terça-feira, junho 12

FUNDEADOS

A sonda marcava 15 metros.... Preparei uma linha e uma defensa lá amarrada ( arinque) com cerca de 25 metros. Preparei tudo e gritei ao João: AAAAteeeeenção ao feeeerro ( aquilo é muito longe e temos de gritar). O João , coitado lá se pôs em standing by, e à voz de largar, vai de abrir a breca e gritar: ó ó ó ó ó ó isto está a ir tudo por aí abaixo!!!! Eu pensava que sim , que tudo tinha de ir por aí abaixo. Mas não daquela maneira, com o ferro quase na paixão ( 25 metros de corrente, e para aí 50 metros de cabo de massa) , e sem meios de querer parar; A defensa, fardada de azul, já tinha desaparecido, coitada, engolida pela profundidade . Lá fomos tratando de aguentar, e desacelerar e descida,não fosse o ferro agarrar qualquer pobre na Nova Zelândia, criando mais um conflito internacional; Parou por fim , com menos de metade do cabo de massa ao molinete, para nosso desgosto, que içar aquilo tudo iria custar pelo menos umas 4 ou 5 cervejitas, e umas horas de repouso extra.Mas lá fomos, descansados com o coração nas mãos, deixando o Blue Moon entregue aos cuidados do IRGAS, e pensando nas sardinhas de Peniche, ou os sucedâneos que às vezes nos dão.

3 comentários:

garina do mar disse...

está visto que é mais fácil fundear nos estaleiros de Belém!

Anónimo disse...

Pela prosa até parece que estavas a fundear no Mano Leijo, ora!, ou então nos Espalques, pois!

A VER NAVIOS disse...

O Irgas era o da Palhaça?