sábado, abril 28

OBRAS DE SANTA ENGRÁCIA

De tanto que há para se fazer, só a sonda nova é que se deixa ver...
Preguiça e falta de tempo e de gentes para os fabricos, levam a que estas estadias se eternizem desnecessariamente.
A cadela do Paulo Pereira, sempre atenta ao que por lá vai, e basta-lhe um bocado de madeira para ser feliz.... À sua maneira. Não é como o AJJ que a quer toda....
A margem sul, com bote de permeio, e a bandeira do palacio de Belém. Tudo sem sair do sitio.

6 comentários:

Anónimo disse...

Caro Amigo Ângelo:

Pelo que posso ver está neste momento a passar pelo velho e recorrente "calvário marítimo" que são as reparações nas barcoletas, na zona de Lisboa.

Depois de várias vezes castigado ao longo dos anos por esta estúpida mania de acreditar na honestidade dos "biscateiros marítimos", atrevo-me a sugerir remédio para este mal.
Note que estou a generalizar. Há honrosas excepções.

Perdoe-me a presunção mas deixo aqui diagnóstico e proposta de terapia.

Diagnóstico:
Existem duas "espécies" de entidades que trabalham na área de reparação e manutenção de barcos de recreio:As Empresas e os "Biscateiros"

As Empresas em geral partem do princípio que o proprietário de uma embarcação de recreio é um “gajo cheio de guita” ao qual mais mil menos mil não faz diferença, portanto toca a esfolar o animal.

Quanto a prazos: Ora bem, se a embarcação é de recreio é porque não faz falta ao “bicho”, logo está pronta quando estiver.

A gestão de prioridades é feita com base numa mistura de “vamos lá despachar isto que o cliente até é um gajo porreiro...” com “acabem lá essa m... que já não posso ouvir o gajo a reclamar! “

Os “Biscateiros” são pessoas que as circunstâncias da vida obrigaram a tentar a sorte numa actividade por conta própria e que viram na náutica de recreio uma hipótese de ganhar a vida.

Até aqui nada contra. O pior é que aceitam fazer trabalhos para os quais não tem competência técnica e continuam a encarar a sua actividade profissional como um passatempo (almoços de 3 horas, pausas de meia em meia hora, cervejolas qb. etc...).

No fim, e se o mês não tiver corrido bem, o último cliente vai pagar o que falta para acertar as contas lá em casa.


Terapia:
Pressupostos- As Empresas e os “profissionais liberais” fazem falta para um mercado competitivo e dinâmico. O grande problema é o de que numa actividade não regulamentada os clientes não tem poder negocial.

Solução: Utlizar as associações ANC, ANL etc. para estabelecer um sistema de acreditação/classificação.
Nem é preciso muita burocracia, bastava publicitar junto das pessoas e empresas que a associação passaria a disponibilizar uma “lista de reparadores recomendados” aos sócios. Nessa lista constariam as empresas e pessoas e respectivas especialidades.

Sempre que um sócio recorresse aos serviços atribuiria uma classificação em termos de preço, prazo e qualidade. Isto daria origem a um rating que constaria numa página on-line.

Com este esquema simples, e se todos colaborarmos em pouco tempo teríamos uma referência para nos defender e ajudar a separar o trigo do joio.

Jose Angelo Gomes disse...

Respeitadissimo Engenheiro,de Inglês técnico feito, e papel passado na secretaria à sexta,

Já reencaminhei a sua mensagem , para onde que possa caminhar.

Obrigado pelo toque.
Repare, que desta vez até o S.Pedro está contra mim. AINDA NÂO FIZ NADA!! Pintar com esta humodade?!

garina do mar disse...

não acredito muito que resulte...
são todos amigos! quem é que os recomenda agora?
com o meu barco era tal e qual a mesma coisa, normalmente ia para a água com coisas por acabar que eu já não tinha paciência para ficar à espera! à conta de uns e outros (e experimentei as 2 versões)

Anónimo disse...

Pois meus amigos:

Eu acho que padecemos do bom e velho defeito tão Português... O individualismo (falo por mim).
Nas críticas e soluções até estamos de acordo, mas quando se trata de tomar uma atitude em que é preciso espírito associativo… Bom, e tal, se calhar nem vale a pena… Eu até me dou bem com os gajos… Vão-me desenrrascar a coisa a um preço jeitoso…

Depois pimba! 3 meses de estaleiro e passa para cá o dobro do orçamento inicial, que isto teve de levar primário marítimo e o diabo a quatro… E a malta paga e até bebe uma “jola” com os artistas…. Afinal até são uns gajos porreiros! Eu vi-os a trabalhar que nem uns cavalos nos ultimos 3 dias… (No fim venho a saber que foram os únicos dias em três meses em que trabalharam na obra.)

Reparem que a ideia não é tramar ninguem. Eu até conheço um estaleiro de qualidade irrepreensível. Só que os outros todos que tive a desgraça de experimentar deixam muito a desejar.

Em suma: A ideia passa por aproveitar as associações que servem (e bem) para organizar regatas e obter desconto nos seguros, para melhorar a qualidade dos serviços prestados à nautica de recreio. Se resultar ganhamos todos, clientes e fornecedores (excepto os vígaros profissionais).

É que tendencia para o abandalhamento é natural no ser humano. Se não houver um controlo de qualidade nestes serviços a situação só pode piorar…

Na pratica como é que se poderia começar:
Aparecermos 3 ou 4 (ou mais) “nautas” na ANC e pedir para enviar uma carta aos profissionais do sector (aos que se considerassem mínamente honestos).
Na carta convidava-se os ditos a indicarem as respectivas especialidades e destaques que entendessem. A lista seria publicada na página da ANC inicialmente sem recomendação. Reparem que se trata de publicidade gratuita para as empresas.
Em troca as empresas obrigavam-se a afixar um aviso em que se convidava os sócios da ANC e darem o respectivo “feedback” dos serviços prestados.
Esse “feedback” serviria para construir um rating, um pouco à semelhança com o que se passa no “ebay”.

Se calhar não vale a pena… Mas se não tentarmos…

Saudações marítimo-portuárias…

garina do mar disse...

parece-me bem! já não tenho barco mas se precisarem de ajuda na ANL digam!!

Anónimo disse...

Obrigado Sra. D. Garina (não a conheço pessoalmente e o respeitinho é muito bonito).

Como dou sócio da ANC vou tentar primeiro na dita.