, para poupar uma imprudente vida que o mar queria reclamar.