terça-feira, junho 24

CRUZEIRO DO TEJO 2008

A expedição foi montada com esmero. Do Norte de Africa vieram os marujos, engajados à última, mas perfeitos conhecedores do terreno; No caso do rio.
Fez-se uma navegação digna de registo melhor que o deste escriba. Bebeu-se do bom , e comeram-se umas sandoxas, que andar deitado na água não é bom para cozinhar.
Pelo caminho foram sendo encontrados representantes de outras embaixadas, uns mais embaixadores que outros.
Chegados próximos e com terra bem à mão, navegamos paralelos a esta costa, por forma a evitar surpresas más.
Já muitos esperavam por nós, e às 15 19 lá passámos a linha de chegada.
A atracar o Zé Bonito armou o burro e teve de ser o Armandinho a meter a proa no sitio, já com um croque de menos.... O Zé Oliveira lá nos aturou. Outra vez.
Do Alto, espreitavam-nos com curiosidade. De baixo, era bonito de se ver. Uma Terra, uma gente, um rio, simpatiquissimos. Pena terem-se enganado na hora de chegada e em vez das 15 19colocaram-me com 15 59....
Secretarias

ENTALADOS E ENLATADOS

Fotografia roubada do blog "AMIGA ATLANTICA" da Galiza,
que acompanhou no Veronique grande parte das nossas perpécias.
A laia de despedida, aqui fica o regfisto da série " pitrolinos"

segunda-feira, junho 23

CABO DA ROCA

São imagens pouco habituais, estas.
A base do cabo também tem a sua beleza.
Foi uma maravilha esta passagem. Para sul são sempre assim...

ENCOLHEMOS

Todos os dias, lento e inexorável, este processo leva-nos um pedacinho. Os Alemães levaram-nos a Alma; O mar ,esse, leva-nos em grão, para os fundo sem fundo.Nesta bela imagem, onde além da dentada que o mar levou, podemos perfeitamente ver a inclinação das águas; Neste caso, para a direita, o que não nos deverá surpreender, visto estar-mos a navegar para Norte, e o Norte fica sempre à direita ...

SINTRA DO MAR

Não fora o castelo de Ilhavo, a Grande , ser mais pequerruchinho, inexistente , talvez, e teriamos esta magnifica imagem projectada no mar de Ilhavo.
Assim, temos o Vale de Ilhavo, não menos importante pelas suas padas e cardadores.
Do cancioneiro popular :
Eu fui de Lisboa a Sintra
A casa da Ti Jacinta
Pr'a me fazer uns calções
E o diabo da criatura
Esqueceu-se da abertura
Pr'a fazer as precisões
Ninguém vinha de Lisboa a Ilhavo fazer uns calções....
Por muito grandes que fossem as precisões!

O AR DA MANHÃ

As primeiras horas da manhã de 10 de Junho, ainda as comendas estavam a dormir...
O vento apareceu lá mais para a tarde,

O que nos permitiu malhar ,desta vez, umas ovas de bacalhau cozidas

com a batata inteira, com a pele, lá em Ilhavo A Grande.

Tivémos uma salada de ovas , mais tarde, para o lanche, que estava " porreira, pá", no dizer de uns amigos.

O eterno tinto , lá apareceu, desta vez da Beira, do DÃO. Novo, como se quer com as ovas.

PENICHE AGAIN

Para a NAZARÉ, a viagem não foi das melhores.... Chegou-se atrasado para o importante - JANTAR - e foi uma correria. Chegar, comer, dormir e sair. Não há pachorra. Tem de se ter planos alternativos, quando se anda à vela.... No outro dia, com outra disposição, e menos um tripulante, lá nos pusemos a caminho, e já foi uma velejada boa. Almoçamos um " Bacalhau á meio do mar" que foi de gritos. 3 discos a cada um, bem regados com um tinto das caves " banco de estibordo" com alguns anos de estadia a bordo. Era um alentejano já no final de carreira, e fez-lhe bem, aquele arzinho que apanhou antes de entrar de serviço. Ganhou vida nova, de bem que curta....A garrafita faz hoje de infantário a espécies juvenis, que lá procuram refugio dos predadores mais vorazes. Desinteressado este meu projecto, de que vos falarei mais tarde. A fotografia mostra uma bóia que marca o calhau 313 do pontão. Está apagada, para os caminhantes mais incautos.

S. JOÃO BATISTA DA BERLENGA

Era esta lindissima imagem que nos aguardava, caravela, forte, ondulação....
Até alguns dos nossos amigos se lembrarem de rocegar, à "pesca" de ferros perdidos, e outros tesouros...
O forte de S. João Batista lá estava.
Da Wikipédia:-
"A ocupação humana da Berlenga Grande (única habitável) remonta à Antigüidade, sendo assinalada como ilha de Saturno pelos geógrafos Romanos. Posteriormente foi visitada por navegadores Muçulmanos, Vikings, corsários Franceses e Ingleses. Em 1513, com o apoio da rainha D. Leonor, monges da Ordem de São Jerónimo aí se estabeleceram com o propósito de oferecer auxílio à navegação e às vítimas dos freqüentes naufrágios naquela costa atlântica, assolada por corsários, fundando o Mosteiro da Misericórdia da Berlenga, no local onde, desde 1953, se ergue um restaurante. Entretanto, a escassez de alimentos, as doenças e os constantes assaltos de piratas e corsários Marroquinos, Argelinos, Ingleses e Franceses, tornaram impossível a vida de retiro dos frades, muitas vezes incomunicáveis devido à inclemência do mar. [editar] O forte seiscentista Forte de São João Baptista das Berlengas, Portugal. No contexto da Guerra da Restauração, sob o governo de D. João IV (1640-1656), o Conselho de Guerra determinou a demolição das ruínas do mosteiro abandonado e a utilização de suas pedras na construção de uma fortificação para a defesa daquele ponto estratégico do litoral. Embora se ignore a data em que as obras foram iniciadas, já em 1655, quando ainda em construção, resistiu com sucesso ao seu primeiro assalto, ao ser bombardeada por três embarcações de bandeira turca. Em 1666, no contexto da tentativa de rapto da princesa francesa Maria Francisca Isabel de Sabóia, noiva de Afonso VI (1656-67), uma esquadra espanhola integrada por 15 embarcações intentou a conquista do forte, defendido por um efetivo de pouco mais de duas dezenas de soldados sob o comando do Cabo Antônio Avelar Pessoa. Numa operação combinada de bombardeio naval e desembarque terrestre os atacantes perderam, em apenas dois dias, 400 soldados em terra e 100 nos navios (contra um morto e quatro feridos pelos defensores), sendo afundada a nau Covadonga e sériamente avariadas outras duas, afundadas no regresso a Cádiz. Traída por um desertor, sem mais munição e mantimentos, a praça finalmente se rendeu perdendo nove das peças da sua artilharia capturadas pelos invasores. Ao tempo da Guerra Peninsular foi utilizada, como base de apoio pelas forças inglesas, numa campanha de guerrilha na qual colaborou ativamente a população de Peniche. Posteriormente sofreu obras de restauração, com a reedificação da Capela em seu interior. Durante as Guerras Liberais, a fortaleza encontrava-se em mãos dos partidários do rei D. Miguel (1828-1834). Com deficiência de artilharia, entretanto, não resistiram diante do assalto dos liberais que a utilizaram como base para o assalto à cidadela de Peniche, reduto dos miguelistas. Sem maior valor militar, diante da evolução dos meios bélicos no século XIX, foi desartilhada (1847) e abandonada passando a ser utilizada como base de apoio para a pesca comercial. [editar] Do século XX aos nossos dias Forte de São João Baptista das Berlengas, Portugal. Em meados do século XX foi parcialmente restaurada e aberta ao turismo adaptada como pousada. Actualmente funciona apenas como casa-abrigo, sob a gestão da Associação dos Amigos das Berlengas.
..."

quarta-feira, junho 18

MAIÃO O HEROI

A arca do mais famoso bolo de chocolate que a Berlenga recorda, ainda vai aqui. E abanadinho como vai, ficou uma delicia.
O Zé esforçava-se por mostrar alguma compustura, não evitando contudo alguns arrepeios à sua tripulação. Ora tapava as miudezas,
ora mostrava tudo o que tinha pintado a azul, eixo e ventoinha incluidas.
Foi este " abanar!" que deu saúde ao bolo.

terça-feira, junho 17

A PESCA A BORDO

Aqui está, a prova que não precisávamos. O BEIGA, o JFMV, no seu infatigavel NBB, na actividade perfeitamente ilegal, da pesca do arrasto. A foto debaixo desta letras comprova-o.
O Bolha vai ali sentado, a assobiar ao bento, sáo para distrair... Conhecemos o género.
Mas estavamos de atenção , a estes pormenores. Proximo ano, meus filhos,
Só vou Berlengar se houver ASAE:

Deviamos ter medido o saco, na Berlenga....

Mania de dependurar......

MAIÃO

O Maião do Zé Oliveira, o Maquegáiber cá do recreio, lá ia dançando airoso, ora montado na vaga, ora apeado, só com a cabecita de fora. O Blue Moon partilha estas imagens, ( das rabadas) dos seus amigos com todo o gosto, pois como é sobejamente sabido, elas são autenticas raridades,
sendo antes os seus amigos a verem as nossas.... O Zé já vai amarelo, de inveja pura, a ver o Blue Moon a morder-lhe os calcantes... O que o salvou foi o bolo de chocolate, em primeirissima mão. Malandro!!!!!
O Maião, posta do meio

segunda-feira, junho 16

O RAÇA DESTE MAR

Não tem nada a ver com o nosso PR.
É mais uma expressão de Ilhavo, A Grande, e que traduz a frustação por algo não correr muito
bem. Assim era vulgar ouvir: O raça do rapaz. querendo designar o filha da mãe em frente. Se calhar não, mas nunca vão saber.
A partir do meio do canal, o mar ficou bonito, e como não era longe, nem deu tempo de enjoar!!!!

A GRANDE CAVALGADA

O Zé Oliveira, no MAIÃO, lá ia fazendo das suas.
Deu imagens que vão ficar gravadas para sempre, na memoria de muitos.
Foi uma velejada memorável. Meteu de tudo; Até rizes bem apertados... Andou-se bem

MEIO DO CANAL

Fotografias completamente desfocadas, mas que servem perfeitamente ao proposito:
Comprovar a esfericidade da TERRA. Como se vê, as embarcações sobem com alguma dificuldade este lado da terra, que é a subir. Esclarecedoras, estas imagens, e de uma significado cientifico enorme . Teria de ser uma fotografia em modo panoramico, para perceber o lado descendente da terra.... Onde os barquinhos andam mais depressa.

A BERLENGAR

No domingo, todos em fúria para chegar À BERLENGA. A confusão no cais era mais que muita, com 4 embarcações de braço dado, e sem tripulantes para as mexer.
Lá se foi saindo, um a um, envergonhaditos pela confusão. Havia 3 imperiais para rondar, e que não se conseguiu, dados os apertos nos relogios. Rondou-se só uma boia, lá colocada por mão misteriosa, durante a noite. Nem todos a rondaram , diga-se....
Depois foi um enorme prazer, esta velejada....
A classe dos pitrolinos eteve bem representada, com pelo menos 5 embarcações....

sábado, junho 14

A FESTANÇA

A Marina / Porto de Abrigo tinha este aspecto, quando chegámos. De festa. O amigo BERNA com o " bandeirame" todo em cima, fazia inveja.
Esta marina tem basicamente as condições que o Porto de Lisboa oferece em Lisboa. Abrigo casa de banho, chuveiro, e pouco mais; Ou precisamente, mais nada. Nesta estadia paguei próximo de 16 € por uma noite, que sem ser muito, não é pouco, se atendermos a que em Espanha, no sul , a minha ultima factura foi de 13 € no mês de AGOSTO. A APL cobra ao mês cerca de 230 €, sempre para a mesma coisa. Ainda temos de estar agradecidos.
Peniche tem feito, e isso sentia-se, algum esforço para melhorar o atendimento,.
Uma vez que não tem as aguas quentes dos Algarves, tem de se aprimorar noutras areas. Era nota dominante, no seio do pessoal, que se notava o esforço. Espero sinceramente que assim seja, e que Peniche demonstre o que é capaz.
Todos gostámos , desta vez.
Do restaurante onde apreciámos o Portugal Turquia, viam-se os pés de galinha todoa alinhados, e prontos para " embarcar".

A pesca é omnipresente, por aqui. Um facto raro, nas nossas costas. Politica maritima??

As autoridades que nos receberam, SIMPATIQUÉRRIMAS. É o termo. Super, hiper, extra simpáticas. Assim dá gosto

Pela minha parte, claro

sexta-feira, junho 13

CARVOEIRO

Já havia algum tempo que traziamos " na mira" o Carvoeiro; A pressa de chegar e de ver a nossa selecção jogar, obrigava-nos a pedir demasiado aos motores.... Vista da Entrada da Barra de Peniche, bem resguardada e com uma orientação tal que, para os que vêem DO NORTE, tem-se a ideia que estamos a navegar num sistema de balizagem diferente. O Farolim vermelho aparece insistentemente a ESTIBORDO, e o VERDE a BOMBORDO. Tal explica-se pela posição dos molhes. Há pois algum cuidado para os que navegam vindos de cima. A imagem explica bem o porquê. Muito resguardada, só os ventos de SU, ou SUL SUESTE podem abusar....

quinta-feira, junho 12

JÀ FARTO DO MAR

O vento estava a espevitar-se, e eu lamentava o facto de não ter saído mais cedo. Mas as coisas são o que são, e há que aguentar e cara alegre. O que não aconteceu com todos os tripulantes.
Estou farto desta porra! Era o que mais se ouvia entre a tripulação. Dois enjoados e um a prometer voltar de autocarro, o que aconteceu, para o meu mais completo espanto: Deixou-me na doca , e foi-se, para apanhar o autocarro para Lisboa.Afinal havia outra... forma de voltar.
Enfim, coisas de marinheiros....

A NAVEGAR SEM MÃOS

Nestas tentativas de fotografar , o melhor que nos pode acontecer é cair e ficar sentado. Já o pior, são esfoladelas, nódoas negras, enjoos, vómitos fantasticos, e aí por diante.
Aqui dei um " bate cú" quer ainda hoje recordo: dolorosamente.
É recorrente a frase: Uma mão para o barco, outra para nós.
Ora, os que de nós ainda têm veleidades de querer tirar fotografias ou " retratos", fica-nos o défice de membros. Precisávamos de pelo menos mais 2 braços com os respectivos apendices: as santas das mãos.
O vento e mar já davam um ar da sua graça

quarta-feira, junho 11

CASCAIS PENICHE

Já ca falei na " FABRICA DO VENTO " , essa obra defenitivamente Sintrense, e de que aqui se dá uma imagem; Lá naqueles altos, que não se vêem, fica Sintra e o seu castelo altaneiro, onde moram os deuses dos ventos. Bentos lá para cima, mas nada santos, não senhor. E é aqui, que estes gajos fabricam o vento e o despacham por aí abaixo, em diferentes pacotes, que são de vendaval, nortadas, vento cumó caraças, e por aí adiante.
Estas nuvens, são despejadas por fora da ROCA, umas 10 a 15 milhas para Norte e Sul, delimitando uma faixa de pouca visibilidade ( poalho) e mais vento, claro ! Bento lá para cima.
Foi o nosso primeiro encontro, ainda o tempo permitia alguma distracção. Era de manhã( zinha) e os espiritos andavam altos. Não há força de alcool, que a noite tinha sido muito comedida. Just in case.
Era uma bela barcoleta, só a motor. Pelo tamanho, a cozinha deverá ser interessante. Navegava com o mar e o vento na popa. Para estes, o vento não tem grande importancia. São embarcações diferentes, e comportam-se diferentemente, também. Mas têm de se ajeitar ao mar, como este, que navegava devagarinho, a correr com a vaga.