terça-feira, junho 12

A BERLENGAR

Aspecto da flotilha fundeada na Berlenga; Por inépcia do BUBBLES, o BLUE MOON ficou de fora nestas imagens; Imperdoável!
fortaleza de S. João Baptista foi mandada erguer pelo rei D. João IV como posto de defesa do território português. Viria a ser palco de numerosas batalhas sendo a mais célebre a ocorrida em 28 de Julho de 1666 na qual o forte, com vinte e oito soldados e um Cabo, ANTÓNIO AVELAR PESSOA, foi atacado por uma esquadra castelhana de catorze naus e uma caravela. Atacado e bombardeado durante dois dias o forte foi tomado pelos castelhanos, depois da guarnição portuguesa ter resistido heroicamente. Quanto ao Cabo Avelar Pessoa, acabou por morrer a bordo de um barco da esquadra quando era conduzido a Espanha. O tempo que conseguiu resistir fez dele um herói da história. O barco que faz a ligação a Peniche tem o seu nome.
Ao longo de quase dois séculos o forte esteve envolvido em inúmeras estratégias militares, até que em 1847 acabou por ser abandonado. Em meados do século passado foi restaurado e reconvertido em pousada, também esta abandonada mais tarde, por ocasião do 25 de Abril de 1974.
Hoje, o forte S. Julião Baptista é mantido como estalagem pela associação "Amigos das Berlengas" e quem visita a ilha pode lá pernoitar. É-se bem recebido, o preço é barato mas as condições não contemplam mordomias (tipo tomar banho de jarrão). Oferece aos hóspedes uma oportunidade única de repouso, tendo por única companhia o silêncio, apenas quebrado pelo bater das ondas e o cantar das pardelas.

APROXIMAÇÃO II

À vela e a motor, para ajudar, que o vento ainda era pouco. Aliás, o senhor vento ou é pouco ou varre tudo, com mau génio; Não há muitos dias com o chamado vento a pedido. E claro, bom para uns, uma gaita para os outros.

FUNDEADOS

A sonda marcava 15 metros.... Preparei uma linha e uma defensa lá amarrada ( arinque) com cerca de 25 metros. Preparei tudo e gritei ao João: AAAAteeeeenção ao feeeerro ( aquilo é muito longe e temos de gritar). O João , coitado lá se pôs em standing by, e à voz de largar, vai de abrir a breca e gritar: ó ó ó ó ó ó isto está a ir tudo por aí abaixo!!!! Eu pensava que sim , que tudo tinha de ir por aí abaixo. Mas não daquela maneira, com o ferro quase na paixão ( 25 metros de corrente, e para aí 50 metros de cabo de massa) , e sem meios de querer parar; A defensa, fardada de azul, já tinha desaparecido, coitada, engolida pela profundidade . Lá fomos tratando de aguentar, e desacelerar e descida,não fosse o ferro agarrar qualquer pobre na Nova Zelândia, criando mais um conflito internacional; Parou por fim , com menos de metade do cabo de massa ao molinete, para nosso desgosto, que içar aquilo tudo iria custar pelo menos umas 4 ou 5 cervejitas, e umas horas de repouso extra.Mas lá fomos, descansados com o coração nas mãos, deixando o Blue Moon entregue aos cuidados do IRGAS, e pensando nas sardinhas de Peniche, ou os sucedâneos que às vezes nos dão.

SOBE , SOBE MARUJINHO

Lá vem a Nau Catrineta
Que tem muito que contar!
Ouvide agora, senhores,Uma história de pasmar.
Passava mais de ano e dia
Que iam na volta do mar,
Já não tinham que comer,
Já não tinham que manjar.
Deitaram sola de molho
Para o outro dia jantar;
Mas a sola era tão rija,
Que a não puderam tragar.
Deitaram sortes à ventura
Qual se havia de matar;
Logo foi cair a sorte
No capitão general.
- "Sobe, sobe, marujinho,
Àquele mastro real,
Vê se vês terras de Espanha,
As praias de Portugal!"
- "Não vejo terras de Espanha,
Nem praias de Portugal;
Vejo sete espadas nuas
Que estão para te matar.
" - "Acima, acima, gageiro,
Acima ao tope real!
Olha se enxergas Espanha,
Areias de Portugal!"
- "Alvíssaras, capitão,
Meu capitão general!
Já vejo terras de Espanha,
Areias de Portugal!"
Mais enxergo três meninas,
Debaixo de um laranjal:
Uma sentada a coser,
Outra na roca a fiar,
A mais formosa de todas
Está no meio a chorar."
- "Todas três são minhas filhas,
Oh! quem mas dera abraçar!
A mais formosa de todas
Contigo a hei-se casar."
- "A vossa filha não quero,
Que vos custou a criar."
- "Dar-te-ei tanto dinheiro
Que o não possas contar."
- "Não quero o vosso dinheiro
Pois vos custou a ganhar."
- "Dou-te o meu cavalo branco,
Que nunca houve outro igual."
- "Guardai o vosso cavalo,
Que vos custou a ensinar."
- "Dar-te-ei a Catrineta,
Para nela navegar."
- "Não quero a Nau Catrineta,
Que a não sei governar."
- "Que queres tu, meu gageiro,
Que alvíssaras te hei-de dar?"
- "Capitão, quero a tua alma,
Para comigo a levar!"
- "Renego de ti, demónio,
Que me estavas a tentar!
A minha alma é só de Deus;
O corpo dou eu ao mar.
"Tomou-o um anjo nos braços,
Não no deixou afogar.
Deu um estouro o demónio,
Acalmaram vento e mar;
E à noite a Nau Catrineta
Estava em terra a varar.

segunda-feira, junho 11

APROXIMAÇÂO

Ou em como o Blue Moon tem mais motor que o Veronique!!!!!!
Nada faria supor que a viagem do dia seguinte fosse tão xata!

ALMOÇARADAS

À mesa da esplanada do Blue Moon, o pequeno almoço, e À mesa da tasca do Joel, que de tasca não tem nada.... Muito pelo contrario, come-se do melhor e nada caro.
Aproveitem enquanto dura, que qualquer dia, lá vai alho!

BERLENGAS - PENICHE a nadar.....

São os novos heróis; Outros tempos , outras façanhas, mas não menos façanhudas....
Berlenga a Peniche, creio que não há-de andar longe das 9 milhas maritimas, das melhores.
Todos nós festejamos a chegada dos 3 bravos , ou no caso uma brava e 2 bravos.

O PONTÃO DO IPTM (?) E OUTRAS FIGURAS

Tenho de confessar que não fiquei cliente; é muito dificil compreender o nosso país, as nossas gentes; Creiam-se " status", instalam-se pessoas, e a seguir é uma carga de trabalhos para fazer as coisas funcionarem; Pagas com o dinheiro dos nossos impostos e que se diz ser sempre mal gasto.
Mas também há quem tenha amigas em Peniche.

WHAT A DIFFERENCE A DAY MADE, TWENTY FOUR LITTLE HOURS

"What a difference a day made, Twenty-four little hours
Brought the sun and the flowers
Where there used to be rain.......
There's a rainbow before me.
Skies above can't be stormy
Since that moment of bliss,...
And the dif'rence is you."
É. Não foi um dia, foram 3, mas que fizeram toda a diferança; E fizeram bem! À alma , que o corpinho, coitado, danone de tanta fominha, está por um fio.
Valeu a pena.
Para o ano lá estaremos. Pena que o S. Pedro, nos tenha dado SW para descer, ou no caso não descer, que o Blue Moon ficou em Peniche, a penichar....
Sabiam que em Peniche também se comem sardinhas com batatas fritas????

terça-feira, junho 5

VOADORAS

Era assim que lhes chamavam, todos os que as viam a " descansar" nos portos de Viana do Castelo e de Leixões. Esta, provavelmente apresada pela Policia Maritima ou GNR Fiscal; Mas é uma novidade ver estes " barcos" na zona de Lisboa.

FARPAS

Desde que a ria de Aveiro se fechou à navegação e mesmo à renovação das suas águas, foram desenvolvidas várias acções para que fosse aberta novamente a sua saída para o Atlântico. Desde que tal aconteceu, entre finais do sec. XVI inicio do sec XVII, foi criado um imposto designado por “ real da água” que penalizava a venda do vinho. O imposto em causa, destinado à construção da Barra, que durante muito tempo foi cobrado e desencaminhado para outras funções, penalizava somente os miseráveis e os viajantes que matavam a sede nas tabernas da época, enquanto os seus produtores, sempre arranjavam maneira de lhe fugir. A ineficácia de quem era responsável por tal situação, provocou nas margens da nossa ria, fome, doenças, cheias, o abandono da pesca longínqua e um incentivo À pesca costeira, obrigando os povos das margens a procurar novos locais de pesca e muitas vezes, novos locais para criar os filhos, fazendo com que em muitos sítios do litoral, de Matosinhos a Vila Real de Santo António, aparecessem os embriões de muitas das cidades que hoje se encontram ao longo da costa portuguesa. Esses pequenos grupos de palheiros, muitas vezes só em caniço, abrigaram muitos dos antepassados de uma grande diáspora dos povos da ria, que espalharam no país os nossos costumes, tradições e gastronomia. O esforço dos responsáveis pelas povoações das margens da ria, que a dado momento se transformou num grande pântano pestilento, continuaram a sua pressão junto ao governo da Nação, e, a dado momento, o Rei D. José I, por provisão régia de 1751, determinou que o Eng. Húngaro Carlos Mardel, se deslocasse À nossa região para que examinasse a situação e fizesse a planta da obra. Infelizmente a sua permanência entre nós foi curta, por ter sido requisitado para reconstruir Lisboa, desbastada simultaneamente por um terramoto e um tsunami, no dia de Todos os Santos, em 1755. Carlos Mardel, que deixou na Lisboa pombalina uma obra de grande qualidade, bem visível ainda hoje, apesar de ter estado pouco tempo na nossa região, deixou bem definido o local onde iria surgir a barra que hoje nos serve, a cerca de meia légua a sul da Capela da Senhora das Areias, que se encontra bem graficada numa planta da região lagunar, elaborada ainda no sec. XVIII, pelos Engenheiros franceses François Polchet e Louis d’Alincourt. Como se pode ver, aquilo que acontecia na nossa região lagunar era uma grande preocupação, e como o governo central não decidia nada de concreto sobre o avanço das obras, o Capitão Mor de Ilhavo, João de Sousa Silveira, que residiu no Solar de Alqueidão, pediu ao Rei que lhe fosse autorizado fazer uma barra ( rigueirão) logo a sul da Vagueira, custeando ele próprio as obras e, depois de vários contratempos, num dia de grande tempestade em 8 de Dezembro de 1757 as águas da ria foram libertas para o mar abrindo-se logo uma foz do Rio Vouga, com cerca de 400 metros. A barra da Vagueira, apesar de resolver o problema momentâneo, não solucionou a longo prazo a situação e apesar de terem passado por cá outros intervenientes, só de 1802 a 1808 é que o engenheiro francês Oudinot e o seu genro Luís Gomes de Carvalho deram forma À solução de Mardel ,juntando algumas ideias novas, como por exemplo o desvio do Vouga para um novo leito que desaguava frente à sua nova foz artificial e o encerramento intermitente do canal de Mira por um dique e uma ponte/comporta de Cambeia. A nova barra demonstrou logo a sua utilidade, pois a dado momento, entraram por ela, no espaço9 de cinco quartos de hora,48 transportes ingleses, navegando em coluna dobrada, para apoio às tropas que na região centro combatiam a invasão napoleónica de 1809. Os trabalhos da barra foram continuando com avanços e recuos, mas só com a motorização dos navios e a construção de dois novos molhes se pode considerar que ela passou a ter uma certa segurança e a cumprir em pleno os fins para que foi construída. in jornal “ O ILHAVENSE”

segunda-feira, junho 4

O QUE SE VÊ

É isto o que se vê, de terra... Aqueles milhares de pessoas, que semana após semana, peregrinam para aqui e daqui gozam este belissimo espetaculo. São portugueses, na sua maioria, mas também os há turistas, dos que são despejados no meio dos contentores, em Alcantara.

AVENIDA DA PRAIA

Ali, logo a seguir a Belém, e antes das instalações da Antiga Docapesca ( agora em Loures, imagine-se) parei para ver o rio; Vinha da doca, suado e cansado, mas vi o rio tão alegre, que decidi parar.... Junto à avenida da praia.

DOMINGO À TARDE

O meu vizinho, no pontão, com o seu belo barquinho... É um senhor com bastante idade, mas não deixa de vir praticamente todas as semanas, fazer o gostinho .

quinta-feira, maio 31

A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR

Não são os mais representativos; Tão pouco foram seleccionados pela vetustez, tamnho ou cor; Foram os 9 primeiros da minha lista, que todos vós também terão. Uma nação pequena, como a nossa, via-se e desejava-se para ter pessoal para os navios, de tantos eles serem. Um pouco à semelhança de agora, que também não temos pessoal de mar....

quarta-feira, maio 30

AJUDEM-MEQUEJÁÉPERSEGUIÇÃO

Para onde quer que olhe, só vejo patos..... Destes! Esta "senhora" e mais a sua prole estava a atravessar o caminho. Fontes bem informadas, disseram-me que o pato que me visitou é um " MUDO" e que não voam.... Se calhar o gajo não sabe!

terça-feira, maio 29

O ESTRAFDHGFN EL LKGNEP

É assim que se chama esta estrutura proboscídia e entalpídica. A que está a branco. Quem, de entre nós, não se perguntou já, a razão de tal quantidade de ferro tratado, qual nave allien, aterrada na lusa Alcantara?? Sim, para que serve? Abrigo atómico ? Devaneio??

O PATO

Deta vez, o caso é sério.
Não é que ao acordar, , às 7 horinhas, dou de caras com este caramelo, a tentar ver a horas e a descansar da sua vida noturna??
Claro que o insultei, a ele e aos progenitores; Mas também gostei do seu ar .Contive-me, deixei-o tirar os seus apontamentos, que ciosamente guardou debaixo da asa, e por ali ficou.
Não é meu, é com toda a certeza um pato do mundo.
A minha vingança, é que a água que ele deve ter bebido, bem lexiviada, vai dar uma diarreia que o patito vai a jacto para casa.....

segunda-feira, maio 28

O MAIÃO

Só agora dei pela presença do MAIÃO, pelo que, a correcção é devida ao amigo Zé Oliveira. Um carinho grande pelo Zé, sempre pronto a tudo; Uma mão a mais, para todos nós. Obrigado pelos desenhos, Zé. Ainda não sei bem o que fazer com eles, mas obrigado. Corrigida esta falha minha, resta acrescentar que o barquinho está em: http://www.maiaovs34.blogspot.com/

PERFEITO, PERFEITO, SÓ A SUPER BOCK

É um prazer enorme ver e ler o que a Garina do Mar , o Marinheiro e o Malheiro do Vale escrevem. Sabem tratar pelo nome o que deve ser tratado pelo nome. Estão, como seria esperado, por dentro da matéria, conhecem os factos, e até apontam algumas direcções. Não vamos tornar o que anteriormente se escreveu, em papão, vamos antes, desatar alguns nós, para que quem nos lê, perceba o caminho que se segue. A APL aparece no baile, porque muitos de entre nós, vivemos e temos os nossos lazeres ( ou afazeres) por lá. Só por isso. A instituição merece o respeito de todos nós; Caso contrario, ignorava-se, como se ignoram os imbecis e intratáveis. Continuo a dizer que temos o direito de criticar o que julgamos errado. Se não sabemos exactamente o que dizemos, ( é a desculpa n.º 1) às entidades várias o devemos: não traduzem para o Português o que superiormente (?) decidem. Com isto só quero perceber o porquê e o alcance das mudanças que ao que tudo indica, se vão operar em Lisboa , Alcântara e que é a causa de tanta escrita: Ligada á zona da capital que mais turistas atrae, com bares da moda, marinas, e tudo que é por isto arrastado, vai ser agora “O “ terminal de contentores. Desde Algés que há um fio de continuidade , chamem-lhe o que quiserem, mas há ordem. Depois há contentores, e turismo em paletes. Até tremo. Sabe que vivo em Sintra, onde havia um senhor vereador ( de facto o nº 2 da anterior vereação de má memória), que afirmava para os seus concidadãos, não compreender as pessoas não gostarem de ter armazéns junto às zonas habitacionais. O tal iluminado, em que ninguém votou mas que se diz eleito, queria convencer-nos que os armazéns fazem falta à habitação; Nítido caso de falta a algumas aulas de gestão autárquica. Não convenceu ninguém, mas estragou Sintra, ou que dela vai restando. Será que temos colegas de carteira ( e de faltas) deste senhor, aí por Lisboa??
Meus caros, não seria de esperar algum ordenamento, enfim estratégico e para o futuro??
Teremos de andar sempre a remendar ?
Explique-se para que haja menos patos, no futuro.