terça-feira, junho 19
domingo, junho 17
A BARCOLETA MAIS BONITA DO MUNDO
Na época era um gigante; perto de 16 metros. Tudo em madeira; Ambiente humido q.b. , mas sofrível. Viajou pela Europa, conheceu os importantes da época; A Rainha de Inglaterra também lá fez uma perninha. Participou na 1ª regata Torbay - Lisboa, 1956, que mais tarde seria conhecida como " TALL SHIPS RACE".
Um grupo de entusiastas da vela, entre os quais um dos seus principais animadores, Dr. Pedro Teotónio Pereira, decidiram organizar uma corrida de embarcações à vela, que serviria o propósito de treinar a navegação à vela, em navios de vela, prática que tendia a desaparecer. E em Julho de 1956, 20 navios de vela largaram da costa sul de Inglaterra, em direcção a Lisboa.Das embarcações de 1956 que já não navegam, este é um deles. Infelizmente. Não foi o progresso que acabou com ele. Foi alguma incuria, e, estranhamente, a falta de cultura que o Dr. Pedro Teotónio Pereira tanto quis combater.
sábado, junho 16
sexta-feira, junho 15
EM VIAGEM
NAZARÉ LARGADA
Saiu-seda Nazaré com
a consciencia de se ter
feito um bom trabalho.
Comeu-se o que havia
para comer, bebeu-se o
que havia para beber
( acho eu) e lá fomos na
esperança de uma
velejada fácil. Começou e acabou
bem, só com mais
trabalho.
quinta-feira, junho 14
EXTRA LOTAÇÃO
Imagem da chegada da embarcação onde foi detectado o clandestino que a imagem documenta. Após a recepção, as autoridades determinaram o termo de identidade ao clandestino, obrigando-o a apresentações periódicas à Capitania das Berlengas.
O Skipper foi punido com 12 cervejas geladas e 1 garrafa de Glennfidich. Ainda , como sanção acessória, a esperar durante 4 horas , sentado no cockpit, sem saber porquê e por quem.
O SPRAY DE JOSHUA SLOCUM
Fiquei espantado ao ver um spray, mais ou menos desfigurado no convés, mas um SPRAY, estacionado na Nazaré.
É um tema fabuloso, este do Spray e do seu skipper, Capt. Slocum; De facto, foi este homem que começou a aventura da navegação de recreio. Só comparável, anos mais tarde, com a construção dos Muscadets e Corsairs, na medida em que tornaram possivel a todos sonhar com o mar, de uma forma mais romantica.
NAZARÉ
BERLENGAS NA POPA
quarta-feira, junho 13
OS SARGONETES
Afanosamente, o Machadinho e moi meme, preparamo-nos para atacar os sargos, que o cheiro da sardinha tinha deixado marcas profundas; O vinho ficou-se pelas nodoas, no babete XXL, que foi guardanapo e sabe-se lá o quê mais....
O Delmar Conde, foi sempre uma figura incontornável , para mim, neste cruzeiro; Pela proximidade dos pontos de vista e pela sua vasta experiencia, que nos vai transmitindo nestes encontros .A bem da nautica de recreio. O homem é um poço de saber, e de uma humildade enorme....
O Machadinho descobriu que " há quem faça regatas sem motor ", o que o deixou de boca à banda, sem no entanto o impedir de virar os sarguitos.
Este par de três, acompanhado da armadora do SNOOPY, fez a sua festa.
SARDINHADA DE HONRA
terça-feira, junho 12
A BERLENGAR
Aspecto da flotilha fundeada na Berlenga; Por inépcia do BUBBLES, o BLUE MOON ficou de fora nestas imagens; Imperdoável!
fortaleza de S. João Baptista foi mandada erguer pelo rei D. João IV como posto de defesa do território português. Viria a ser palco de numerosas batalhas sendo a mais célebre a ocorrida em 28 de Julho de 1666 na qual o forte, com vinte e oito soldados e um Cabo, ANTÓNIO AVELAR PESSOA, foi atacado por uma esquadra castelhana de catorze naus e uma caravela. Atacado e bombardeado durante dois dias o forte foi tomado pelos castelhanos, depois da guarnição portuguesa ter resistido heroicamente.
Quanto ao Cabo Avelar Pessoa, acabou por morrer a bordo de um barco da esquadra quando era conduzido a Espanha. O tempo que conseguiu resistir fez dele um herói da história. O barco que faz a ligação a Peniche tem o seu nome.
Ao longo de quase dois séculos o forte esteve envolvido em inúmeras estratégias militares, até que em 1847 acabou por ser abandonado. Em meados do século passado foi restaurado e reconvertido em pousada, também esta abandonada mais tarde, por ocasião do 25 de Abril de 1974.
Hoje, o forte S. Julião Baptista é mantido como estalagem pela associação "Amigos das Berlengas" e quem visita a ilha pode lá pernoitar. É-se bem recebido, o preço é barato mas as condições não contemplam mordomias (tipo tomar banho de jarrão). Oferece aos hóspedes uma oportunidade única de repouso, tendo por única companhia o silêncio, apenas quebrado pelo bater das ondas e o cantar das pardelas.
FUNDEADOS
A sonda marcava 15 metros.... Preparei uma linha e uma defensa lá amarrada ( arinque) com cerca de 25 metros. Preparei tudo e gritei ao João: AAAAteeeeenção ao feeeerro
( aquilo é muito longe e temos de gritar). O João , coitado lá se pôs em standing by, e à voz de largar, vai de abrir a breca e gritar: ó ó ó ó ó ó isto está a ir tudo por aí abaixo!!!! Eu pensava que sim , que tudo tinha de ir por aí abaixo.
Mas não daquela maneira, com o ferro quase na paixão ( 25 metros de corrente, e para aí 50 metros de cabo de massa) , e sem meios de querer parar; A defensa, fardada de azul, já tinha desaparecido, coitada, engolida pela profundidade . Lá fomos tratando de aguentar, e desacelerar e descida,não fosse o ferro agarrar qualquer pobre na Nova Zelândia, criando mais um conflito internacional; Parou por fim , com menos de metade do cabo de massa ao molinete, para nosso desgosto, que içar aquilo tudo iria custar pelo menos umas 4 ou 5 cervejitas, e umas horas de repouso extra.Mas lá fomos, descansados com o coração nas mãos, deixando o Blue Moon entregue aos cuidados do IRGAS, e pensando nas sardinhas de Peniche, ou os sucedâneos que às vezes nos dão.
SOBE , SOBE MARUJINHO
Lá vem a Nau Catrineta
Que tem muito que contar!
Ouvide agora, senhores,Uma história de pasmar.
Passava mais de ano e dia
Que iam na volta do mar,
Já não tinham que comer,
Já não tinham que manjar.
Deitaram sola de molho
Para o outro dia jantar;
Mas a sola era tão rija,
Que a não puderam tragar.
Deitaram sortes à ventura
Qual se havia de matar;
Logo foi cair a sorte
No capitão general.
- "Sobe, sobe, marujinho,
Àquele mastro real,
Vê se vês terras de Espanha,
As praias de Portugal!"
- "Não vejo terras de Espanha,
Nem praias de Portugal;
Vejo sete espadas nuas
Que estão para te matar.
" - "Acima, acima, gageiro,
Acima ao tope real!
Olha se enxergas Espanha,
Areias de Portugal!"
- "Alvíssaras, capitão,
Meu capitão general!
Já vejo terras de Espanha,
Areias de Portugal!"
Mais enxergo três meninas,
Debaixo de um laranjal:
Uma sentada a coser,
Outra na roca a fiar,
A mais formosa de todas
Está no meio a chorar."
- "Todas três são minhas filhas,
Oh! quem mas dera abraçar!
A mais formosa de todas
Contigo a hei-se casar."
- "A vossa filha não quero,
Que vos custou a criar."
- "Dar-te-ei tanto dinheiro
Que o não possas contar."
- "Não quero o vosso dinheiro
Pois vos custou a ganhar."
- "Dou-te o meu cavalo branco,
Que nunca houve outro igual."
- "Guardai o vosso cavalo,
Que vos custou a ensinar."
- "Dar-te-ei a Catrineta,
Para nela navegar."
- "Não quero a Nau Catrineta,
Que a não sei governar."
- "Que queres tu, meu gageiro,
Que alvíssaras te hei-de dar?"
- "Capitão, quero a tua alma,
Para comigo a levar!"
- "Renego de ti, demónio,
Que me estavas a tentar!
A minha alma é só de Deus;
O corpo dou eu ao mar.
"Tomou-o um anjo nos braços,
Não no deixou afogar.
Deu um estouro o demónio,
Acalmaram vento e mar;
E à noite a Nau Catrineta
Estava em terra a varar.
segunda-feira, junho 11
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