segunda-feira, julho 3

O MONSTRO

O nosso almoço a chegar; Era muito grande para lula; deu para os 3, bem estufada.

Ainda se apanhou 2 parguinhos e um outro que não sei o que era.... Mas estava-se a viver uma época extraordinaria, e por isso , foram de novo para o mar, bem vivos, mas com alguns dentes avariados.

O OUTRO DIA

A manhã, estremunhada com a hora, mostrava a carinha do mal dormido; No BLUE MOON, por outro lado, já nos afadigávamos a consertar a bomba da "casinha" , que tinha dado o badagaio no dia anterior, e embora todos andassem inchados, desde que ninguém se baixasse, tudo estava bem. E esteve.
Bomba reparada, deu - se inicio às hostilidades; Eu fui `a pesca!

O FIM DA FESTA

Para nós foi; Para os foliões do costume, foi o começo; O Sol já brincava com Cascais; Fomos comer assim. Mas consolados, e como a imagem atesta, sem gás nenhum.... completamente esvaziados, flats,

ENGALANADOS

Como a festa era nossa, vestimos o BLUE MOON com a roupa que tinhamos..... Uma bandeiras do CONTINENTE a 1 dólar 4; Procuramos soutians e não havia a bordo, felizmente!

ATÉ OS COMEMOS

As imagens relatam o momento exacto em que a tripulação do BLUE MOON desembarcou para dar a boa nova aos veraneantes das praias de Cascais; Tinhamos derrotado - o Ricardo tinha - os bifes.

quinta-feira, junho 29

FERIADO

É É claro que apanhar uns largos no mar também não era mau; E trabalhar também não o é! Digo eu.

DIA DE S. PEDRO EM SINTRA

Pois hoje é feriado cá em Sintra-On-Sea; A fotografia espelha o meu desejo; Água tranquilas, as batatinhas porqueiras ao lume, e um longo dia de NADA pela frente..... Mas estou a trabalhar......

quarta-feira, junho 28

O DOM DENIZ

Duas imagens extraordinarias , do acervo do Cmdt. Joao David; Numa o navio prepara-se para largar e ainda tem um bote na água; Ou então acabou de chegar já tem um bote na água; Tem os dois ferros ao lume de água , tem a giba e a bujarrona nos respectivos estais; Na outra imagem, podemos ver como um aparelho simples como este pode ser tão terrivelmente eficaz;O navio está carregado. e enverga o pano do tempo; Boa viagem, diria eu..

Acabou os seus dias de pescador, num incendio nos bancos da Terra Nova - Virgin Rocks, em 1966

domingo, junho 25

THE WOWONA SCHONNER

Escuna Americana, transformada do transporte de madeira para a pesca do bacalhau; 413 tons de arqueação , faziam dela a maior do seu tempo (??). Na outra imagem, o que nos é familiar; Pescadores, bacalhau e uns botes, estes algo diferentes.

1948 - A PESCA DO BACALHAU LÁ POR FORA

É por estas alturas ( 1948, se não estou em erro) que os Norte Americanos e Canadianos, também grande consumidores de salgado - bacalhau, salmão, e outros) renovam a sua forma de pescar; Num artigo da epoca, referia-se que os motores fora de borda, os guarda-patrão em lona, montados na proa do dóris, eram uma forte aposta na melhoria das condições, em substituição dos remos e vela que os antecederam; Quanto á pesca em si, repare-se que o mesmo artigo referia:
"Cod fishing was arduous and risky work in the rough North Pacific seas. Cod, weighing up to 10 pounds, were caught on baited lines and hauled by hand aboard small dories, which operated from schooners anchored along the coast or above relatively shallow banks amid deeper seas. Dory fishermen, many of them veterans of the Grand Banks of the North Atlantic, typically launched their boats at 4:30 a.m. and completed two shifts of fishing by 6:30 p.m., when they returned to the schooner for the night."
...W A pesca do bacalhau era dura e cheia de riscos, nas aguas revoltas do Pacifico Norte. O Bacalhau, chegando a pesar 5 kgs cada, era alado à mão pelos homens, a bordo dos pequenos doris......."
Digam lá se não é o relato de um pescador português? também???
Acabámos mais tarde, é certo, mas se hoje nos afastamos a passos largos da média europeia, naqueles tempos......

O REPOUSO FINAL

Inglorio, reconheçamos, mas creio que pouco se poderia fazer; O Capitão Ferreira estava fora de todos os contextos; Era um anacronismo a boiar; Ele e o seu armador, que teimavam em tratar os navios como naves extraterrestres ; Acabou como acabou, no Rio Judeu, esventrado e carcomido; Centenas de marinheirosmpassaram metade das suas vidas entre estas madeiras agora apodrecidas.
Uma ultima observação: Era um navio bom para o mar; Como todos os navios da pesca, tinham excesso de estabilidade ( à semelhança das barcoletas à vela) e por isso daval muito balanço ( rolo) lateral; Aguentava bem o mar, mas metia medo.....

NA PESCA - A ARRIAR LANCHAS

Enviada por Cmdt. João Marques, o João David, pois então, amigo pessoal e colega, tantos anos afastado, mas não esquecido, entretando arribado graças ao BLOGDOBARCO; Aqui o Capitão Ferreira deverá ter chegado a um local de pesca ( pesqueiro) e começou a colocar na água( arriar ) as suas cinco lanchas - todas com um arrais ( mestre) e três pescadores - que com os novos meios de comunicação e de sonda, representavam para os pescadores portugueses um grande salto qualitativo na pesca; Fundamentalmente na sua segurança, isto apesar de se pescar com condições mais degradadas do que com os botes. Todos os navios tinham o seu canal VHF " privado", que era escutado avidamente por TODOS os outros navios, a espera de informações dos varios locais da pesca; Na prática, ninguém admitia, mas todos sabiam a vida de todos; Isto apesar do códigos tão ensaiados entre lanchas e navios.....

sexta-feira, junho 16

CAPITÃO FERREIRA

O Naviozinho,a ser feito e já no bota a baixo; Foram feitos 2 iguais: O Cap. Ferreira e o João Costa, sister ships, como se dizia, e diz....

ANA MARIA

Eram assim, os nossos lugres a navegar, com os seus 40 metros... É uma pena as fotografias que consigo serem tão velhotas; Leva o pano do tempo, de certeza.

quarta-feira, junho 14

A ARTE DE BEM FICAR

É, há que mandar ver o fundo ( se o há), depois

é largar o ferro e preparar a ventilação forçada do interior; Imprescindével em dias de calor; E então com o fogão a trabalhar que nem um doido, nem se fala!!!

De seguida sentamo-nos e esperamos , verificando alguns enfiamentos ou alinhamentos por terra; Convém que estes estejam parados, a bem do descanso futuro.

Com tudo isto feito, só há que descer e pedir para acordar há hora da refeição! Nunca antes, que dá azar.

MATING SEASON

Estas Imagens deram-me que pensar; Dá ideia dos navios estarem enroscados um no outro, não?? É a epoca

terça-feira, junho 13

ALBERTO - O PRIMEIRO

É a primeira Depressão Tropical da época; Cedo, para muitos; A haver pescadores portugueses nos bancos da Terra Nova, já estavam a fazer contas de cabeça, por forma a estar a salvo se a coisa piorasse; O Caminho previsto para este era na mouche! Felizmente para todos , não tem grandes ventos associados. Claro que ainda os pode vir a ter; O combustivel, ( calor e vapor de agua) está lá. Wait and see.

segunda-feira, junho 12

FRANGO À CERVEJA

Creio que já temos uma receita destas; Pelo menos é um prato muito falado ; Pudera! È facilimo de fazer..... Aqui têm os precisos, mais ou menos, na ordem em como entram no tacho, já com o banhinho tomado claro!!!! Frango aos pedaços, as partes(?) que gostarem mais; Por mim venham os peitinhos, que fui desmamado muito cedo! quantidade a olho; Quanto mais melhor.... 1 Embalagem de sopa de cebola da maggi, ou knorr; Isto para 4; Mas dá até 6, ou 8. 1 Cerveja ( ou mais, consoante a que beberem durante o acto) de forma a tapar o dito franguito no tacho. Não convém misturar com outras bebidas, até à hora de por os pézinhos debaixo da mesa; Depois, toda a força avante e fé no criador! 1 embalagem de natas. E a feitura do fulanito é mais ou menos assim: Tacho ao lume, que tenha com um bom pontal, não vá algum balanço mais inusitado ( do cozinheiro, pois claro) atirar borda fora alguma coisa: A seguir deita-se o frango ( com o banhinho tomado, que às vezes vem muito abadalhocado) no tacho; Ajunta-se a cerveja que sobrou; Tem de abrir outra, paciencia! frango tapado ;Mistura-se o caldo de cebola; Nada de sal; Deixar cozer ( é assim que se diz???) em lume brando, para apurar; Quando estiver pronto, juntar as natas e deixar apurar, o tempo de beber outra cerveja; Podem fazer como o Veiguinha, rezar umas ladaínhas e passar por cima do tacho com a lata da dita, mas sempre de oeste para Leste, para empurrar a marzia para terra dentro, Isto acompanha-se com um puré de batata, que se compra congelado, e é só juntar um bocado de leite; Também o há em pó, mas congelado é melhor. Creio que é tudo; Podemos em seguida abrir um bom vinho lá de baixo, das cavernas, e voilá, o frango está pronto! O melhor disto é que não suja muita loiça. Bom apetite

PANDORA

Ali há sempre aquele galear, com o vento do SW. Nada que as barcoletas não façam com alegria; Até se vê.....

BAÍA DE CASCAIS

Com os seus habitantes, na modorra do meio dia;
Os maiores são de arribação; Chegam com os primeiros calores; Depois seguem a rota da mateiga, que, como diz o meu amigo F.Grego, basicamente consiste em colocar um pacote de manteiga em cima de uma mesa e rumar ao Sul; Sempre ao Sul; QUANDO A MANTEIGA COMEÇAR A DERRETAR, está na hora de pôr a proa para Oeste.

PRAIA DA AZARUJINHA

As escadas matavam, ao final de um dia ( manhã) na areia e no mar; Poderia ser uma jóia, mas....

QUANDO O CALOR APERTA, TUDO DESPERTA

Neste sabado, tudo veio para a água, pois o tempinho obrigava; Tiraram-se das garagens barcos e barquinhos, guarda sóis e todos os outros artefactos próprios da época. E vamos que se faz tarde....

O FORTE SALAZAR - S. JOAO DO ESTORIL

sexta-feira, junho 9

A PESCA - 2 CONCEITOS

Por estas alturas pescava-se de 2 formas : De arrasto ou com anzóis ( à linha) e os navios retinham essa denominação - Navios de linha ( S.Ruy e Inacio Cunha) ou de arrasto ( Senhora das Candeias).S. Ruy - 1939 de 61 metros, 1050 tons 15.000 quintais ; Ainda me fez companhia, na Terra Nova. Tinha o Salão de Oficiais mais bonito que se possa imaginar !
Inácio Cunha - 1945 , 53 metros 775 tons e 11.000 quintais; Não era a BOTA DA TROPA que ressalta da fotografia; Eram airosos, sem ser bonitos, este navios.
Senhora das Candeias - O único arrastão deste lote . ( lateral, porque na altura não se fazia mais nada) 1948 , 72 metros, 1-215 tons e 20.000 quintais.
Para se ter uma ideia do que se pescava, em termos médios, por viagem :
Navio de linha: 1387 Tons de peixe
Arrastão lateral : 1774 Tons de peixe
Redes de emalhar: 1192 tons de peixe.
Arrastao de popa: 2426 tons de peixe
Os navios de redes de emalhar, são os navios de linha transformados para as redes e que basicamente consistia em acrescentar um convés por cima do convés anterior, ligando os dois castelos, e criando simultaneamente um piso para colocar as lanchas de pesca e um resguardo para se tratar do peixe ao abrigo do tempo;

LUGRES

O Senhora da Saúde, com 48 metros e 426 tons; 7.000 quintais. O Creoula, 58 metros ,e 670 tons e 9.000 quintais - Um naviozão;

2 EPOCAS - 2 NAVIOS

O lugre ANA MARIA, de 40 metros e 270 toneladas de arqueação. Trazia 5.000 quintais de peixe. O BISSAYA BARRETO, já a motor, com 51 metro de comprido e 712 tons; Veja-se a diferença; Cerca de 11.000 quintais, à descarga.

O LUGRE BACALHOEIRO - ANTES E DEPOIS DA CAMPANHA

Pelas fotografias, muito antigas, percebe-se que numa, está de largada, a reboque. e na outra está a atracar, com uma bateira à popa possivelmente para passar cabos a terra. Lugre com popa de painel, que não sei o nome