Comemoram-se este ano os 400 anos das primeiras observações astronómicas feitas por Galileu, através de um aparelho óptico – o telescópio. E parece que as comemorações não vão ser por aí além, diga-se no mínimo. Com efeito, têem-se registado atrasos significativos no que seria a alternativa europeia aos sistemas americanos e russos, ambos militares, o GPS -Global Navigation Satellite System (GNSS) – e o Glonass. É desta alternativa, denominada Galileo, em honra precisamente do grande mestre, que falamos.
E, de acordo com os vários Institutos de Navegação da Europa, do qual Portugal é membro através do Instituto Português de Navegação, a não haver uma constelação de satélites lançados e a funcionar num relativo curto espaço de tempo, o tão amamentado e querido GALILEO, conjuntamente com uns largos milhares de milhões de dinheiro dos nossos impostos, serão absorvidos pela voragem dos grandes falhanços históricos.
Mal ou bem, o que tem norteado a opção europeia é o facto de os dois sistemas existentes serem de uso militar e TAMBÉM de uso civil. O que quer dizer que não podem, Americanos e Russos, garantir um serviço ininterrupto aos utilizadores, sejam eles meros brincalhões de fim-de-semana, sejam operadores logísticos no mar, no ar, ou em terra.
Com 30 satelites a orbitar as nossas cabeças, o sistema seria mais fiável e mais preciso, muito particularmente no Norte da Europa, onde tem havido algumas criticas ao GPS.
No entanto, não será de excluir algumas aplicações comerciais, com base no rigor posicionamento e na sua maior precisão.
Recorde-se que o Galileo já foi dado como morto, ou moribundo, tendo na ocasião sido despoletados 3,4 mil milhões de euros da fatia da Agricultura, e que serviriam para consolidar o financiamento publico, uma vez que o privado já era….
Recorde-se também que o inicio das operações seria o ano de 2008. Neste momento dos 30 satélites, existem 2 a funcionar. Para já, e para nós, importa salientar que haverá satélites chineses no ar lá para 2020, o COMPASS. E parece que os russos vão melhorar o deles.
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