Aconteceu ontem : Naufragou uma embarcação de pesca ao largo da Nazaré. Perderam-se seis homens, seis pescadores marinheiros.
Tenho ouvido as noticias com o cuidado que lhes é exigido; Seis homens morreram JUNTO – a 50 metros, dizem – a uma praia da Nazaré. Parece que os populares viram a tragédia, como se de um folhetim da TV se tratasse; Foram morrendo, um a um, até que as AUTORIDADES COM COMPETENCIA se resolvessem, como disse a minha mãe em frente da televisão também ela. E também desde há muito habituada ao luto do mar.
Salvou-se um, emigrante, se calhar marinheiro de circunstancia, mas foi mais forte que os outros e de que a morte.
Tenho ainda presente, muito novo e funcionario da ECONAVE, o acompanhamento que se estava a dar a um pedido de socorro de um navio com um trupulante com uma mão decepada, a perder muito sangue e sem outros meios que os do “ medical Chest”.
A resposta a este pedido, via Lisboa Rádio ao que julgo , veio atraves do telefone de uma base aérea: O oficial de dia não se encontra. Foi algo no género, mas que me deixou impressionado; Tão impressonado que sempre pedi a Deus, que se tivesse de me acontecer algo, que fosse lá mais para o Norte, onde não havia oficiais de dia de folga, e as despesas estariam com toda a certeza já orçamentadas, e não transformadas em borregos.
Já lá vão perto de 30 anos. E não se aprendeu nada.