sexta-feira, dezembro 10

ASSIM VAMOS LÁ PARTE 2



Cada cavadela cada minhoca..


Atlanticoline acusada de vetar estaleiros nacionais

A Associação das Indústrias Navais acusa a empresa pública açoreana Atlanticoline de ter lançado um concurso público “blindado” à participação dos estaleiros nacionais, uma vez que impõe requisitos mínimos para a construção de dois “ferries” que nenhum deles pode cumprir. Em comunicado, a Associação das Indústrias Navais refere que a “situação já foi denunciada junto dos órgãos de soberania, partidos com assento parlamentar e entidades ligadas ao “Hypercluster da Economia do Mar”. Aquela entidade acrescenta que a única reacção da Atlanticoline consistiu no adiamento do prazo para a entrega de propostas do dia 5 de Dezembro para 15 de Dezembro.

Segundo a Associação das Indústrias Navais, que congrega os estaleiros nacionais e as indústrias fornecedoras da indústria naval, a cláusula mais discriminatória é aquela que obriga os concorrentes a um volume de negócios, nos últimos três anos, de 15 milhões de euros anuais. Devido à crise de 2009, essa imposição exclui os estaleiros nacionais dimensionados e vocacionados para este tipo de embarcações.

A Associação das Indústrias Navais entende que a “exclusão dos estaleiros nacionais, comprovadamente capacitados para este tipo de construções navais – Viana do Castelo, Navalria, Peniche e Alfeite -, vai ao arrepio do interesse económico nacional, obrigando a exportar divisas num montante superior a 14 milhões de euros, numa altura especialmente sensível das finanças públicas”.

Mais da imprensa: "....O concurso para os Açores também exige que os estaleiros tenham construído, nos últimos três anos, pelo menos dois ferries no valor igual ou superior a sete milhões de euros cada um.
Para o presidente da AIN, esta é mais uma exigência “que não faz qualquer sentido”.
Ventura Sousa considera que estes requisitos mínimos “ofendem” o estabelecido no Código dos Contratos Públicos, pelo que a AIN já pediu à ‘Atlânticoline’ para suspender o concurso, “mas nem sequer resposta obteve”. O prazo do concurso decorre até 06 de dezembro.
A ‘Atlânticoline’ já tinha encomendado dois ferries aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, num contrato superior a 46 milhões de euros, mas entretanto desistiu do negócio, um dos navios, já construído, não atingir a velocidade contratualizada.
O Atlântida deveria atingir pelo menos 18 nós, mas não ultrapassa os 16,5.

Não custa nada .....


Assim vai a vida.

Diziam os velhotes da minha terra, a propósito de alguns figurões de lá: " com as calças do teu pai, PARECES um homem...."!






2 comentários:

barconauta_ disse...

Grande corte aos estaleiros nacionais. Eu a pensar que os estaleiros nacionais é que iam dar corte a esta companhia! Acho que se tivesse um estaleiro, não aceitava era este cliente, depois da borrachada que fez noutro lado, pagava era pela mesmo moeda!

Raul Caldeira disse...

Defender o indefensável só porque é português é asfixiar-nos lentamente. Os ENVC não cumpriram e a Atlanticoline resolveu o contrato, como se espera de empresas públicas decentes! Alíás, a protecção total à industria levou-nos à total falta de competitividade, da qual ainda hoje sofremos. Se cada um cumprisse a sua parte não haveria reolução do contrato, aceite pelos ENVC, que pagaram prontamente à Atlanticoline quando esta o solicitou.
Parabéns pelo excelente blog e boas festas.