quarta-feira, dezembro 12
CAPE DISPATCH 13THDEC12
Estivemos juntos em Algeciras....
É bom ver-se terra, quando se vem do mar. Percebê-la e finalmente tê-la. É quase um acto de posse, a
aterragem
45 nós de vento. Veja-se o ferro deste.
Vindo de 10 diazitos de mau tempo, ou pelo menos tempo menos bom, a ter de ouvir a RADIO NACIONAL DE ESPANHA para tentar saber as noticias do canto luso. Ainda não me conformo, como diria a minha avozinha. Não me conformo, não senhor.
E também não me canso de tentar perceber como é que se chega a este estado de inacção, quase coma , que a nossa gente apresenta.
2 dias à espera de poder atracar. precisava de 35 nós para a manobra. MSC SINFÓNIA, em linguarejar de cá.
Mas à frente, que a vida não vai parar. E se todas as estradas vão dar a Roma, alguma há-de passar pela lucidez.
Mas que se registe ´: Ouve-se a radio espanhola, para as parcas noticias que entendem que merecemos.
Entretanto, vou fazendo croché ( é assim que se escreve?), enquanto espero pelo noticiário em espanhol, e vou vendo os infelizes, imbecis que ainda têm marinha; Doidos, serviços, lotarias e afins é que está a dar: No nosso caso, para o torto.
terça-feira, outubro 23
SORLANDET
É um full rigged ship, de três mastros. Clipper também para os anglo-saxónicos. Nós somos mais elitistas, e às tantas sulistas.Chamamos-lhe Galera, e que tem a vestimenta como se mostra abaixo.
Os dados sobre o Sorlandet, que é uma das regiões meridionais da Noruega ( se é que as há), estão neste link.
Está fretado a uma fundação canadiana, e por isso mostrava a bandeira de registo, tendo ainda envergada ao lado a bandeira do Canadá.
COSTA CONCORDIA TITANIQUIZADO
O Capitão Schettino está em
tribunal, já culpado e ainda não acusado, da perda de 32 vidas e, igualmente,
da perda do seu navio. Isto , para além da destruição do ambiente marinho,
porventura o mais caro às noticias.
O Capt. Schettino, como todos os
capitães, tem um conjunto de oficiais em quem delega responsabilidades, nas
respectivas funções. Esses oficiais, ao contrario do que se possa pensar, não são escolha do Capitão, antes impostos
por conceitos economicistas difíceis de entender.
Modernamente, nem o armador sabe
quem tem a trabalhar para si.
Hoje em dia, é vulgar verem-se
perfeitos lavradores, titulados pelos mais variadíssimos certificados,
embarcados e embasbacados, a desempenharem
as mais variadas funções de forma normalmente pouco ou nada eficaz.
Provêm normalmente de países sem contacto com
o mar, ou então com muito pouca tradição marítima.
Pelo contrario, em países ribeirinhos,
tradicionalmente marinheiros, são desincentivadas todas as profissões ligadas
ao mar, com a excepção, como tenho referido, da versão lusa da arte de vender BOLAS DE
BERLIM, ao sol de verão.
Talvez seja esta, uma das
principais razões da subida do numero de acidentes, e igualmente do incremento
da gravidade dos mesmos. Tem-me sido referido por observadores mais atentos, que apesar do
menor numero de navios que sulcam os mares, da maior panóplia de novas
tecnologias, e de uma suposta melhor ( ??) formação de todos os intervenientes,
os acidentes acontecem com demasiada frequência.
Provavelmente o COSTA CONCORDIA
será um dos casos.
Construído para albergar 5 000
almas, deveria ser um dos expoentes da nova construção naval.
Parece que não o foi. Com uma
rasgo “ à la Titanic”, demorou pouco mais
de uma hora a ficar com está, e, não fora o facto dos fundos serem baixos, teríamos
porventura algo de diferente , para muito pior, como tema de conversa.
A industria do turismo embarcado
movimenta muito mais dinheiro do que o que está agarrado à simples venda dos
bilhetes.
Talvez por isso se fale tão pouco
deste caso, e haja tantas desculpas para explicar o inexplicável. Por isso
também deixo cair o caso, mas nada satisfeito.
Registo contudo, que o Capt. Envolvido,
fruto talvez do seu desvairo,(?) não deverá ser ilibado, mas se o
condecorassem, não viria grande mal ao mundo.
A INDUSTRIA assiste a este
desenrolar impávida e sereníssima. As administrações, igualmente, ao confiar
cegamente em nomes.
quarta-feira, outubro 17
PORTUGAL DE HOJE 2ª PARTE
A memoria politica
dos homens dura menos de quatro anos. Muito menos. E isso faz com que, os
bandidos de hoje, corruptos políticos à beira da prisão ( só à beira) apareçam
como heróis pouco tempo depois.
Não me refiro a
ninguém em particular, descanse. Sei que deverá haver por aí políticos e gente
que se dedica a isso - o que quer que isso seja – honestos e dedicados. Não me
recordo de nenhum, mas devo ser eu que ando esquecido.
Vem isto a propósito de
um artigo , da autoria de Maria do Céu Lopes, publicado no jornal da minha
terra, O ILHAVENSE, onde refere algumas frases actualíssimas, proferidas pelo
Dr Mario Soares, em datas não muito distante. Creio que a Srª Dª Maria do Céu
Lopes não se zangará comigo por esta minha má acção.
- Os problemas económicos em Portugal são fáceis
de explicar e a única coisa a fazer é apertar o cinto. – Diário de
Noticias, 27de Maio de 1984
- Quem vê, do estrangeiro, este esforço e a coragem com que estamos a
aplicar as medidas impopulares aprecia e louva o esforço feito por este governo.
– Jornal de Noticias, 28 de Abril de 1984
- Quando nos reunimos com os macroeconomistas, todos reconhecem com
gradações subtis ou simples nuances que a politica que está a ser seguida é a necessária
para Portugal. - – Jornal
de Noticias, 28 de Abril de 1984
- Fomos obrigados a fazer, sem contemplações, o diagnóstico dos nossos
males colectivos e a indicar a terapêutica possível. – RTP 1 de Junho de
1984
- A terapêutica de choque não é diferente, aliás, da que estão a
aplicar outros países da Europa bem mais ricos do que nós. - RTP 1 de Junho
de 1984
- Desemprego e salários em atraso, isso é uma questão das empresas não
do estado…. Isso é uma questão que faz çparte do livre jogo das empresas e dos
trabalhadores….. O estado só deve garantir o subsidio de desemprego. - – Jornal de Noticias, 28 de
Abril de 1984
- Pedi que com imaginação e capacidade criadora, o Ministério fdas
Finanças criasse um novo tipo de receitas, daí surgirem estes novos impostos.
– 1ª Página, 6 de Dezembro de 1983
- A imprensa portuguesa ainda não se habitou suficientemente à
democracia e é completamente irresponsável. Ela dá uma imagem completamente
falsa .- Der Spigel, 21 de Abril de
1984
Com o povinho que
Deus lhes deus, fazem tudo e de tudo.
Abençoados
PORTUGAL DE HOJE 1ª PARTE
O sistema judiciário português arranja-se ; A sua espinha dorsal
é o nacional porreirismo.
O resto são miragens.
quinta-feira, outubro 11
1ª REPUBLICA
Sem grandes delongas, a contenção das despesas publicas passam só pelos despedimentos -
Até agora, a coisa foi mascarada com as saídas para a reforma, onde mudavam a conta e coisa desaparecia momentaneamente.
Mas agora é mais à séria. e há mesmo que poupar. Globalmente. O sr Deputado Zorrinho, já nos deu a receita. Trocam-se os BMW´s pelos AUDIS e a coisa vai.
Claro despedem-se as pessoas que sempre fizeram falta, e que à conta dos seus empfregos construíram sonhos e castelos.
Deixar de comprar os carros, esquecer as mordomias, mesmo por pouco tempo que seja, é que NÃO!
Não podemos andar de CLIO.
Muito bem senhores Deputados.
Eu, português , digo-vos: FUCK YOU VERY MUCH.
E tenho vergonha por vós.E de vós.
segunda-feira, outubro 8
Dª LUISA, AINDA
A Dª Luisa, ao afrontar um sr.deputado, referiu que nos seus olhos viu desprezo e arrogancia.
Próprio de quem não ousa misturas, dizemos.
Não define a classe, mas para evitar situações menos claras no futuro, deviamos passar a lidar mais com os senhores (as) , fazer com que sejam eles o garante e não os partidos, abstratos e impessoais.
É facil, o mundo sabe como se faz.....
Creio ser a ocasião esta, onde haverá pouco que fazer. No fundo, no fundo, é só contar o dinheiro dos outros.
Nós, os marinheiros, temos a vista do mundo por estes vidros, retratados acima.
Mas sabemos ver.
sábado, outubro 6
Dª LUISA TRINDADE, A PORTUGUESA
O desencanto é como a absorção,
mas ao contrário. É desengano, atirado de chofre à cara. Ficamos aturdidos, sem
reacção é à espera de algum santo milagreiro ou poção mágica que nos restitua o
ar.E o orgulho.
Orgulho que vamos procurar na rua,
entre iguais, também desenganados deste mundo de faz de conta. Faz de conta que
temos e faz de conta que não precisamos.
Temos o melhor povo do mundo,
dizem-nos. Não nos explicam é que é pelas piores razões que temos o melhor povo
do mundo.
Se eu ganhar, vamos ter mais
feriados. Lógica Socrática, que dar o que não é nosso, não é fazer de conta. É
destruir de facto.
Erro colossal, também se apregoa
da última governação , como se não houvesse passado.
Pois o melhor povo do mundo, com
quem eu orgulhosamente me misturo, prepara-se, e já não espera por um D. Sebastião
nevoeirento, falho de pontualidade. Prepara-se.
A D. Luísa Trindade foi a voz dos
Portugueses, ao gritar que não é a bandeira que está ao contrario. São eles,
que estão de pernas para ar, à espera que os portugueses os endireitem.
Também de quem já queimou, pisou,
e fez milhentas tropelias à bandeira, virá-la de cangalhas até que foi bom…..
Desenganem-se os Costas, Cavacos, Soares, Sampaios ,
Guterres e companhia limitada. Não vão voltar a falar por nós. Não vão poder
prometer o que lhes não pertence, oferecer a alguns o que é de todos.
E quando pensarem que já viram de tudo, então desencantem-se e desenganem-se. Nós estamos a chegar.
sexta-feira, outubro 5
SERÁ AGORA ?
Em 2011
da imprensa
O Bureau Veritas vai classificar dois navios asfalteiros a serem construídos nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC). Estes navios serão os maiores do mundo, no que diz respeito ao transporte de asfalto.
As suas características principais, 188 metros de comprimento, 27000 toneladas de porte bruto e calado de 9,5 metros diferenciam estes dois navios asfalteiros, cuja construção terá início em Outubro deste ano nos ENVC. Este projecto pioneiro encontra-se em fase de aprovação e após a sua conclusão, prevista para 2014, estes navios tornar-se-ão os maiores do mundo, ultrapassando a barreira das 8000 toneladas de porte bruto dos navios de transporte de asfalto actualmente existentes.
O contrato celebrado entre o Bureau Veritas e os ENVC prevê, por parte do Bureau Veritas, a classificação e certificação estatuária dos navios e, por inerência, a certificação dos materiais e equipamentos empregues. Para a adjudicação deste contrato foi “determinante a qualidade e experiência do Bureau Veritas, e o facto de este dominar o mercado no que diz respeito às novas construções”, acrescenta Miguel Morgado, Chefe do Departamento de Novas Construções. Ainda antes de ser assinado o contrato, o Bureau Veritas prontificou-se a prestar todo o apoio técnico necessário, dando a conhecer aos ENVC as suas ferramentas e métodos de trabalho.
Este contrato surge no decorrer de um acordo celebrado pelo Governo Venezuelano, para a construção de dois navios asfalteiros para a PDVSA Naval, num contrato da ordem dos 130 milhões de euros. A construção dos dois navios assegura 45 meses de trabalho aos ENVC, sendo que o primeiro navio será entregue à PDVSA Naval daqui a 36 meses e o segundo daqui a 45 meses. O contrato celebrado entre o Bureau Veritas e os ENVC representa uma facturação de 1,5 milhões de euros, terminando em 2014.
Quando as dimensões e complexidade de um navio representam um desafio significativo, apenas sociedades classificadoras como o Bureau Veritas possuem a competência técnica e a experiência necessárias para proceder à sua aprovação e inspecção, independentemente do seu local de construção, recorrendo a uma rede internacional de escritórios extensa e reconhecida.
De hoje, Outubro 2012
Estaleiros de Viana vão trabalhar em pleno até 2014
Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) vão trabalhar em pleno até 2014 em resultado do novo acordo para a construção de dois asfalteiros para a Venezuela e pela conclusão de um patrulha para a Marinha.
Este acordo permitiu retirar os estaleiros da situação de incumprimento contratual em que se encontravam há vários meses - que colocavam a PDVSA em condições de denunciar o acordo -, possibilitando o início da construção.
«Com esta carteira, os ENVC empregam o pleno do seu actual quadro de pessoal, o que é motivo de grande satisfação para a administração», acrescentou a fonte.
A empresa já recebeu da Venezuela, até Junho de 2011, cerca de 10 por cento do valor do negócio, correspondente a 12,89 milhões de euros, verba utilizada noutras obrigações "que não as do contrato".
O novo acordo com a Venezuela, sublinha a administração dos estaleiros, representa ainda um «dado decisivo para o futuro e para o processo de reprivatização da empresa» por «acrescentar um volume significativo à carteira de encomendas em curso» e de «diversas reparações já contratadas».
Além da construção destes dois navios asfalteiros, cuja entrega, precisou a administração, está prevista para Março e Novembro de2014, acarteira de encomendas contempla também a retoma da conclusão do navio-patrulha NRP Figueira da Foz e os acertos finais no primeiro destes navios para a Marinha, o NRP Viana do Castelo.
Com o aditamento ao acordo com a Venezuela agora assegurado, o negócio permanece na carteira de encomendas dos ENVC, estando o retomar da construção dependente da aquisição de material, sujeita às regras da contratação pública que vinculam a empresa, e também do processo de reprivatização em curso.
Esta é já a segunda revisão ao contrato, depois das alterações dos prazos de entrega negociadas no início deste ano, pelo que o processo já leva mais de um ano de atraso face ao primeiro acordo, celebrado em 2010.
Em causa estão dois navios com 188 metros de comprimento para transporte de asfalto.
Diário Digital com Lusa
Agora meu: Estamos LIXADOS!!!!!
quinta-feira, setembro 20
O MUNDO EM NOTICIAS ( O MEU MUNDO, CLARO ESTÁ)
Lembrei-me deste titulo, porque , muito miudo, via na tela do " Cine Teatro de
Ilhavo" (A Grande), antes do filme começar, a rubrica " assim vai o mundo", que
era a coisa que para eu mais me lixava; queria era ver o Tarzan, o Zorro, ou
até o fim do mundo em cuecas, mas por favor, tirassemaquela porra dali.
Impaciencia dos anos , poucos.
E tem a
ver com o facto de eu ter estado a ver o BENFIQUINHA na net. Como todos podem ver: www.p2p4u.net.
A diferença é que tive de comprar o bilhete para
ver; isto é, tive de pagar para ver; Mas explicando:
Da imagem transparece o local onde estou. A dois
passos de Portugal, dirão ustedes. Assim é, mas esses dois passos, são dois
passos a mais que me não deixam ver quer a televisão, quer ouvir a radio
portuguesa.
Não é inócua esta minha observação: aliás, mais
incisiva não poderá ser, visto tratar de um dos maiores atentados à lingua
portuguesa ultimamente perpetrados.
Ora uns caramelos da RDP,
(RTP), com medo de, com os custos da transmissão dos programas EM LINGUA PORTUESA em onda curta, destinados
SÓ para os portugueses e PALOPS , lhes retirasse um qualquer subsidio (
logicamente escondido da maioria dos portugueses, que é assim que eles vivem,
nunca esqueçam), embarcam na peregrina ideia de fechar as ditas transmissões em
"onda curta"; Aqui um parentises só para recordar as palavras de um
colega meu (??????) sindicalista ( não cabem as interrogações) que afirmava de
boca cheia não se justificarem tais transmissões, pois não havia marinheiros em
Portugal , ( ou coisa parecida). Este pixote, que não pode ter outro nome,
há-de estar na primeira linha dos opositores ao Novo Acordo Ortografico ( voz
do dono, claro). Claro que nem
O Jornalista que lhe fez a pergunta, tao
pouco o sindicalista ( pixote), sabem do que estou a falar. É o NOSSO MAL.
Esta historia começa com uma
mentira ao zé povinho, que por ignorância ou desmazelo, deixa escapar estas coisas:
o senhor lá da fundação, Instituto, ou o
caraças por nós régiamente pago, anunciou a paragem provisoria da emissões. Não
acrescentou que a O.I.T, com as frequências paradas, atribui-as de imediato a outros
países: Isto é, os Moçambicanos que nos ouviam nos 27 MZ, sempre de rádio na
mão, hoje vêm telenovelas brasileiras, ajudando ao Novo Acordo Ortográfico.
Igualmente deste lado do mar Atlântico, os angolanos, cabo verdeanos, são
tomenses, e sei lá, toda a diáspora de Portugal, Angola, Cabo Verde, S.Tomé e
Moçambique, ficam impossibilitados de ouvir falar português, deixando que o
brasileiro vá substituindo paulatinamente o nosso falar ancestral. É por isso
que digo que se tratou do maior atentado à língua de Camões:
-Privarem milhares de ouvintes
de saber as noticias do ser cantinho amado. Privarem esses milhares de ouvir os
relatos de futebol, eles, que sabem mais sobre benficas e futebóis que nós
alguma vez saberemos. Pura paixão a deles.
Para justificar um tal subsidio escondido dos
portugueses. É o Portugal no seu melhor, que é, aliás, o que tem sido há já muitos
anos.
Os meus cumprimentos, ao sindicato e sindicalista
envolvido. Brilhante
sexta-feira, agosto 24
O MAR, À FLOR DA PELE
Ainda não tinha acabado de ler o DN com um artigo
em que o tema é o mar, com diversas personalidades a dar a sua opinião, e já estava aos gritos! Resta-me a duvida de saber
que não será a sua opinião, mas de outrem, talvez " comprada" num
outro jornal ou revista. Mas enfim, coisas da santa ignorância. Mas alivia-me
um pouco.
Depois de ler alguém que se diz comunicador fico nem eu sei bem como. Não fico bem : Comigo, e não
fico bem com o nosso Portugal de hoje.
Ora bem, este senhor refere às tantas que
adoraria ser " embarcadiço", porque, sentado nas praias de Key West (
para quem não sabe e não tem os privilégios deste senhor, é na Florida, na
parte mais ao Sul) imaginava-se a dar a volta ao mundo. Paquetes , note-se. E
imaginava-se embarcadiço.
Comunicador, diz que é. Mas que é ser comunicador?
Somos 10 milhões de comunicadores?? Comunicador não é nada, pois não, Mas
embarcadiço, muito pelo contrario é. O termo, em tempos pejorativo, indicava as
pessoas que normalmente eram " caçadas " e forçadas a embarcar nas
caravelas, ou então , por disposição legal , forçadas a embarcar. Hoje está em
desuso, felizmente.
Mas há o marinheiro, que é o embarcadiço que
gosta do mar. Não o mar visto de terra, ( mesmo nas Keys), mas do mar salgado e
rude, diário de contradições. E esses marinheiros, ao contrário dos
Comunicadores, são mais que marinheiros: São Médicos, Enfermeiros, Capitães,
Cozinheiros, Engenheiros, e uma infinidade de outras coisas. Mas estas
profissões, quando embarcadas, dão lugar a uma outra mais abrangente, que é a
de marinheiro.
Comunicador, além de não ser nada ( ou mais
exactamente 1/ 10.000.000 ) ,também não é mais nada.
Prezo-lhe contudo a pachorra de esparramar estas
coisas em papel. Valha-nos isso, para se poderem contar as espingardas.
No oposto, com uma sobriedade de espantar os tais
10.000.000, temos o Zé Cid, homem do norte, de famílias tradicionais, mas com o
bom senso da região: O NOSSO FUTURO, É A TRADIÇÃO. E prontos, está tudo dito.
Nunca pensei chegar aqui, onde estou, com os meus
58 anos, e ter de ouvir esta gentinha, a falar do que não sabe. E ter de
sustentar uma cáfila que lhes dá cobertura e visibilidade. Fónix.
É mais fácil de entender a forma como chegámos ao
estado miserável onde nos encontramos, de ter transformado uma país gordo num
quase cadáver alimentado a soro.
O MAR, senhores, é sério de mais para ser a
vista, o conforto, enfim, um mês por ano.
O engraçado nisto tudo, é que
se perguntarem aos mesmos indivíduos que respondem neste artigo, algumas
profissões de mar, vão, com toda a certeza, ser unânimes: NADADOR SALVADOR, ou
VENDEDOR DE BOLAS DE BERLIM.
quarta-feira, agosto 22
terça-feira, julho 24
SEMAKAU
Ao ouvir este palavrão apetece-me logo dizer: ÉS TU!!!!
Cada um tem o que merece. Os navios são senhoras, mas às vezes com nomes de homens....
Bateu no fundo, ao passa pelo canal de Suez. Sem danos, ou registos de poluição. Reflutuou by herself, e cá esteve em Cape Town, com a trouxa .
320 metros para 6 478 contentores ( 20 pézes)
Aqui por cima. reparem na nuvem baixa que sobrevoa parte da cidade. Não conheço outra terra onde as ,assas de ar estejam tão diferenciadas. Por vezes, temos 3 estratos diferentes.
segunda-feira, julho 23
Fotografia: Cape Town 2012
Lembram-se da estoria em que um turista,ao passar por uma localidade longínqua (?) deste nosso Portugal, indaga a 2 residentes ( reformados pois claro!) sobre como se dirigir a uma outra localidade?? Fá~lo primeiro em francês, depois em inglês e alemão, e por fim em espanhol sem que obtenha outro resultado que não seja dois abanares de cabeça.
Comentavam após o encontro:
- Acho que devíamos aprender línguas, carago!
- Prâ que, retorquia o outro... Vê bem as línguas que o gajo falava e para o que é que lhe valeu.....
Em marinha, diz-se que a velocidade de um comboio ( de navios, claro) é necessariamente a velocidade do navio menos veloz - ou mais lento.
Assim vamos nós.
Lembram-se da estoria em que um turista,ao passar por uma localidade longínqua (?) deste nosso Portugal, indaga a 2 residentes ( reformados pois claro!) sobre como se dirigir a uma outra localidade?? Fá~lo primeiro em francês, depois em inglês e alemão, e por fim em espanhol sem que obtenha outro resultado que não seja dois abanares de cabeça.
Comentavam após o encontro:
- Acho que devíamos aprender línguas, carago!
- Prâ que, retorquia o outro... Vê bem as línguas que o gajo falava e para o que é que lhe valeu.....
Em marinha, diz-se que a velocidade de um comboio ( de navios, claro) é necessariamente a velocidade do navio menos veloz - ou mais lento.
Assim vamos nós.
quinta-feira, julho 19
VALHA-NOS NOSSA SENHORA DOS AFLITOS
Os portugueses, que todos os vidas validam as atrocidades que tantos e tantos anos de desgoverno, despesismo e desmemorização, olham para o umbigo e pensam, com toda a certeza, que povo igual não haverá. Pelo menos deste lado do mundo.
E não há!
quarta-feira, julho 18
A ENTRADA DA BARRA DE CAPE TOWN
Em boa verdade, não existe barra em Cape Town, Antes uns esporões que servem para conter ( mal) a ondulação por vezes forte. Mas, basicamente e felizmente, funciona.
O cais da entrada da barra. Sentia-me como o policia do porto. Ninguém saía, ou entrava sem eu dar por isso. Por vezes era engraçado ver os gigantones do mar, passar a um metro de mim. Questão de dimensões..
A serra, essa, é uma constante na vida das gentes de cá.
O ROMANTISMO E O MAR
1. - Onde está o mar? É assim que nos sentimos, " abanados" sem motivo à vista.
2.- Contratos de embarque de 2 anos.
3.- São alvo de todo o tipo de sevicias a bordo. Meninos ainda.
Estranhamento, ( ou se calhar não), e apesar do enorme conjunto de códigos aprovados , há hoje Mais e mais sérios acidentes do que na decada de 70, que é quando eu comecei a navegar. Também apesar de haver BASTANTE MENOS navios no mar, e haver uma sensação de segurança, que afinal não o é.
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