terça-feira, julho 18

A PERDA DO SANTA MARIA MADALENA

Vista Satélite (GOOGLE) da região de faringehavn, na posição de 63 graus Norte e 42 minutos, e 51 graus Oeste e 33 minutos, onde encalhou o Santa Maria Madalena.
Imagens do Santa Maria Madalena, encalhado, a ser auxiliado por um rebocador, mas que provaria ser inutil. Acabaria ali

SISTER SHIPS

O Inacio Cunha a navegar, aqui ao lado e mais em baixo o seu irmão gemeo, o Elisabeth, a entrar a barra. Sister Ship, que em Inglês são madamas.....
O Elizabeth, que acabou os seus dias em Ilhavo, tem o nome da esposa do Cmdt. Tenreiro; De facto, Pouca gente saberá que o nome da esposa do Cmdt. Tenreiro era Elizabeth, daí o nome do navio. A SNAB já depois da revolução mandou construir um arrastão de popa com o mesmo nome. Outros exemplos , que creio são verdade: O n/m "Vimeiro": Nome da povoação onde nasceu Salazar. O n/m "Sernache": Nome da povoação onde nasceu o Cardeal Cerejeira. O arrastão "Comandante Tenreiro" de 1950, como era por demais evidente, o seu nome foi imediatamente alterado para "Groênlandia", um pouco à guisa da PONTE. Como diria o ARRAIS: Podem mudar as coisas ou os nomes , mas a história não se apaga. Quer seja para o bem ou para o mau. Eu acrescento: Pois é!

segunda-feira, julho 17

ELIZABETH

Outro serviço que o GIL EANES prestava à frota - eram muitos, de facto - aqui a abastecer de combustivel, o navio, ancorado no pesqueiro.A olhar para a proa ( já bem metida), direi que não faltava muito para vir para Portugal.
Este navio incendiou-se na em Ilhavo ( Gafanha), acabando aí a sua longa vida de pescador.

ANTONIO COUTINHO

O ANTONIO COUTINHO, aqui a fazer serviço com o GIL EANES, onde se trocava o correio, e se abastecia alguns frescos , que as estadias nos pesqueiros eram grandes. O navio está fundeado, e o Gil Eanes deverá ter atracado a ele ( no alto mar, em dia excepcional). Tem o ferro na água e o balão içado.

sexta-feira, julho 14

S.RUY

O S. Rui , em fotos algo distanciadas; Como navio à linha e como de redes de emalhar; O Rucas era um navio extraordinário. O salão de Oficiais ( na rabada, ) era imponente; O latão polido era o metal mais visto, e como reluzia; As 5ª feiras deviam ser um tormento, com o cheiro.... O Rucas fazia parte de uma encomenda de 5 navios mandados construir pela Sociedade Geral de Transportes Marítimos, a "SG", em 1939. Dois deles, o "São Ruy" e o "Santa Maria Madalena" foram dispensados pela"SG" à Empresa de Pesca de Viana e transformados em navios para a pesca à linha. Eram da classe do "São Macário" e do "Mira Terra" . Depois do "José Alberto", lugre-motor adquirido na Dinamarca em 1935, foram os dois primeiros navios-motor, construidos em aço para a pesca do "fiel amigo". O "São "Ruy" foi estreado pelo Capt. Aquiles Gonçalves Bilelo, que se reformou no final da campanha de 1951, sendo substituido pelo seu filho Capt. José Pelicas Gonçalves Bilelo que o comandou até à campanha de 1962. Na campanhas de 1963 foi comandado pelo Capt. Joaquim da Graça Agualuza (Capt. Quim da Graça) e em 1964 pelo Capt. Francisco Marques. Depois de 1964 foi comandado pelo Capt. José Soares ( mais conhecido entre os amigos e companheiros pelo Zé Formiga). Sucedeu-lhe o Capt. Óscar Fernandes, filho do Capt. Manuel José Fernandes .Na primeira viagem do navio a pescar com redes de emalhar ,embarcou o Capt. Óscar. Passou para o Cap. Paroleiro, e a partir daí, pouco sei. Convidado para comer bastantes vezes, impressionava-me sempre com o seu salão; O comer já não recordo, mas o peixe era fresco.....

OS QUATRO JULIAS

Fotografia histórica , com os 4 Julias atracados na Figueira da Foz. Julia 1 a Julia 4; Inicialmente pertença da firma Mariano & Irmãos e depois da Atlântica Companhia Portuguesa de Pesca, onde debutei nestas lides.

O DOM DENIS OU O D. DENIZ

Conta-se que este veleiro saía para as campanhas ora com um Z no final do nome, ora com um S, dependendo do estado do pintor o seu nome. Deve ter causado alguns embaraços.... É um veleiro lindíssimo

quinta-feira, julho 13

MATCH RACING

Na sua versão mais musculada, pois então....

D. SEBASTIÃO

Será que ????? Às tantas, ainda o temos por aí.....

100 ANOS ANTES

FÓQUINPLÊNTINAISSE, diria o João Alberto. Eu, fico sem palavras

FORÇA, FORÇA, FORÇA

Acabei de " surrapiar" esta fotografia neste site que está indicado; Não devo ir preso, mas tive de o fazer, pela força que esta fotografia me transmite, - poderoso o navio bem mareado, com ( presumo eu ) todo o pano. Espetacular. É pena não se ver o resto....

AI VEM O RESTO.....

Digam lá se o resto não está bem composto???? ~ Só falta dizer que são espanhóis....

O BIGODE

Por apara este.

segunda-feira, julho 10

O TACHO

O Asterix acaba sempre as suas estórias com um banquete; Pois nós , fazemos um intervalo a meio para A TACHADA , e aqui estão os personagens desta semana; A Isabel, insigne cozinheira de favas e carnes com chouriços, promovida a patroa de finger; O Zé Cunha Lima, a modéstia mete-o atrás do Afonso, que estava na sua 6 dose faval..... O D. Outão estava em amena cavaqueira video conferenciada, em pêlo ( da cintura arriba, note-se), a explicar que não aguentava a gravata, com aquele calor.... O Xana estava como sempre.... A comer e a comer e a comer! O tinto foi Dão qualquer coisa. algumas garrafas !

MUJE

Segundo parece, este " restaurante " que estava atracado na parte Norte da Doca do Espanhol, faliu; O Porto de Lisboa precisou de movimentar o dito, e, sem água vai ou água vem, agarra nele e reboca-o para o lado sul; Esta manobra foi feita na maré cheia; Vai de passar cabos e amarrar o " restaurante ", bem ammarado, não fosse o muge " mugir " pelas praias e barras do nosso pais; Pois tão bem amarrado ficou que só parou no fundo da doca, a alguns metros de profundidade; Ontem, para meu espanto, já estava ao sol, novamente.

CORTE E COSTURA

A tripulação deste paquete não será NUNCA uma tripulação normal; Tirando um ou outro marinheiro mais velhote, ( e que deverá rondar os 7o anitos) não haverá na marinha nacional gente para tripular uma coisa destas; coser velas, preparar os cabos com costuras, etc..... Isso não se compra já feito?? deveria ser a pergunta mais comum; Eu sou um má lingua....
Auto-virantes, e só tem uma vela grande.

CLUB MED

ao sair da Doca de Alcantara, deparou-se-me este quadro; O barquito da frente, - lanchão - deverá ter 30 ou mais metros; É bonito, e grande; O de trás, um veleiro estranho, ( já conhecido) mas também muito bonito; Creio que se trata do antigo CLUB MED ; Gostava de ver o casco por baixo..... os UNDERWARES dele.....

quarta-feira, julho 5

CAPITÃO JOÃO MATIAS

Faleceu na quinta-feira passada o Capitão João Fernandes Matias, com 80 anos de idade. Foi comandante do navio "Gazela" de 1952 a 1957 , do navio "Creoula" de 1958 a 1969 e comandante do "Neptuno" de 1970 a 1973 . Seguidamente embarcou nos navios da " Econave ", de onde se reformou. Ainda tive o prazer da sua companhia, nos muitos e muitos passeios a pé que davamos , sempre que nos encontravamos nos portos de escala; Foram poucas vezes, para mim.
Ao Manel, companheiro do Liceu de Aveiro, das viagens na PONGA do Charlim e de outras loucuras , os pêsames de todos nós .
Também sentimos a perda.

O LUGRE ARGUS

Como era, nos tempos de pescador, e como é na actualidade, como navio de cruzeiros à vela. Lugre com motor, em aço, ( ou em ferro, nos dizeres da altura) construído na Holanda em 1939 para a Parceria Geral de Pescarias, Lda, em Lisboa; Fez a ultima viagem em 1970. Em 1950, Alan Villiers escreve a bordo o “ The Quest of the Schooner Argus ”, que daria origem a um artigo para a National Geographic Magazine em 1952,Maio, com o titulo “I Sailed With The Portuguese Brave Captains “. Claro que sei da “ encomenda “, mas em boa hora se fez, pois assim deu-se a conhecer ao mundo a pesca do bacalhau, e a forma como esta era feita, com os dóris de um só homem.

INACIO CUNHA COM NAUFRAGOS

O " Inácio Cunha" na entrada em Leixões no final da campanha de 1950 com os naufragos do "COVA DA IRIA" era seu Comandante o Cap. João dos Santos Labrincha e do navio naufragado o Cap. Carlos Fernandes Parracho . Todos os espaços do navio deviam estar sobrelotados, com mais sessenta e tal homens a bordo.

terça-feira, julho 4

O ACORDAR

É sempre assim, lá a bordo; Cozinheiro de serviço aos tachos, tudo posto em cima da mesa, mas há sempre um mas.... Faltam a toalha, falta o guardanapo, falta o sumo ou não é do que eu queria.... Depois dá isto.... Que bela manhã....

segunda-feira, julho 3

O MONSTRO

O nosso almoço a chegar; Era muito grande para lula; deu para os 3, bem estufada.

Ainda se apanhou 2 parguinhos e um outro que não sei o que era.... Mas estava-se a viver uma época extraordinaria, e por isso , foram de novo para o mar, bem vivos, mas com alguns dentes avariados.

O OUTRO DIA

A manhã, estremunhada com a hora, mostrava a carinha do mal dormido; No BLUE MOON, por outro lado, já nos afadigávamos a consertar a bomba da "casinha" , que tinha dado o badagaio no dia anterior, e embora todos andassem inchados, desde que ninguém se baixasse, tudo estava bem. E esteve.
Bomba reparada, deu - se inicio às hostilidades; Eu fui `a pesca!

O FIM DA FESTA

Para nós foi; Para os foliões do costume, foi o começo; O Sol já brincava com Cascais; Fomos comer assim. Mas consolados, e como a imagem atesta, sem gás nenhum.... completamente esvaziados, flats,

ENGALANADOS

Como a festa era nossa, vestimos o BLUE MOON com a roupa que tinhamos..... Uma bandeiras do CONTINENTE a 1 dólar 4; Procuramos soutians e não havia a bordo, felizmente!

ATÉ OS COMEMOS

As imagens relatam o momento exacto em que a tripulação do BLUE MOON desembarcou para dar a boa nova aos veraneantes das praias de Cascais; Tinhamos derrotado - o Ricardo tinha - os bifes.

quinta-feira, junho 29

FERIADO

É É claro que apanhar uns largos no mar também não era mau; E trabalhar também não o é! Digo eu.

DIA DE S. PEDRO EM SINTRA

Pois hoje é feriado cá em Sintra-On-Sea; A fotografia espelha o meu desejo; Água tranquilas, as batatinhas porqueiras ao lume, e um longo dia de NADA pela frente..... Mas estou a trabalhar......

quarta-feira, junho 28

O DOM DENIZ

Duas imagens extraordinarias , do acervo do Cmdt. Joao David; Numa o navio prepara-se para largar e ainda tem um bote na água; Ou então acabou de chegar já tem um bote na água; Tem os dois ferros ao lume de água , tem a giba e a bujarrona nos respectivos estais; Na outra imagem, podemos ver como um aparelho simples como este pode ser tão terrivelmente eficaz;O navio está carregado. e enverga o pano do tempo; Boa viagem, diria eu..

Acabou os seus dias de pescador, num incendio nos bancos da Terra Nova - Virgin Rocks, em 1966

domingo, junho 25

THE WOWONA SCHONNER

Escuna Americana, transformada do transporte de madeira para a pesca do bacalhau; 413 tons de arqueação , faziam dela a maior do seu tempo (??). Na outra imagem, o que nos é familiar; Pescadores, bacalhau e uns botes, estes algo diferentes.

1948 - A PESCA DO BACALHAU LÁ POR FORA

É por estas alturas ( 1948, se não estou em erro) que os Norte Americanos e Canadianos, também grande consumidores de salgado - bacalhau, salmão, e outros) renovam a sua forma de pescar; Num artigo da epoca, referia-se que os motores fora de borda, os guarda-patrão em lona, montados na proa do dóris, eram uma forte aposta na melhoria das condições, em substituição dos remos e vela que os antecederam; Quanto á pesca em si, repare-se que o mesmo artigo referia:
"Cod fishing was arduous and risky work in the rough North Pacific seas. Cod, weighing up to 10 pounds, were caught on baited lines and hauled by hand aboard small dories, which operated from schooners anchored along the coast or above relatively shallow banks amid deeper seas. Dory fishermen, many of them veterans of the Grand Banks of the North Atlantic, typically launched their boats at 4:30 a.m. and completed two shifts of fishing by 6:30 p.m., when they returned to the schooner for the night."
...W A pesca do bacalhau era dura e cheia de riscos, nas aguas revoltas do Pacifico Norte. O Bacalhau, chegando a pesar 5 kgs cada, era alado à mão pelos homens, a bordo dos pequenos doris......."
Digam lá se não é o relato de um pescador português? também???
Acabámos mais tarde, é certo, mas se hoje nos afastamos a passos largos da média europeia, naqueles tempos......