segunda-feira, junho 25

DE PENICHE PARA BAIXO

Depois de uma noite mal passada, a tentar identificar os cheiros de bordo, e que iam do bacalhau podre ao queijo estragado (??) e fiambre esverdeado com raios purpura,passando pela carne picadinha de casa e do tamboril (ex)congelado, pronto para uma massada que seria de luxo. Era este o concerto de cheiros que me esperavam quando cheguei a Peniche, na 4ª feira à noite. Com a azáfama de trocar a posição das barcoletas, os nossos amigos ( pessoal da amarração) esqueceu-se de ligar o cabo da electricidade à corrente do pontão, deixando que o frigorifico derretesse as baterias e consequentemente ficasse em " baixo". E eu em alta, de nervos. Depois dos insultos da praxe, lá se sossegou, e se limpou(????) o frigorifico. De pouco valeu, mas.... As primeiras horas da manhã, apnharam-me a cheirar a cebola, o que foi óptimo para o cafézinho com pão atrasado, manteiga rançosa.... A coisa arumada, lá seguimos para o mar,depois de cuidadosamente retirar o CELTA MORGANA , ( que estava por fora do BM, de braço dado) e o ammarrar ao cais. COM A CORRENTE ELECTRICA LIGADA. Soube depois que alguém terá partido a ficha.

3 comentários:

garina do mar disse...

então foi por isto que desapareceram tanto tempo!! já estava a estranhar tantos dias de Peniche até Lisboa... não apanharam escorbuto, não?

Anónimo disse...

e apodreceream-lhes as gengivas e cairam-lhes os dentes, os postiços e os outros, e até o chinó lhes caiu do sebo que escorria pelas orelhas....
(Sepulvedas)

Jose Angelo Gomes disse...

A nossa é a verdadeira escória tragico maritima ( Vilhena!!)