Já proximo do final de festa, eis que nos aparece esta ave rara, às piruetas por cima das nossas cabeças;É um espanto o que faz o fulano....
Não me lembro de ver Lisboa tão mexida como desta vez; O ser " á borlíu " também deverá ter contribuído para o sucesso da iniciativa.
Estão todos de parabens!
Imagens copiadas da revista Espanhola " SKIPPER", onde se relata a verdadeira EPOPEIA desta barcoleta - a CAVATINA" que, andava a passear no mar da Tasmânia; Trata-se de um Van de Stadt 34 ( olha para mim todo inchado) com 2 tripulantes a bordo, e tem , nesta pernada , 1.562 milhas em 13 dias no log, o que dá a bonita média de 120 milhas de singradura, ou 5 nózes à hora; para 10 metritos - (ainda estou todo inchado, e nem me deve passar tão cedo....)
Vela grande com 3 rizes, permitiu aguentar ventos de 35 / 40 nós ( as nossas nortadas - alízeos caseiros - são dessa ordem de grandeza) e mar de cerca de 5 metros e 12 centimetros; Eu já tenho um 4º rizo , para o mar de 5 metros e 15 centimetros.....
BOA VDS
Temos Também navios Polacos, Noruegueses, Irlandeses, quada qual mais bonito que o vizinho.
Aqui o CApitão Ferreira durante a campanha de pesca ,mostra o paninho de tempo, que lhe permitia manter a proa ao vento e possivelmente manter-se atravessado à ondulação, ganhando assim espaço para mais uns quintais preciosos de peixe, que era daí que vinha o salário de todos.
Fotografia rarissima do navio, MAIS do que SOBRECARREGADO, ( com muito peixe), o que levou a que o Comandante TAVARES de ALMEIDA , na altura a comandar o GIL EANES e com autoridade sobre todos os navios portugueses na pesca do bacalhau, a proibir o navio de continuar a pescar, e a só regressar a PORTUGAL se acompanhado por outro navio; Eram assim aqueles dias ; Era assim a nossa raça.
Naquele tempo os navios ( alguns) usavam um estai ou um triangulo de tempo, por forma a ajudar a manter o navio mais aproado ao vento, ou ao que resultava do vento e da corrente; Mas também ajudava o navio a manter-se atravessado à corrente e " dar rolo" - balanço transversal BB-EB - por forma a acamar melhor o peixe já no sal, desde que a ondulação o permitisse.
Encontrei esta fotografia da mina , para onde, no verão e só no verão, fazia viagens de Copenhaga para carregar CRYOLITE, que é uma espécie de terra, mas ao contrário; Já descrevo a seguir na lingua materna da fulana; Não sabia que tinha ajudado a acabar com a raça; Eram viagens muiiiiiito tormentosas, sempre debaixo de muito mar; O Cabo Farewell, ou estava a dar porrada, ou ia começar a dar; Nunca vi aquele cabo bem disposto; Faziamos este trafego entre Maio e Novembro, dependendo sempre das condições de gelo; Foram viagens muiiiiito proveitosas, para mim. A mina tinha uns 30 funcionarios, 2 cozinheiras locais e 3 cães; Em Novembro, fechavam a loja; Lá próximo, havia muitos descendentes de Portugueses ( ARSUK) , segundo afirmação de uns oficiais (??) da localidade que foram a bordo presentear o navio com uns salmões, que o cozinheiro fez o favor de fazer de CALDEIRADA; Creio que ainda há muito gente que não gosta de salmão por este facto.
O Inacio Cunha a navegar, aqui ao lado e mais em baixo o seu irmão gemeo, o Elisabeth, a entrar a barra.
Sister Ship, que em Inglês são madamas.....
Outro serviço que o GIL EANES prestava à frota - eram muitos, de facto - aqui a abastecer de combustivel, o navio, ancorado no pesqueiro.A olhar para a proa ( já bem metida), direi que não faltava muito para vir para Portugal.