terça-feira, outubro 23

COSTA CONCORDIA TITANIQUIZADO







O Capitão Schettino está em tribunal, já culpado e ainda não acusado, da perda de 32 vidas e, igualmente, da perda do seu navio. Isto , para além da destruição do ambiente marinho, porventura o mais  caro às noticias.

O Capt. Schettino, como todos os capitães, tem um conjunto de oficiais em quem delega responsabilidades, nas respectivas funções. Esses oficiais, ao contrario do que se possa pensar,  não são escolha do Capitão, antes impostos por conceitos economicistas difíceis de entender.

Modernamente, nem o armador sabe quem tem a trabalhar para si.

Hoje em dia, é vulgar verem-se perfeitos lavradores, titulados pelos mais variadíssimos certificados, embarcados e  embasbacados, a desempenharem as mais variadas funções de forma normalmente pouco ou nada eficaz.

 Provêm normalmente de países sem contacto com o mar, ou então com muito pouca tradição marítima.

 Pelo contrario, em países ribeirinhos, tradicionalmente marinheiros, são desincentivadas todas as profissões ligadas ao mar, com a excepção, como tenho referido,  da versão lusa da arte de vender BOLAS DE BERLIM, ao sol de verão.

Talvez seja esta, uma das principais razões da subida do numero de acidentes, e igualmente do incremento da gravidade dos mesmos. Tem-me sido referido  por observadores mais atentos, que apesar do menor numero de navios que sulcam os mares, da maior panóplia de novas tecnologias, e de uma suposta melhor ( ??) formação de todos os intervenientes, os acidentes acontecem com demasiada frequência.

Provavelmente o COSTA CONCORDIA será um dos casos.

Construído para albergar 5 000 almas, deveria ser um dos expoentes da nova construção naval.

Parece que não o foi. Com uma rasgo “  à la Titanic”, demorou pouco mais de uma hora a ficar com está, e, não fora o facto dos fundos serem baixos, teríamos porventura algo de diferente , para muito pior, como tema de conversa.

A industria do turismo embarcado movimenta muito mais dinheiro do que o que está agarrado à simples venda dos bilhetes.

Talvez por isso se fale tão pouco deste caso, e haja tantas desculpas para explicar o inexplicável. Por isso também deixo cair o caso, mas nada satisfeito.

Registo contudo, que o Capt. Envolvido, fruto talvez do seu desvairo,(?) não deverá ser ilibado, mas se o condecorassem, não viria grande mal ao mundo.
 
 
A INDUSTRIA assiste a este desenrolar impávida e sereníssima. As administrações, igualmente, ao confiar cegamente em nomes.

 

1 comentário:

Anónimo disse...

Asssino por baixo.
JD