sexta-feira, outubro 20

O SANTA MARIA MANUELA NA PESCA

O "Santa Maria Manuela" foi vendido pela Empresa de Pesca de Viana no final da campanha de 1964 para a Empresa de Pesca Ribau, de Aveiro. À epoca, o navio ainda não usava pano redondo, no traquete; Dá ideia disso. Esta fotografia, creio que é uma novidade, pelo menos da forma como é mostrada, com o nome do navio mostrado da forma correcta. Triangulo de tempo, para aprorar ao vento.

O SMM NAS BOCAS DO POVO

O Santa Maria Manuela é um lugre de 4 mastros construído nos estaleiros da Companhia União Fabril, em Lisboa durante 1937 , EM 60 (!!!!!) DIAS para Empresa de Pesca de Viana, que o manteve até 1962.
Ao que parece, foi construído com o aço previamente adquirido para a construção de 2 navios para a Armada, e que por motivos que desconheço,( mas imagino) nunca passaram do desenho. Quem aproveitou foi o Santa Maria Manuela e o Creoula, que assim ganharam forma.

Este desenho foi básicamente roubado do site da ANC, a quem eu agradeço.

O SANTA MARIA MANUELA

Após a sua ultima viagem à pesca do bacalhau, pelos mares e portos do norte do Canadá, o navio apresentava esta imagem que em cima se mostra. Bastante diferente , a que se mostra na outra fotografia ( fez-se o melhor possível), com o aparelho original; Como tem o pano ferrado, tudo bem arrumado a bordo, e ao que parece uma pipa ao penduricalho no mastro de traquete , tudo me leva a crer que se trata de uma fotografia de chegada a Portugal.

terça-feira, outubro 10

MAU TEMPO

Esta é minha, com uns bons 13 a 14 anos, no mar do norte, creio eu; É um navio de produtos, sai em qualquer tempo, e abrigos lá para cima não há.
As fotografias do tempo são SEMPRE muito dificeis: ou porque há muito spray no ar e a visibilidade é consequentemente curta, ou porque não temos condições de ter a máquina junto - balanços, sobrecarga de funções , atenção e, não menos importante, o susto que vem agarrado a estes dias.

segunda-feira, outubro 9

BARREIRO SHUTTLE

Parece que há um Moinho (?) que se dá mal com a aguagem dos hidrojactos ( é assim, não é?)...

MARÉS VIVAS

É sujo, mas é inocente....
A maior parte deste lixo, degrada-se muito rápidamente, e até ajuda; Que o digam as gaivotas à boleia dos madeiros e os peixes à sombra de outros, que não dos mesmos, pois arriscam-se no minimo, a levar uma bicadita.....
Havia muito disto. na água.... Mas inofensivo; Bem pior é a "agua lavada", que os municipios mandam constantemente para o rio. Mete nojo....
Reconheço melhorias.... Já lá não nada o Marcelo R.S. , por exemplo!

REGATA DO PONTÃO OITO

Muita corrente, durante a vazante de Sabado e de Domingo.
No Sábado, tivemos a regata do PONTÃO 8, da marina de Alcantara, que de alguma forma retirou a visivilidade e protagonismo à regata da Associação Naval de Lisboa ( ANL). Também era uma regatita que nem eles sabiam onde começava e ababava....Pelo nooso lado, demos a volta à boia 1 do Alfeite e voltámos à base, para comer uma deliciosa MASSADA DE CHERNE; Confirmaram-se os meus receios de manobras de secretaria: Barcoletas de motor ligado, se bem que devagarinho, segundo palavras do próprio ; Outras, com 4 ( quatro sim) velas; Um verdadeiro desaforo; Se já não bastasse andarem a regatear com 2 mastros.... É claro que assim, o mais comum dos mortais não tem a minima hipótese de chegar ao pódio.... Apesar de tudo, e mal grado as manobras pontuais desta malta do pontão, conseguimos acabar a regata, com a cerveja na reserva, é certo, e a horas de nos sentar-mos à mesa da FRAGATA AFONSO DE ALBUQUERQUE. Foi a segunda edição desta memorável prova, que esperamos para o ano seja ainda mais merecedora dos adjectivos ( poucos) que se gastaram no almoço.
O Domingo foi sem história; Menos vento ainda, e andar à vela sem sair do mesmo sitio; Ou então andar para trás.... E a comer sanduiches de atum, que são deliciosas....

NÃO SEI O NOME

É outro belo barco (eta); Todo em aluminio, o que no convés causa alguma surpresa; Deve ser, pelo que mostra, um naviozinho óptomo para navegar contra o vento; Não ´é dos alíseos, não....

LISBOA ESTE FIM DE SEMANA

Está em Liosboa , carregado de miudos É uma armação por demais conhecida, ca entre as nossas gentes.

sexta-feira, outubro 6

MAU TEMPO

Nem sempre o MAU tempo cai desbragado com vagas e vagalhões ( a maré está vazia) a partir tudo e todos; AUm grande numero de registos, aponta sempre para mar desencontrado, vaga larga e balanços terriveis, como a fotografia mostra; É muito antiga, é certo, mas informativa. Se se colocar o mar na horizontal, repare-se como está o navio; 45 graus, mais coisa menoas coisa. Os navios de desenho moderno, ficariam por lá; Dificilmente recuperavam .

terça-feira, outubro 3

ONDAS GIGANTES II

Proa danificada por uma das ONDAS GIGANTES; É uma avaria séria, talvez mais de alguma coisa que viesse na onda; Mas parece que foi arrancado, com abre latas, não é???

CORRER COM O TEMPO

Capacidade de manobra reduzida - regra 27 do Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar . Tem o mar por detrás, o que deve ajudar o cozinheiro a preparar a refeição.
Pela fotografia é força 8 garantida.

ONDAS GIGANTES

Crê-se que esta fotografia seja original e veraddeira; A sê-lo , trata-se de uma onda gigante ( às vezes chamadas freak waves) , a vir pela popa deste navio. Esta fotografia esteve muitos anos fechada, possivelmente para não sei o quê. O navio é da decada de 30, ou inicio da 40. Arrasavam tudo.

ONDE ESTÁ O WALLY''''

Esta rapaziadatoda olha para quê?? E para onde?? Aceito respostas, ao apartado....

MAR AMARGO

Pois o mar também sabe ser duro, e a factura normalmente é alta. Esta noite, perdeu-se um veleiro nas rochas de Leixões. Possivelmente, iria a entrar, a fugir ao tempo, e encalhou de encontro às rochas, lá ficando, e levando consigo os seus tripulantes. Não sei como as coisas se passaram, mas sei, que como sempre, as buscas não puderam ser realizadas devido ao estado do tempo; Ou ao facto de ser noite. Ou não haver meios; Ou a não.... Repito que não sei como as coisas se passaram e falo só por raiva; Da incapacidade que temos ( congénita) de lidar com estas situações; Desde 1975 que conheço o mar profissional e a brincar , e sempre, mas sempre, pedi a Deus, ou a quem estiver de serviço na ocasião, que, a acontecer-me alguma coisa, que fosse lá para cima, para os mares da civilização; Podia até ser mesmo aqui ao lado em Espanha, mas aqui não, que eu sempre soube que não havia ninguém ou nada que me pudesse valer. Iria com toda a certeza ser de noite, ou as condições de tempo não o iriam permitir, etc, etc.... a ladaínha de sempre. Não sei se foi o caso agora, mas foi mais um caso. Agora também ( e talvez) se perceba o porquê das empresas de rebocadores do porto de Lisboa terem sido TODAS comprados pelo Holandês ( não, não foi o flying Dutchman) . Os bombeiros não terão a preparação necessária para este tipo de incidentes.- de facto, só com MUITÍSSIMOS anos de mar é que se começa a compreender esse colosso - nem têm que a ter; Há sim quem tenha, por legislação essa incumbência; Se não podem, que aluguem, que subcontratem! Para mim quer-me parecer que no regime de voluntariado, portanto SEM CUSTOS, se deverá encontrar a solução; Como já houve, e estupidamente já não há. Um pequeno aparte, e um relato do que me contaram ser verídico: há já alguns anos, era eu Imediato do ECO GUADIANA, sob o comando do Cap. Campos, ( saudades) ouvi a seguinte historieta: -Recebeu-se uma chamada telefónica aqui em Lisboa na empresa que funcionava como AGENTE ( forwarding agent) , de um navio ao largo da nossa costa, a pedir transporte urgente para um tripulante com uma mão quase decepada; Os rapazes na empresa fizeram o que sabiam, e há que desencantar um helicóptero para o efeito. Contactada uma base aérea, quem atendeu não sabia onde estava o Oficial de Dia, e portanto não podia assumir a responsabilidade; Dada a insistência das várias chamadas que foram sendo feitas ao nosso homem da base , sabem a resposta dele à urgência?? E quem paga a gasosa do bicho??? O navio, esse, foi até Lagos, incrementou-se o turismo Algarvio em 1 baleeira e 6 homens ( um ferido, é certo), e a mão, ou foi colada ou arranjada no hospital lá de baixo, isto passadas umas boas 12 horas (pelo menos) após o incidente. Agora pensem.....

segunda-feira, outubro 2

ANTONIO COUTINHO

Três aspectos da vida de um navio de pesca; Na faina de pesca, com os quetes ajeitadinhos, fundeado à espera dos botes e a navegar; Reparem como os embornais deitam fora a agua embarcada.....Quer dizer que já tem bastante peixe, e que a água já anda pelo convés.
Em todos os navios desta época, a vivencia estva dividida pelos castelos: À proa a cozinha e o rancho, com beliches para a maioria dos pescadores. A ré, alguns pescadores, contra-mestre e os motoristas, capitão e imediato. Não embarcavam piloto. Esta ordem fazia com que a comida fosse confeccionada à proa e comida na câmara`a ré, depois de passar pelo convés. Em dias de temporal, e eram muitos, imagine-se como era.... Muita vezes, os empregado de camaras chegava todo sujo de comida, nas mãos, cara e peito, mas a jurar que a comida não tinha caído, e ele com ela, e nós sorríamos e comiamos sempre....

domingo, setembro 24

ALÔ TEJO

Aqui vamos nós, com a maré como tinha previsto, em bom andar e direitos a Alcantara....

ESPICHEL - A OUTRA FACE

É já o lado norte do cabo que aqui tenho; Os tiros já tinham acabado, e eu mal dado por eles! Daqui a pouco seriam as praias dos Mecos, Caparicas, o Cristo Rei de Costas, etc....

sábado, setembro 23

TC HELENE

Pé ante pé, mais um que saiu da calha para vir chatear o meio do atlantico, e quem lá anda. Traz muito vento associado, ainda.

CABO ESPICHEL

Já há algum tempo que o tinha no horizonte, e preparava-me para passar próximo dele, para entrar em Lisboa com a maré e alguma folga, por forma a não ter de andar “ `a carreira” para fazer as coisas da chegada. Por estas alturas começo a ouvir no VHF os avisos à navegação, que ao contrario do que muitos ainda pensam, talvez ajudados pela forma como são lidos e pouco divulgados , são importantíssimos para as gentes que fazem do mar a sua vida, ou o seu prazer. Depois de passar ao Ch 11, lá sou confrontado com o aviso de fogo real à volta do Cabo Espichel, requerendo-se para isso um resguardo apropriado ( 3,5 mi). Ora, não creio que o exercício de tiro tenha sido combinado depois do café da manhã, que a Armada ainda faz as coisas como deve ser ( algumas, claro, fogem a tudo). Nem que se tenha pensado que o cabo iria estar vazio à hora do almoço. Isto apesar de ser SEGUNDA FEIRA. Vindo eu de Sines, saído de Madrugada, creio que deveria ser afixado de forma bem visível - a chamar a atenção - os benditos avisos, o que permitiria fazer as pernadas de outra forma; Creio que não estão afixados, pelo menos de forma a serem facilmente consultados; Na ocasião cruzou-se ( alcançou-me, melhor dito) o GALP MARINE, a caminho de Lisboa para abastecer os paquetes, que referiu não haver no NAVTEXT informações sobre o tal exercício; De forma que solicitou uma moratória de 20 minutos, começando a guerra com este atraso.Também outras embarcações – recreio e pesca – fizeram o que eu fiz: navegar para fora, chegar às 4 mi e continuar por fora do circulo de resguardo. O que poderia ter sido feito e preparado atempadamente ,na devida ocasião, evitando o “ falatório” e atrasos na guerra, sempre tão incovenientes.

É DE OURO

quinta-feira, setembro 21

O REI SOL

Durante 4 dias, estive , só com o Afonso, sem mais preocupações do que cozinhar o " tacho" sem horas, com imagens como esta pela frente . Como diria o Veiguinha, " sem palavras". E eu acrescento : - Para quê ?