É sim senhor.....
Temos Também navios Polacos, Noruegueses, Irlandeses, quada qual mais bonito que o vizinho.
Aqui o CApitão Ferreira durante a campanha de pesca ,mostra o paninho de tempo, que lhe permitia manter a proa ao vento e possivelmente manter-se atravessado à ondulação, ganhando assim espaço para mais uns quintais preciosos de peixe, que era daí que vinha o salário de todos.
Fotografia rarissima do navio, MAIS do que SOBRECARREGADO, ( com muito peixe), o que levou a que o Comandante TAVARES de ALMEIDA , na altura a comandar o GIL EANES e com autoridade sobre todos os navios portugueses na pesca do bacalhau, a proibir o navio de continuar a pescar, e a só regressar a PORTUGAL se acompanhado por outro navio; Eram assim aqueles dias ; Era assim a nossa raça.
Naquele tempo os navios ( alguns) usavam um estai ou um triangulo de tempo, por forma a ajudar a manter o navio mais aproado ao vento, ou ao que resultava do vento e da corrente; Mas também ajudava o navio a manter-se atravessado à corrente e " dar rolo" - balanço transversal BB-EB - por forma a acamar melhor o peixe já no sal, desde que a ondulação o permitisse.
Encontrei esta fotografia da mina , para onde, no verão e só no verão, fazia viagens de Copenhaga para carregar CRYOLITE, que é uma espécie de terra, mas ao contrário; Já descrevo a seguir na lingua materna da fulana; Não sabia que tinha ajudado a acabar com a raça; Eram viagens muiiiiiito tormentosas, sempre debaixo de muito mar; O Cabo Farewell, ou estava a dar porrada, ou ia começar a dar; Nunca vi aquele cabo bem disposto; Faziamos este trafego entre Maio e Novembro, dependendo sempre das condições de gelo; Foram viagens muiiiiito proveitosas, para mim. A mina tinha uns 30 funcionarios, 2 cozinheiras locais e 3 cães; Em Novembro, fechavam a loja; Lá próximo, havia muitos descendentes de Portugueses ( ARSUK) , segundo afirmação de uns oficiais (??) da localidade que foram a bordo presentear o navio com uns salmões, que o cozinheiro fez o favor de fazer de CALDEIRADA; Creio que ainda há muito gente que não gosta de salmão por este facto.
O Inacio Cunha a navegar, aqui ao lado e mais em baixo o seu irmão gemeo, o Elisabeth, a entrar a barra.
Sister Ship, que em Inglês são madamas.....
Outro serviço que o GIL EANES prestava à frota - eram muitos, de facto - aqui a abastecer de combustivel, o navio, ancorado no pesqueiro.A olhar para a proa ( já bem metida), direi que não faltava muito para vir para Portugal.
O S. Rui , em fotos algo distanciadas; Como navio à linha e como de redes de emalhar; O Rucas era um navio extraordinário. O salão de Oficiais ( na rabada, ) era imponente; O latão polido era o metal mais visto, e como reluzia; As 5ª feiras deviam ser um tormento, com o cheiro....
O Rucas fazia parte de uma encomenda de 5 navios mandados construir pela Sociedade Geral de Transportes Marítimos, a "SG", em 1939. Dois deles, o "São Ruy" e o "Santa Maria Madalena" foram dispensados pela"SG" à Empresa de Pesca de Viana e transformados em navios para a pesca à linha. Eram da classe do "São Macário" e do "Mira Terra" .
Depois do "José Alberto", lugre-motor adquirido na Dinamarca em 1935, foram os dois primeiros navios-motor, construidos em aço para a pesca do "fiel amigo".
O "São "Ruy" foi estreado pelo Capt. Aquiles Gonçalves Bilelo, que se reformou no final da campanha de 1951, sendo substituido pelo seu filho Capt. José Pelicas Gonçalves Bilelo que o comandou até à campanha de 1962. Na campanhas de 1963 foi comandado pelo Capt. Joaquim da Graça Agualuza (Capt. Quim da Graça) e em 1964 pelo Capt. Francisco Marques. Depois de 1964 foi comandado pelo Capt. José Soares ( mais conhecido entre os amigos e companheiros pelo Zé Formiga). Sucedeu-lhe o Capt. Óscar Fernandes, filho do Capt. Manuel José Fernandes .Na primeira viagem do navio a pescar com redes de emalhar ,embarcou o Capt. Óscar. Passou para o Cap. Paroleiro, e a partir daí, pouco sei. Convidado para comer bastantes vezes, impressionava-me sempre com o seu salão; O comer já não recordo, mas o peixe era fresco.....
O Asterix acaba sempre as suas estórias com um banquete; Pois nós , fazemos um intervalo a meio para A TACHADA , e aqui estão os personagens desta semana; A Isabel, insigne cozinheira de favas e carnes com chouriços, promovida a patroa de finger; O Zé Cunha Lima, a modéstia mete-o atrás do Afonso, que estava na sua 6 dose faval..... O D. Outão estava em amena cavaqueira video conferenciada, em pêlo ( da cintura arriba, note-se), a explicar que não aguentava a gravata, com aquele calor.... O Xana estava como sempre.... A comer e a comer e a comer! O tinto foi Dão qualquer coisa. algumas garrafas !