Aqui há atrasado, um dos navios Cacilheiros de Lisboa teve de vir dos fabricos de Aveiro, essa bela bela localidade, ali pr'ós lados de Ilhavo - a Grande.
Ora bem, nos seus 10 nózes rameiros, que às vezes são 11, ou talvez 9 porventura por intervenção de Neptuno, lá descemos nós essa vertiginosa ladeira, que da Barra do Porto de Aveiro que é de Ilhavo, nos traz a Lisboa, onde parece que que tudo e de tudo neste pais aparece.
Pois se bem me lembro, o Roca Control queria saber se o Navio fazia tenções de passar por fora da AAE da Berlenga ( em Português area a evitar da ....). Claro que o navio dizia que sim, mas aproava ao Carvoeiro. E continuava nos seus ronceiros 10 nós; O Roca Control insistia, e insistia, e perguntava se as cartas estavam actualizadas, e se enfim, o navio estava bem entregue....
Estava, claro. Não digo a quem, mas estava.
E o desaforo foi tal, que às tantas lá o navio guinou para fora, por forma a evitar a tal AAE da Berlenga. Mas a saga não acaba aqui. Claro! Depois de dobrado este cabo tormentoso, onde já se ouve a onda média dos states, há que aproar à Roca, e devagar, devagarinho, lá os homens foram, na vã esperança do desalinho do Roca Control. Mas vã era e foi a esperança. O troar do VHF acordou mesmo os mais cépticos, e houve que rumar novamente para fora, para as famigeradas "lanes" do EST da Roca. Onde, a partir do momento que se quer rumar a Lisboa, de acordo com a regra 10 do RIEAM, tem de se cruzar básicamente nas perpendiculares à direcção das lanes. Ou o mais próximo possivel.
Quer isto dizer, que se tem, como se pode ver na imagem, de cruzar as lanes dos navios que sobem e dos que descem, sempre nos vertiginosos 10 nózes ( ou 11, ou 9) da praxe.
Agora, como se disse há atrasado, o navio em questão é um(1) cacilheiro, dos que fazem aquelas aguarelas fabulosas do Rui Neves.
ESQUEMAS DE SEPARAÇÃO DE TRÁFEGO (EST).
" Onde eles existam, é obrigatório seguir sempre pela via apropriada, evitando navegar sobre a zona de separação. . Um navio com comprimento inferior a 20 metros ou um navio à vela não devem dificultar a passagem dos navios de propulsão mecânica que naveguem num corredor de tráfego.. Quando for imperioso o cruzamento de um corredor de tráfego, tal deve ser feito perpendicularmente a este.. Deve-se evitar fundear no interior de um EST ou próximo dos seus extremos.. A entrada ou saída de um corredor de tráfego deve ser feita pelos extremos ou com um ângulo tão pequeno quanto possível em relação à direcção geral do tráfego."
2 comentários:
pelo menos ficamos a saber que os senhores do Roca Control estão atentos...
Mas estão. Lá nisso....
Agora , que se é muito salomónico cá por casa......
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