segunda-feira, abril 2

GIL EANNES

Lavadinho e limpo. O tipo de assistencia que este navio TAMBÉM prestava , e que não gostamos muito de referir, era o controle policial: Sempre que algum problema surgia, mais complicadito, em que os capitães não encontrassem soluções imediatas, havia a certeza de uma cela no navio hospital. Mas NUNCA ESQUECER o apoio hospitalar: Só em 1973, por exemplo, de 4 100 tripulantes embarcados no Artico, foram observados 710 doentes , 510 acidentados, 19 incapacidades para trabalhar, e ainda tratados a maleitas diversas mais 758 tripulantes; Alguns autores, pretendem que estes numeros retratam a precaridade do estado sanitario das tripulaçoes. Para mim ( e muitos outros) retrata uma época . 1973! Era assim que se vivia. Em 1954 era muito pior. Seguramente. Em 2007 nem há....

11 comentários:

LisbonGirl disse...

Um Professor de Contabilidade que adorava barcos, levou-nos em visita de estudo ao Gil Eanes em 1984.

Gostámos imenso do barco e do Professor... que antes já tinha interrompido uma aula - em que estávamos insuportáveis - para nos descrever com imagens no quadro os vários tipos de vela...

O Professor foi embora a meio do ano, porque foi trabalhar para uma empresa e nós ficámos tristíssimos!...Fizémos-lhe uma festa de despedida!Nunca mais o esqueceremos...

Acho que nos conquistou com a visita ao Gil Eanes...

garina do mar disse...

e não era também através do Gil Eannes que chegava a correspondência?

Jose Angelo Gomes disse...

E o correio, claro; As encomendas para os navios - chouriços, presuntos, medicamentos especiais, até tremoços e pevides por lá passaram - eram uma constante. Ilhavo, à data era governado pelas mulheres....

joao madail veiga disse...

Não foi neste navio que trabalhou o Dr António Martinho do Rosário que, apesar de ribatejano, gostava de Mar e de Portugal?
Creio ter uns escritos dele, como se chamava? ah, já sei, "Nos Mares do Fim do Mundo" que foi feito a bordo desta embarcação.

Anónimo disse...

João:
Deixa-me dizer-te, o Dr. António Martinho do Rosário (Bernardo Santareno)escreveu "Nos Mares do Fim do Mundo" a bordo do navio de pesca à linha "Senhora do Mar" e do arrastão "David Melgueiro".
Tb foi médico do "Gil Eannes".
Se tens o livro, podes confirmar.

Eugénio disse...

Para além de tudo o que o Gil Eanes fazia e foi aqui referido, ainda fazia mais: levava sal para os bancos e trazia bacalhau salgado para Portugal, isto para de certa maneira contrabalançar os custos das viagens. Pelo menos o 1º Gil Eanes fazia-o segundo está escrito na "Campanha do Argus"

Anónimo disse...

Normalmente após a assistência aos lugres rumava aos USA para carregar bacalhau seco. A nossa frota não produzia o necessário para o consumo do país. o que faltava era importado e o "Gil Eannes" fazia parte dos navios que traziam bacalhau comprado por Portugal. Não foi só "Gil Eannes". Muitos navios da pesca do bacalhau à linha, durante o Inverno, faziam viagem de comércio ao Canadá e USA para carregarem bacalhau seco.
Salazar determinou que nós só deveriamos produzir cerca e 60%/65% do que necessitavamos. Os outros 35/40% serviriam como moeda de troca para as nossas exportações, como conservas, vinho, azeite e cortiça.
Quando julgar o tempo certo, direi no meu "sítio" a política do Estado Novo neste aspecto.

Anónimo disse...

Foi Salazar que acabou com a indústria da pesca do bacalhau em 1967, quando determinou a liberalização dos preços.
Tb fica para mais tarde.

garina do mar disse...

mas os bacalhoeiros também iam carregados com sal!! suponho que para consumo próprio...

A VER NAVIOS disse...

O "GIL EANNES", é certo, também levava sal para os bancos.
O sal que ele, "Gil Eannes", tinha a seu bordo era para acudir aos navios da frota, quando a pesca era muito boa e se lhes tinha acabado o sal, ainda com espaço no porão para receber mais peixe. Nesta situação recorria-se ao "Gil Eannes" evitando assim a perda de tempo de uma arribada a porto para "meter" o sal que lhes faltava para abarrotarem os porões.

Anónimo disse...

muito bem sr. cte JM