segunda-feira, outubro 1

O TUNNEL PARA A OUTRA BANDA

Ainda do Livro LISBOA NO ANO 2 000, este trecho :
O tunnel
Na estação do caminho de ferro Lisboa –mar, via-se um edificio cylindrico, com uma única porta envidraçada e illuminado a luz elecrtica, quer de dia quer de noite. Era o ascensor do tunnel atravez do Tejo. Entremos. Fechada a porta começou-se a descer rapidsamente. A atmosfera ia-se tornando incomoda; uma tira de papel reagente tomara uma lindsa cor amarella e então um guarda desandou uma torneira. Uma corrente de oxigénio purificou o ambiente, ao mesmo tempo que a potassia cáustica, em grandes recipientes recobertos de grades,, se ia apoderando do vapor de água e do anhydrido carbónico. Durpu esta descida dois minutos, findos os quaes os passageiros se encontraram a cem metros abaixo do nivel da estação. Ali, uma espaçosa camara circular abobadada e profusamente illuminada a luz electrica servia de sala de espera do comboio do sul. Não contava aquelle tunnel mais de 6.327 metros de extensão,dos auaes 2.200 debaixo do rio. A obra tinha sido projectada e executada por engenheiros portuguezes e levara 5 anos a fazer em condições extremamente dificeis.Quem primeiro teve o arrojo de a estudar foi o engenheiro de minas Silvestre Ferreira. Consagrou muito tempo e sondagens e estudos statigraphicos, de que concluiu que seria possivel executar o trbalho, embora algumas duvidas se lhe oferecessem, dada a origem vulcanica de certas rochas. Organisou-se uma empreza que começou a perfuração muito para o Sul do Alfeite, nas proximidades dos sapaes. Descia de ali o tunnel até atingir a cota de 98 metros abaixo da linha de praiamar. Erupções vulcanicas de outras eras........... ....Estava-se quasi a atingir a cota em que o tunnel devia continuar em patamar, quando se deparou com uma enorme falha que dava passagem a um verdadeiro rio subterraneo, com mais de cincoente metros cúbicos de caudal por segundo descendo quasi que a prumo, em cataracta. Era impossivel com a violencia da corrente fazer trabalhar ali o escudo e escusadas eram as perfuradoras. Foi preciso vedar a toda a pressa com chapas de ferro e cimento a galeria de avanço do tunnel.Os engwenheiros, os geólogos, todos os construtores portugueses e estrangeiros discutiram, examinaram, argumentaram a este proposito. O Seculo, o Arauto,o Progresso, as Novidades, todos os jornais diarios tomaram conta da questão, discutindo alvitres diversos.Os empreiteros não queriam desistir, mas encontravam-se ante uma dificuldade talvez insuperavel. Via-se para breve a falencia da empreza. Lembrava-se a conveniencia de substituir o tunnel por uma ponte do typo do Forth, na Escoccia, indo tomar o nivel ao sul, nas alturas de Almada....Ainda foi o engenheiro Julio Garcez que encontrou a solução

1 comentário:

garina do mar disse...

isto parece a história do túnel do Terreiro do Paço!! será que o metro encontrou este rio subterrâneo?