domingo, outubro 29
PRINCIPE PERFEITO
Tem um fardo pesado, o de levar tão grande nome pespegado na lata; Até porque, a julgar pelo que vi ( e se vê) , lhe falta pedigree, na traça e no resto; Arma em escuna ( Lugre) - ou assim me pareceu.
Não sei o que vai fazer, e para onde vai. Mas é meritória a ideia -peregrina- de levar as pessoas a passear; Só que há uma miriade de " coisas" a fazer, nos concelhos e freguesias ribeirinhos ( no caso da grande Lisboa), para atrair o turismo; SÓ ANDAR DE BARCO NÂO DÁ!!!! pelo menos em termos de futuro.
Mas outros deverão saber adjectivar mais e melhor.... Eu boto as imagens
sexta-feira, outubro 27
BISSAYA BARRETO
quinta-feira, outubro 26
TÃO GEMEOS QUE ERAM
A resposta ao nosso amigo do comentário está aqui; É de facto o mais gémeo possível. Já o Bissaya Barreto, saiu torto , penso que devido à fotografia estar " esticada " no sentido da altura.
Em cima está um conjunto dos CRCB, onde inclui o COVA DA IRIA , navio que desapareceu ao largo dos Açores, após a sua sexta campanha, creio eu. Toda a tripulação foi salva pelo Inácio Cunha, sob o comando do Cap. João Labrincha.
quarta-feira, outubro 25
ELIZABETH E O INACIO CUNHA
São dois dos navios por onde o meu pai passou; E mais alguma familia tambem; São gêmeos, isto é, feitos do mesmo desenho, se bem que, a bem ou a mal, acabavam sempre por ter algumas diferenças mais ou menos notórias.
O Elizabeth, baptizado com o primeiro nome da senhora Tenreiro, veio a dar o nome a um arrastão, anos mais tarde, já após a revolução do 25 de Abril.
terça-feira, outubro 24
SANTA MARIA MANUELA A MOTOR
SANTA MARIA MANUELA
Na primeira fotografia, vê-se o SMM em fabricos, durante o Inverno de 64/65 ,na Gafanha, onde se lhe construiu e montou a gaiuta que irá servir de ponte de comando, e lugar onde ficarão instalados a giro, (bussola que marca sempre o Norte verdadeiro ), o radar, sondas, radios, etc; Modernamente seria uma lista enorme, mas ao tempo , era o que havia.
Ao lado , o navio atracado en S. Johns na NFLD ( Terra Nova), no que se chamava o cais do gasóleo. Aqui o navio já embarcava creio que 6 lanchas, para a pesca com redes de emalhar.
Este tipo de pesca, apesar de selectivo e menos intrusivo que o arrasto, por exemplo, nunca foi acarinhado , talvez pela quantidade enorme de redes perdidas e não recuperadas, que ficam no fundo a matar....
segunda-feira, outubro 23
LASER - WET,WET,WET
JOD 35
AVÉ MARIA
INTERVALO PARA O TEJO
sexta-feira, outubro 20
O SANTA MARIA MANUELA NA PESCA
O "Santa Maria Manuela" foi vendido pela Empresa de Pesca de Viana no final da campanha de 1964 para a Empresa de Pesca Ribau, de Aveiro.
À epoca, o navio ainda não usava pano redondo, no traquete; Dá ideia disso.
Esta fotografia, creio que é uma novidade, pelo menos da forma como é mostrada, com o nome do navio mostrado da forma correcta.
Triangulo de tempo, para aprorar ao vento.
O SMM NAS BOCAS DO POVO
O Santa Maria Manuela é um lugre de 4 mastros construído nos estaleiros da
Companhia União Fabril, em Lisboa durante 1937 , EM 60 (!!!!!) DIAS para Empresa de Pesca de Viana, que o manteve até 1962.
Ao que parece, foi construído com o aço previamente adquirido para a construção de 2 navios para a Armada, e que por motivos que desconheço,( mas imagino) nunca passaram do desenho. Quem aproveitou foi o Santa Maria Manuela e o Creoula, que assim ganharam forma.
Este desenho foi básicamente roubado do site da ANC, a quem eu agradeço.
O SANTA MARIA MANUELA
Após a sua ultima viagem à pesca do bacalhau, pelos mares e portos do norte do Canadá, o navio apresentava esta imagem que em cima se mostra.
Bastante diferente , a que se mostra na outra fotografia ( fez-se o melhor possível), com o aparelho original; Como tem o pano ferrado, tudo bem arrumado a bordo, e ao que parece uma pipa ao penduricalho no mastro de traquete , tudo me leva a crer que se trata de uma fotografia de chegada a Portugal.
terça-feira, outubro 10
MAU TEMPO
Esta é minha, com uns bons 13 a 14 anos, no mar do norte, creio eu; É um navio de produtos, sai em qualquer tempo, e abrigos lá para cima não há.
As fotografias do tempo são SEMPRE muito dificeis: ou porque há muito spray no ar e a visibilidade é consequentemente curta, ou porque não temos condições de ter a máquina junto - balanços, sobrecarga de funções , atenção e, não menos importante, o susto que vem agarrado a estes dias.
segunda-feira, outubro 9
MARÉS VIVAS
É sujo, mas é inocente....
A maior parte deste lixo, degrada-se muito rápidamente, e até ajuda; Que o digam as gaivotas à boleia dos madeiros e os peixes à sombra de outros, que não dos mesmos, pois arriscam-se no minimo, a levar uma bicadita.....
Havia muito disto. na água.... Mas inofensivo; Bem pior é a "agua lavada", que os municipios mandam constantemente para o rio. Mete nojo....
Reconheço melhorias.... Já lá não nada o Marcelo R.S. , por exemplo!
REGATA DO PONTÃO OITO
Muita corrente, durante a vazante de Sabado e de Domingo.
No Sábado, tivemos a regata do PONTÃO 8, da marina de Alcantara, que de alguma forma retirou a visivilidade e protagonismo à regata da Associação Naval de Lisboa ( ANL). Também era uma regatita que nem eles sabiam onde começava e ababava....Pelo nooso lado, demos a volta à boia 1 do Alfeite e voltámos à base, para comer uma deliciosa MASSADA DE CHERNE; Confirmaram-se os meus receios de manobras de secretaria: Barcoletas de motor ligado, se bem que devagarinho, segundo palavras do próprio ; Outras, com 4 ( quatro sim) velas; Um verdadeiro desaforo; Se já não bastasse andarem a regatear com 2 mastros.... É claro que assim, o mais comum dos mortais não tem a minima hipótese de chegar ao pódio.... Apesar de tudo, e mal grado as manobras pontuais desta malta do pontão, conseguimos acabar a regata, com a cerveja na reserva, é certo, e a horas de nos sentar-mos à mesa da FRAGATA AFONSO DE ALBUQUERQUE. Foi a segunda edição desta memorável prova, que esperamos para o ano seja ainda mais merecedora dos adjectivos ( poucos) que se gastaram no almoço.
O Domingo foi sem história; Menos vento ainda, e andar à vela sem sair do mesmo sitio; Ou então andar para trás.... E a comer sanduiches de atum, que são deliciosas....
NÃO SEI O NOME
LISBOA ESTE FIM DE SEMANA
Está em Liosboa , carregado de miudos
É uma armação por demais conhecida, ca entre as nossas gentes.
sexta-feira, outubro 6
MAU TEMPO
Nem sempre o MAU tempo cai desbragado com vagas e vagalhões ( a maré está vazia) a partir tudo e todos; AUm grande numero de registos, aponta sempre para mar desencontrado, vaga larga e balanços terriveis, como a fotografia mostra; É muito antiga, é certo, mas informativa. Se se colocar o mar na horizontal, repare-se como está o navio; 45 graus, mais coisa menoas coisa. Os navios de desenho moderno, ficariam por lá; Dificilmente recuperavam .
terça-feira, outubro 3
ONDAS GIGANTES II
CORRER COM O TEMPO
ONDAS GIGANTES
MAR AMARGO
Pois o mar também sabe ser duro, e a factura normalmente é alta.
Esta noite, perdeu-se um veleiro nas rochas de Leixões. Possivelmente, iria a entrar, a fugir ao tempo, e encalhou de encontro às rochas, lá ficando, e levando consigo os seus tripulantes.
Não sei como as coisas se passaram, mas sei, que como sempre, as buscas não puderam ser realizadas devido ao estado do tempo; Ou ao facto de ser noite. Ou não haver meios; Ou a não.... Repito que não sei como as coisas se passaram e falo só por raiva; Da incapacidade que temos ( congénita) de lidar com estas situações; Desde 1975 que conheço o mar profissional e a brincar , e sempre, mas sempre, pedi a Deus, ou a quem estiver de serviço na ocasião, que, a acontecer-me alguma coisa, que fosse lá para cima, para os mares da civilização; Podia até ser mesmo aqui ao lado em Espanha, mas aqui não, que eu sempre soube que não havia ninguém ou nada que me pudesse valer. Iria com toda a certeza ser de noite, ou as condições de tempo não o iriam permitir, etc, etc.... a ladaínha de sempre.
Não sei se foi o caso agora, mas foi mais um caso.
Agora também ( e talvez) se perceba o porquê das empresas de rebocadores do porto de Lisboa terem sido TODAS comprados pelo Holandês ( não, não foi o flying Dutchman) .
Os bombeiros não terão a preparação necessária para este tipo de incidentes.- de facto, só com MUITÍSSIMOS anos de mar é que se começa a compreender esse colosso - nem têm que a ter; Há sim quem tenha, por legislação essa incumbência; Se não podem, que aluguem, que subcontratem! Para mim quer-me parecer que no regime de voluntariado, portanto SEM CUSTOS, se deverá encontrar a solução; Como já houve, e estupidamente já não há.
Um pequeno aparte, e um relato do que me contaram ser verídico:
há já alguns anos, era eu Imediato do ECO GUADIANA, sob o comando do Cap. Campos, ( saudades) ouvi a seguinte historieta:
-Recebeu-se uma chamada telefónica aqui em Lisboa na empresa que funcionava como AGENTE ( forwarding agent) , de um navio ao largo da nossa costa, a pedir transporte urgente para um tripulante com uma mão quase decepada; Os rapazes na empresa fizeram o que sabiam, e há que desencantar um helicóptero para o efeito. Contactada uma base aérea, quem atendeu não sabia onde estava o Oficial de Dia, e portanto não podia assumir a responsabilidade; Dada a insistência das várias chamadas que foram sendo feitas ao nosso homem da base , sabem a resposta dele à urgência??
E quem paga a gasosa do bicho???
O navio, esse, foi até Lagos, incrementou-se o turismo Algarvio em 1 baleeira e 6 homens ( um ferido, é certo), e a mão, ou foi colada ou arranjada no hospital lá de baixo, isto passadas umas boas 12 horas (pelo menos) após o incidente. Agora pensem.....
segunda-feira, outubro 2
ANTONIO COUTINHO
Três aspectos da vida de um navio de pesca; Na faina de pesca, com os quetes ajeitadinhos, fundeado à espera dos botes e a navegar; Reparem como os embornais deitam fora a agua embarcada.....Quer dizer que já tem bastante peixe, e que a água já anda pelo convés.
Em todos os navios desta época, a vivencia estva dividida pelos castelos: À proa a cozinha e o rancho, com beliches para a maioria dos pescadores. A ré, alguns pescadores, contra-mestre e os motoristas, capitão e imediato. Não embarcavam piloto. Esta ordem fazia com que a comida fosse confeccionada à proa e comida na câmara`a ré, depois de passar pelo convés. Em dias de temporal, e eram muitos, imagine-se como era.... Muita vezes, os empregado de camaras chegava todo sujo de comida, nas mãos, cara e peito, mas a jurar que a comida não tinha caído, e ele com ela, e nós sorríamos e comiamos sempre....
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