Ponta dos Macacos vista de dentro. Guarda a Man of War
Bay, base Naval hoje, local do Maregrafo da area..
Cerca dos anos de 1800, poucos navios se aventuravam a vir
para esta area, especialmente os do trafego de escravos. Sabemos, que os navios
portugueses eram utilizados para esse efeito, por força de um tratado que nos
permitia transportar escravos entre as colonias, e só. Escravos existentes,
portanto. Serão talvez os primórdios das
bandeiras de conveniência, pois eram usados muito por ingleses, por exemplo.
Bom, mas também Franceses e Americanos e Ingleses cá vinham molhar a sopa, `a conta
da pesca da Baleia. E levavam escravos, na falta das ditas, daqui e do Rio del
Rei, que é toda a zona do Calabar, terrível
para a navegação, ótima portanto para os ilícitos. Eram o chamado "
Black Ivory", nome pelo qual os Capitães dos negreiros tratavam os pobres
dos escravos.
Consta, se bem entendi, que um navio português costumava entrar
no rio Bimbia, onde desmastravam os mastaréus para se ocultarem na vegetação.
Subiam e desciam nas mares de lua, onde arregimentavam os escravos a troco de:
1 escravo saudável e novo: 13 ou 14 barras de cobre, de cerca
de 10 Kgs. Era a moeda tradicional no Rio del Rey e aqui . Claro que facas,
tecidos , genebras ( o gin actual) e os brandy também deveriam contar.
Que melhor sitio para montar a guarda que na baía adjacente??
Aliás, toda esta zona é uma enorme baia, cheia de escolhos e ilhotas, como as
ilhas dos piratas, que deveriam dar belos esconderijos.
Sabe-se hoje que esta área era visita também dos piratas das
Caraíbas, Capt. Jack Sparrow incluído, quando as coisas aqueciam demasiado para
o lados das ilhas do Novo Mundo. Chegaram aliás, a ser convidados do Governador
de S. Tomé, que os agraciou com umas jantaradas, até se aperceber que tinha o
diabo em casa. Coisas dos brandies de então.....