Inevitavel este regresso:
A Convenção Internacional de Salvaguarda da Vida Humana no Mar (Convenção SOLAS) obriga a que todos os navios sujeitos a esta Convenção estejam dotados de equipamento GMDSS (Sistema Mundial de Socorro e Segurança Marítima) após de 1 de Fevereiro de 1999. Apesar de não serem navios solas, as embarcações de pesca , estão obrigadas à utilização do sistema selectivo digital.
As autoridades responsáveis pela segurança da navegação e pelas operações de busca e salvamento continuam a ter de garantir a assistência tanto a navios SOLAS como a embarcações não convencionadas, mantendo em operação os dois sistemas de socorro e segurança marítima durante o período de transição.
Apesar de não “estar fresco” nesta matéria, tenho a ideia que o período de transição já terminou, e que neste momento, o sistema digital está implementado; Ora, quer isto dizer que ao ser actuado, o sistema dispara o alarme nas autoridades; Os epirbs, já percebemos todos que o granel está generalizado, pela quantidade de alarmes falsos. Quanto ao VHF – ZONA 1 – a coisa está pior, pois os alcances são curtos e Portugal NÂO DISPÕE do sistema digital. Quer isto dizer, que, na hipótese do mestre do Luz do Sameiro ter levantado a tampinha vermelha e premido a tecla por debaixo, só os navios ao alcance VHF ( nas proximidades, muito próximas) terão escutado o sinal, que deu a posição ( ao contrario da epirb da televisão ) o nome e características da embarcação. Acredito que , dadas as datas , a zona geográfica do acidente, e a altura a que estaria a antena de VHF, o sinal tenha sido perdido.
Não aconteceria se houvesse escuta digital ( 70) no nosso querido país;Dá para perceber porque foi mais fácil o navio a 300 milhas dos Açores ser acompanhado e ter recuperado náufragos, não dá?? Foram navios a fazer a coordenação. Necessariamente. O que está bem, para o largo ( zona 3) mas e para nós como ficamos????