segunda-feira, julho 10

CLUB MED

ao sair da Doca de Alcantara, deparou-se-me este quadro; O barquito da frente, - lanchão - deverá ter 30 ou mais metros; É bonito, e grande; O de trás, um veleiro estranho, ( já conhecido) mas também muito bonito; Creio que se trata do antigo CLUB MED ; Gostava de ver o casco por baixo..... os UNDERWARES dele.....

quarta-feira, julho 5

CAPITÃO JOÃO MATIAS

Faleceu na quinta-feira passada o Capitão João Fernandes Matias, com 80 anos de idade. Foi comandante do navio "Gazela" de 1952 a 1957 , do navio "Creoula" de 1958 a 1969 e comandante do "Neptuno" de 1970 a 1973 . Seguidamente embarcou nos navios da " Econave ", de onde se reformou. Ainda tive o prazer da sua companhia, nos muitos e muitos passeios a pé que davamos , sempre que nos encontravamos nos portos de escala; Foram poucas vezes, para mim.
Ao Manel, companheiro do Liceu de Aveiro, das viagens na PONGA do Charlim e de outras loucuras , os pêsames de todos nós .
Também sentimos a perda.

O LUGRE ARGUS

Como era, nos tempos de pescador, e como é na actualidade, como navio de cruzeiros à vela. Lugre com motor, em aço, ( ou em ferro, nos dizeres da altura) construído na Holanda em 1939 para a Parceria Geral de Pescarias, Lda, em Lisboa; Fez a ultima viagem em 1970. Em 1950, Alan Villiers escreve a bordo o “ The Quest of the Schooner Argus ”, que daria origem a um artigo para a National Geographic Magazine em 1952,Maio, com o titulo “I Sailed With The Portuguese Brave Captains “. Claro que sei da “ encomenda “, mas em boa hora se fez, pois assim deu-se a conhecer ao mundo a pesca do bacalhau, e a forma como esta era feita, com os dóris de um só homem.

INACIO CUNHA COM NAUFRAGOS

O " Inácio Cunha" na entrada em Leixões no final da campanha de 1950 com os naufragos do "COVA DA IRIA" era seu Comandante o Cap. João dos Santos Labrincha e do navio naufragado o Cap. Carlos Fernandes Parracho . Todos os espaços do navio deviam estar sobrelotados, com mais sessenta e tal homens a bordo.

terça-feira, julho 4

O ACORDAR

É sempre assim, lá a bordo; Cozinheiro de serviço aos tachos, tudo posto em cima da mesa, mas há sempre um mas.... Faltam a toalha, falta o guardanapo, falta o sumo ou não é do que eu queria.... Depois dá isto.... Que bela manhã....

segunda-feira, julho 3

O MONSTRO

O nosso almoço a chegar; Era muito grande para lula; deu para os 3, bem estufada.

Ainda se apanhou 2 parguinhos e um outro que não sei o que era.... Mas estava-se a viver uma época extraordinaria, e por isso , foram de novo para o mar, bem vivos, mas com alguns dentes avariados.

O OUTRO DIA

A manhã, estremunhada com a hora, mostrava a carinha do mal dormido; No BLUE MOON, por outro lado, já nos afadigávamos a consertar a bomba da "casinha" , que tinha dado o badagaio no dia anterior, e embora todos andassem inchados, desde que ninguém se baixasse, tudo estava bem. E esteve.
Bomba reparada, deu - se inicio às hostilidades; Eu fui `a pesca!

O FIM DA FESTA

Para nós foi; Para os foliões do costume, foi o começo; O Sol já brincava com Cascais; Fomos comer assim. Mas consolados, e como a imagem atesta, sem gás nenhum.... completamente esvaziados, flats,

ENGALANADOS

Como a festa era nossa, vestimos o BLUE MOON com a roupa que tinhamos..... Uma bandeiras do CONTINENTE a 1 dólar 4; Procuramos soutians e não havia a bordo, felizmente!

ATÉ OS COMEMOS

As imagens relatam o momento exacto em que a tripulação do BLUE MOON desembarcou para dar a boa nova aos veraneantes das praias de Cascais; Tinhamos derrotado - o Ricardo tinha - os bifes.

quinta-feira, junho 29

FERIADO

É É claro que apanhar uns largos no mar também não era mau; E trabalhar também não o é! Digo eu.

DIA DE S. PEDRO EM SINTRA

Pois hoje é feriado cá em Sintra-On-Sea; A fotografia espelha o meu desejo; Água tranquilas, as batatinhas porqueiras ao lume, e um longo dia de NADA pela frente..... Mas estou a trabalhar......

quarta-feira, junho 28

O DOM DENIZ

Duas imagens extraordinarias , do acervo do Cmdt. Joao David; Numa o navio prepara-se para largar e ainda tem um bote na água; Ou então acabou de chegar já tem um bote na água; Tem os dois ferros ao lume de água , tem a giba e a bujarrona nos respectivos estais; Na outra imagem, podemos ver como um aparelho simples como este pode ser tão terrivelmente eficaz;O navio está carregado. e enverga o pano do tempo; Boa viagem, diria eu..

Acabou os seus dias de pescador, num incendio nos bancos da Terra Nova - Virgin Rocks, em 1966

domingo, junho 25

THE WOWONA SCHONNER

Escuna Americana, transformada do transporte de madeira para a pesca do bacalhau; 413 tons de arqueação , faziam dela a maior do seu tempo (??). Na outra imagem, o que nos é familiar; Pescadores, bacalhau e uns botes, estes algo diferentes.

1948 - A PESCA DO BACALHAU LÁ POR FORA

É por estas alturas ( 1948, se não estou em erro) que os Norte Americanos e Canadianos, também grande consumidores de salgado - bacalhau, salmão, e outros) renovam a sua forma de pescar; Num artigo da epoca, referia-se que os motores fora de borda, os guarda-patrão em lona, montados na proa do dóris, eram uma forte aposta na melhoria das condições, em substituição dos remos e vela que os antecederam; Quanto á pesca em si, repare-se que o mesmo artigo referia:
"Cod fishing was arduous and risky work in the rough North Pacific seas. Cod, weighing up to 10 pounds, were caught on baited lines and hauled by hand aboard small dories, which operated from schooners anchored along the coast or above relatively shallow banks amid deeper seas. Dory fishermen, many of them veterans of the Grand Banks of the North Atlantic, typically launched their boats at 4:30 a.m. and completed two shifts of fishing by 6:30 p.m., when they returned to the schooner for the night."
...W A pesca do bacalhau era dura e cheia de riscos, nas aguas revoltas do Pacifico Norte. O Bacalhau, chegando a pesar 5 kgs cada, era alado à mão pelos homens, a bordo dos pequenos doris......."
Digam lá se não é o relato de um pescador português? também???
Acabámos mais tarde, é certo, mas se hoje nos afastamos a passos largos da média europeia, naqueles tempos......

O REPOUSO FINAL

Inglorio, reconheçamos, mas creio que pouco se poderia fazer; O Capitão Ferreira estava fora de todos os contextos; Era um anacronismo a boiar; Ele e o seu armador, que teimavam em tratar os navios como naves extraterrestres ; Acabou como acabou, no Rio Judeu, esventrado e carcomido; Centenas de marinheirosmpassaram metade das suas vidas entre estas madeiras agora apodrecidas.
Uma ultima observação: Era um navio bom para o mar; Como todos os navios da pesca, tinham excesso de estabilidade ( à semelhança das barcoletas à vela) e por isso daval muito balanço ( rolo) lateral; Aguentava bem o mar, mas metia medo.....

NA PESCA - A ARRIAR LANCHAS

Enviada por Cmdt. João Marques, o João David, pois então, amigo pessoal e colega, tantos anos afastado, mas não esquecido, entretando arribado graças ao BLOGDOBARCO; Aqui o Capitão Ferreira deverá ter chegado a um local de pesca ( pesqueiro) e começou a colocar na água( arriar ) as suas cinco lanchas - todas com um arrais ( mestre) e três pescadores - que com os novos meios de comunicação e de sonda, representavam para os pescadores portugueses um grande salto qualitativo na pesca; Fundamentalmente na sua segurança, isto apesar de se pescar com condições mais degradadas do que com os botes. Todos os navios tinham o seu canal VHF " privado", que era escutado avidamente por TODOS os outros navios, a espera de informações dos varios locais da pesca; Na prática, ninguém admitia, mas todos sabiam a vida de todos; Isto apesar do códigos tão ensaiados entre lanchas e navios.....

sexta-feira, junho 16

CAPITÃO FERREIRA

O Naviozinho,a ser feito e já no bota a baixo; Foram feitos 2 iguais: O Cap. Ferreira e o João Costa, sister ships, como se dizia, e diz....

ANA MARIA

Eram assim, os nossos lugres a navegar, com os seus 40 metros... É uma pena as fotografias que consigo serem tão velhotas; Leva o pano do tempo, de certeza.

quarta-feira, junho 14

A ARTE DE BEM FICAR

É, há que mandar ver o fundo ( se o há), depois

é largar o ferro e preparar a ventilação forçada do interior; Imprescindével em dias de calor; E então com o fogão a trabalhar que nem um doido, nem se fala!!!

De seguida sentamo-nos e esperamos , verificando alguns enfiamentos ou alinhamentos por terra; Convém que estes estejam parados, a bem do descanso futuro.

Com tudo isto feito, só há que descer e pedir para acordar há hora da refeição! Nunca antes, que dá azar.