Depois de uma noite mal passada, a tentar identificar os cheiros de bordo, e que iam do bacalhau podre ao queijo estragado (??) e fiambre esverdeado com raios purpura,passando pela carne picadinha de casa e do tamboril (ex)congelado, pronto para uma massada que seria de luxo.
Era este o concerto de cheiros que me esperavam quando cheguei a Peniche, na 4ª feira à noite. Com a azáfama de trocar a posição das barcoletas, os nossos amigos ( pessoal da amarração) esqueceu-se de ligar o cabo da electricidade à corrente do pontão, deixando que o frigorifico derretesse as baterias e consequentemente ficasse em " baixo". E eu em alta, de nervos. Depois dos insultos da praxe, lá se sossegou, e se limpou(????) o frigorifico. De pouco valeu, mas....
As primeiras horas da manhã, apnharam-me a cheirar a cebola, o que foi óptimo para o cafézinho com pão atrasado, manteiga rançosa.... A coisa arumada, lá seguimos para o mar,depois de cuidadosamente retirar o CELTA MORGANA , ( que estava por fora do BM, de braço dado) e o ammarrar ao cais. COM A CORRENTE ELECTRICA LIGADA. Soube depois que alguém terá partido a ficha.
segunda-feira, junho 25
terça-feira, junho 19
domingo, junho 17
A BARCOLETA MAIS BONITA DO MUNDO

sábado, junho 16
sexta-feira, junho 15
EM VIAGEM
NAZARÉ LARGADA
Saiu-seda Nazaré com
a consciencia de se ter
feito um bom trabalho.
Comeu-se o que havia
para comer, bebeu-se o
que havia para beber
( acho eu) e lá fomos na
esperança de uma
velejada fácil.
Começou e acabou
bem, só com mais
trabalho.
quinta-feira, junho 14
EXTRA LOTAÇÃO
O SPRAY DE JOSHUA SLOCUM

Fiquei espantado ao ver um spray, mais ou menos desfigurado no convés, mas um SPRAY, estacionado na Nazaré.
É um tema fabuloso, este do Spray e do seu skipper, Capt. Slocum; De facto, foi este homem que começou a aventura da navegação de recreio. Só comparável, anos mais tarde, com a construção dos Muscadets e Corsairs, na medida em que tornaram possivel a todos sonhar com o mar, de uma forma mais romantica.
NAZARÉ
BERLENGAS NA POPA
quarta-feira, junho 13
OS SARGONETES


SARDINHADA DE HONRA
terça-feira, junho 12
A BERLENGAR
Aspecto da flotilha fundeada na Berlenga; Por inépcia do BUBBLES, o BLUE MOON ficou de fora nestas imagens; Imperdoável!
fortaleza de S. João Baptista foi mandada erguer pelo rei D. João IV como posto de defesa do território português. Viria a ser palco de numerosas batalhas sendo a mais célebre a ocorrida em 28 de Julho de 1666 na qual o forte, com vinte e oito soldados e um Cabo, ANTÓNIO AVELAR PESSOA, foi atacado por uma esquadra castelhana de catorze naus e uma caravela. Atacado e bombardeado durante dois dias o forte foi tomado pelos castelhanos, depois da guarnição portuguesa ter resistido heroicamente.
Quanto ao Cabo Avelar Pessoa, acabou por morrer a bordo de um barco da esquadra quando era conduzido a Espanha. O tempo que conseguiu resistir fez dele um herói da história. O barco que faz a ligação a Peniche tem o seu nome.


Ao longo de quase dois séculos o forte esteve envolvido em inúmeras estratégias militares, até que em 1847 acabou por ser abandonado. Em meados do século passado foi restaurado e reconvertido em pousada, também esta abandonada mais tarde, por ocasião do 25 de Abril de 1974.
Hoje, o forte S. Julião Baptista é mantido como estalagem pela associação "Amigos das Berlengas" e quem visita a ilha pode lá pernoitar. É-se bem recebido, o preço é barato mas as condições não contemplam mordomias (tipo tomar banho de jarrão). Oferece aos hóspedes uma oportunidade única de repouso, tendo por única companhia o silêncio, apenas quebrado pelo bater das ondas e o cantar das pardelas.
FUNDEADOS

SOBE , SOBE MARUJINHO
Lá vem a Nau Catrineta
Que tem muito que contar!
Ouvide agora, senhores,Uma história de pasmar.
Passava mais de ano e dia
Que iam na volta do mar,
Já não tinham que comer,
Já não tinham que manjar.
Deitaram sola de molho
Para o outro dia jantar;
Mas a sola era tão rija,
Que a não puderam tragar.
Deitaram sortes à ventura
Qual se havia de matar;
Logo foi cair a sorte
No capitão general.
- "Sobe, sobe, marujinho,
Àquele mastro real,
Vê se vês terras de Espanha,
As praias de Portugal!"
- "Não vejo terras de Espanha,
Nem praias de Portugal;
Vejo sete espadas nuas
Que estão para te matar.
" - "Acima, acima, gageiro,
Acima ao tope real!
Olha se enxergas Espanha,
Areias de Portugal!"
- "Alvíssaras, capitão,
Meu capitão general!
Já vejo terras de Espanha,
Areias de Portugal!"
Mais enxergo três meninas,
Debaixo de um laranjal:
Uma sentada a coser,
Outra na roca a fiar,
A mais formosa de todas
Está no meio a chorar."
- "Todas três são minhas filhas,
Oh! quem mas dera abraçar!
A mais formosa de todas
Contigo a hei-se casar."
- "A vossa filha não quero,
Que vos custou a criar."
- "Dar-te-ei tanto dinheiro
Que o não possas contar."
- "Não quero o vosso dinheiro
Pois vos custou a ganhar."
- "Dou-te o meu cavalo branco,
Que nunca houve outro igual."
- "Guardai o vosso cavalo,
Que vos custou a ensinar."
- "Dar-te-ei a Catrineta,
Para nela navegar."
- "Não quero a Nau Catrineta,
Que a não sei governar."
- "Que queres tu, meu gageiro,
Que alvíssaras te hei-de dar?"
- "Capitão, quero a tua alma,
Para comigo a levar!"
- "Renego de ti, demónio,
Que me estavas a tentar!
A minha alma é só de Deus;
O corpo dou eu ao mar.
"Tomou-o um anjo nos braços,
Não no deixou afogar.
Deu um estouro o demónio,
Acalmaram vento e mar;
E à noite a Nau Catrineta
Estava em terra a varar.
segunda-feira, junho 11
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