quinta-feira, junho 14

BERLENGAS NA POPA

Com a Berlenga ,a grande, na popa, ainda se tentou a vela, em vão. teve de levar a pastilha volvo; E à proa, 1900 horas L.T., aparecia o casario

O PARDAL E A ÁGUA

Já se sabia, que chapinham em tudo o que é água. Estava fria que nem um raio. E salgada.

quarta-feira, junho 13

OS SARGONETES

Afanosamente, o Machadinho e moi meme, preparamo-nos para atacar os sargos, que o cheiro da sardinha tinha deixado marcas profundas; O vinho ficou-se pelas nodoas, no babete XXL, que foi guardanapo e sabe-se lá o quê mais.... O Delmar Conde, foi sempre uma figura incontornável , para mim, neste cruzeiro; Pela proximidade dos pontos de vista e pela sua vasta experiencia, que nos vai transmitindo nestes encontros .A bem da nautica de recreio. O homem é um poço de saber, e de uma humildade enorme.... O Machadinho descobriu que " há quem faça regatas sem motor ", o que o deixou de boca à banda, sem no entanto o impedir de virar os sarguitos. Este par de três, acompanhado da armadora do SNOOPY, fez a sua festa.

SARDINHADA DE HONRA

Foi sempre assim: tudo ao molho e fé em Deus.
Resultado : Comi uma sardinha ; Aos Xicos espertos, relembro que comemos a seguir uma pratada de sargos acabadinhos de pescar.E esta, hem??
Depois encontre, se puder, as diferenças.

terça-feira, junho 12

A BERLENGAR

Aspecto da flotilha fundeada na Berlenga; Por inépcia do BUBBLES, o BLUE MOON ficou de fora nestas imagens; Imperdoável!
fortaleza de S. João Baptista foi mandada erguer pelo rei D. João IV como posto de defesa do território português. Viria a ser palco de numerosas batalhas sendo a mais célebre a ocorrida em 28 de Julho de 1666 na qual o forte, com vinte e oito soldados e um Cabo, ANTÓNIO AVELAR PESSOA, foi atacado por uma esquadra castelhana de catorze naus e uma caravela. Atacado e bombardeado durante dois dias o forte foi tomado pelos castelhanos, depois da guarnição portuguesa ter resistido heroicamente. Quanto ao Cabo Avelar Pessoa, acabou por morrer a bordo de um barco da esquadra quando era conduzido a Espanha. O tempo que conseguiu resistir fez dele um herói da história. O barco que faz a ligação a Peniche tem o seu nome.
Ao longo de quase dois séculos o forte esteve envolvido em inúmeras estratégias militares, até que em 1847 acabou por ser abandonado. Em meados do século passado foi restaurado e reconvertido em pousada, também esta abandonada mais tarde, por ocasião do 25 de Abril de 1974.
Hoje, o forte S. Julião Baptista é mantido como estalagem pela associação "Amigos das Berlengas" e quem visita a ilha pode lá pernoitar. É-se bem recebido, o preço é barato mas as condições não contemplam mordomias (tipo tomar banho de jarrão). Oferece aos hóspedes uma oportunidade única de repouso, tendo por única companhia o silêncio, apenas quebrado pelo bater das ondas e o cantar das pardelas.

APROXIMAÇÃO II

À vela e a motor, para ajudar, que o vento ainda era pouco. Aliás, o senhor vento ou é pouco ou varre tudo, com mau génio; Não há muitos dias com o chamado vento a pedido. E claro, bom para uns, uma gaita para os outros.

FUNDEADOS

A sonda marcava 15 metros.... Preparei uma linha e uma defensa lá amarrada ( arinque) com cerca de 25 metros. Preparei tudo e gritei ao João: AAAAteeeeenção ao feeeerro ( aquilo é muito longe e temos de gritar). O João , coitado lá se pôs em standing by, e à voz de largar, vai de abrir a breca e gritar: ó ó ó ó ó ó isto está a ir tudo por aí abaixo!!!! Eu pensava que sim , que tudo tinha de ir por aí abaixo. Mas não daquela maneira, com o ferro quase na paixão ( 25 metros de corrente, e para aí 50 metros de cabo de massa) , e sem meios de querer parar; A defensa, fardada de azul, já tinha desaparecido, coitada, engolida pela profundidade . Lá fomos tratando de aguentar, e desacelerar e descida,não fosse o ferro agarrar qualquer pobre na Nova Zelândia, criando mais um conflito internacional; Parou por fim , com menos de metade do cabo de massa ao molinete, para nosso desgosto, que içar aquilo tudo iria custar pelo menos umas 4 ou 5 cervejitas, e umas horas de repouso extra.Mas lá fomos, descansados com o coração nas mãos, deixando o Blue Moon entregue aos cuidados do IRGAS, e pensando nas sardinhas de Peniche, ou os sucedâneos que às vezes nos dão.

SOBE , SOBE MARUJINHO

Lá vem a Nau Catrineta
Que tem muito que contar!
Ouvide agora, senhores,Uma história de pasmar.
Passava mais de ano e dia
Que iam na volta do mar,
Já não tinham que comer,
Já não tinham que manjar.
Deitaram sola de molho
Para o outro dia jantar;
Mas a sola era tão rija,
Que a não puderam tragar.
Deitaram sortes à ventura
Qual se havia de matar;
Logo foi cair a sorte
No capitão general.
- "Sobe, sobe, marujinho,
Àquele mastro real,
Vê se vês terras de Espanha,
As praias de Portugal!"
- "Não vejo terras de Espanha,
Nem praias de Portugal;
Vejo sete espadas nuas
Que estão para te matar.
" - "Acima, acima, gageiro,
Acima ao tope real!
Olha se enxergas Espanha,
Areias de Portugal!"
- "Alvíssaras, capitão,
Meu capitão general!
Já vejo terras de Espanha,
Areias de Portugal!"
Mais enxergo três meninas,
Debaixo de um laranjal:
Uma sentada a coser,
Outra na roca a fiar,
A mais formosa de todas
Está no meio a chorar."
- "Todas três são minhas filhas,
Oh! quem mas dera abraçar!
A mais formosa de todas
Contigo a hei-se casar."
- "A vossa filha não quero,
Que vos custou a criar."
- "Dar-te-ei tanto dinheiro
Que o não possas contar."
- "Não quero o vosso dinheiro
Pois vos custou a ganhar."
- "Dou-te o meu cavalo branco,
Que nunca houve outro igual."
- "Guardai o vosso cavalo,
Que vos custou a ensinar."
- "Dar-te-ei a Catrineta,
Para nela navegar."
- "Não quero a Nau Catrineta,
Que a não sei governar."
- "Que queres tu, meu gageiro,
Que alvíssaras te hei-de dar?"
- "Capitão, quero a tua alma,
Para comigo a levar!"
- "Renego de ti, demónio,
Que me estavas a tentar!
A minha alma é só de Deus;
O corpo dou eu ao mar.
"Tomou-o um anjo nos braços,
Não no deixou afogar.
Deu um estouro o demónio,
Acalmaram vento e mar;
E à noite a Nau Catrineta
Estava em terra a varar.

segunda-feira, junho 11

APROXIMAÇÂO

Ou em como o Blue Moon tem mais motor que o Veronique!!!!!!
Nada faria supor que a viagem do dia seguinte fosse tão xata!

ALMOÇARADAS

À mesa da esplanada do Blue Moon, o pequeno almoço, e À mesa da tasca do Joel, que de tasca não tem nada.... Muito pelo contrario, come-se do melhor e nada caro.
Aproveitem enquanto dura, que qualquer dia, lá vai alho!

BERLENGAS - PENICHE a nadar.....

São os novos heróis; Outros tempos , outras façanhas, mas não menos façanhudas....
Berlenga a Peniche, creio que não há-de andar longe das 9 milhas maritimas, das melhores.
Todos nós festejamos a chegada dos 3 bravos , ou no caso uma brava e 2 bravos.

O PONTÃO DO IPTM (?) E OUTRAS FIGURAS

Tenho de confessar que não fiquei cliente; é muito dificil compreender o nosso país, as nossas gentes; Creiam-se " status", instalam-se pessoas, e a seguir é uma carga de trabalhos para fazer as coisas funcionarem; Pagas com o dinheiro dos nossos impostos e que se diz ser sempre mal gasto.
Mas também há quem tenha amigas em Peniche.

WHAT A DIFFERENCE A DAY MADE, TWENTY FOUR LITTLE HOURS

"What a difference a day made, Twenty-four little hours
Brought the sun and the flowers
Where there used to be rain.......
There's a rainbow before me.
Skies above can't be stormy
Since that moment of bliss,...
And the dif'rence is you."
É. Não foi um dia, foram 3, mas que fizeram toda a diferança; E fizeram bem! À alma , que o corpinho, coitado, danone de tanta fominha, está por um fio.
Valeu a pena.
Para o ano lá estaremos. Pena que o S. Pedro, nos tenha dado SW para descer, ou no caso não descer, que o Blue Moon ficou em Peniche, a penichar....
Sabiam que em Peniche também se comem sardinhas com batatas fritas????

terça-feira, junho 5

VOADORAS

Era assim que lhes chamavam, todos os que as viam a " descansar" nos portos de Viana do Castelo e de Leixões. Esta, provavelmente apresada pela Policia Maritima ou GNR Fiscal; Mas é uma novidade ver estes " barcos" na zona de Lisboa.

FARPAS

Desde que a ria de Aveiro se fechou à navegação e mesmo à renovação das suas águas, foram desenvolvidas várias acções para que fosse aberta novamente a sua saída para o Atlântico. Desde que tal aconteceu, entre finais do sec. XVI inicio do sec XVII, foi criado um imposto designado por “ real da água” que penalizava a venda do vinho. O imposto em causa, destinado à construção da Barra, que durante muito tempo foi cobrado e desencaminhado para outras funções, penalizava somente os miseráveis e os viajantes que matavam a sede nas tabernas da época, enquanto os seus produtores, sempre arranjavam maneira de lhe fugir. A ineficácia de quem era responsável por tal situação, provocou nas margens da nossa ria, fome, doenças, cheias, o abandono da pesca longínqua e um incentivo À pesca costeira, obrigando os povos das margens a procurar novos locais de pesca e muitas vezes, novos locais para criar os filhos, fazendo com que em muitos sítios do litoral, de Matosinhos a Vila Real de Santo António, aparecessem os embriões de muitas das cidades que hoje se encontram ao longo da costa portuguesa. Esses pequenos grupos de palheiros, muitas vezes só em caniço, abrigaram muitos dos antepassados de uma grande diáspora dos povos da ria, que espalharam no país os nossos costumes, tradições e gastronomia. O esforço dos responsáveis pelas povoações das margens da ria, que a dado momento se transformou num grande pântano pestilento, continuaram a sua pressão junto ao governo da Nação, e, a dado momento, o Rei D. José I, por provisão régia de 1751, determinou que o Eng. Húngaro Carlos Mardel, se deslocasse À nossa região para que examinasse a situação e fizesse a planta da obra. Infelizmente a sua permanência entre nós foi curta, por ter sido requisitado para reconstruir Lisboa, desbastada simultaneamente por um terramoto e um tsunami, no dia de Todos os Santos, em 1755. Carlos Mardel, que deixou na Lisboa pombalina uma obra de grande qualidade, bem visível ainda hoje, apesar de ter estado pouco tempo na nossa região, deixou bem definido o local onde iria surgir a barra que hoje nos serve, a cerca de meia légua a sul da Capela da Senhora das Areias, que se encontra bem graficada numa planta da região lagunar, elaborada ainda no sec. XVIII, pelos Engenheiros franceses François Polchet e Louis d’Alincourt. Como se pode ver, aquilo que acontecia na nossa região lagunar era uma grande preocupação, e como o governo central não decidia nada de concreto sobre o avanço das obras, o Capitão Mor de Ilhavo, João de Sousa Silveira, que residiu no Solar de Alqueidão, pediu ao Rei que lhe fosse autorizado fazer uma barra ( rigueirão) logo a sul da Vagueira, custeando ele próprio as obras e, depois de vários contratempos, num dia de grande tempestade em 8 de Dezembro de 1757 as águas da ria foram libertas para o mar abrindo-se logo uma foz do Rio Vouga, com cerca de 400 metros. A barra da Vagueira, apesar de resolver o problema momentâneo, não solucionou a longo prazo a situação e apesar de terem passado por cá outros intervenientes, só de 1802 a 1808 é que o engenheiro francês Oudinot e o seu genro Luís Gomes de Carvalho deram forma À solução de Mardel ,juntando algumas ideias novas, como por exemplo o desvio do Vouga para um novo leito que desaguava frente à sua nova foz artificial e o encerramento intermitente do canal de Mira por um dique e uma ponte/comporta de Cambeia. A nova barra demonstrou logo a sua utilidade, pois a dado momento, entraram por ela, no espaço9 de cinco quartos de hora,48 transportes ingleses, navegando em coluna dobrada, para apoio às tropas que na região centro combatiam a invasão napoleónica de 1809. Os trabalhos da barra foram continuando com avanços e recuos, mas só com a motorização dos navios e a construção de dois novos molhes se pode considerar que ela passou a ter uma certa segurança e a cumprir em pleno os fins para que foi construída. in jornal “ O ILHAVENSE”

segunda-feira, junho 4

O QUE SE VÊ

É isto o que se vê, de terra... Aqueles milhares de pessoas, que semana após semana, peregrinam para aqui e daqui gozam este belissimo espetaculo. São portugueses, na sua maioria, mas também os há turistas, dos que são despejados no meio dos contentores, em Alcantara.

AVENIDA DA PRAIA

Ali, logo a seguir a Belém, e antes das instalações da Antiga Docapesca ( agora em Loures, imagine-se) parei para ver o rio; Vinha da doca, suado e cansado, mas vi o rio tão alegre, que decidi parar.... Junto à avenida da praia.